Ciência descobre a parte exata do cérebro por trás da curiosidade Ouvir 13 de julho de 2024 Ser curioso é uma parte essencial do ser humano, nos levando a aprender e nos adaptar a novos ambientes. Pela primeira vez, cientistas identificaram o ponto no cérebro onde a curiosidade surge. A pesquisa foi publicada no Journal of Neuroscience em 5 de julho. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Columbia, nos EUA, que usaram exames de ressonância magnética funcional (fMRI) para medir os níveis de oxigênio em diferentes partes do cérebro, indicando o quão ocupada cada região está em um determinado momento. De acordo com os cientistas, saber onde a curiosidade se origina pode ajudar a entender mais sobre como os seres humanos funcionam e potencialmente levar a terapias para condições em que a mesma está ausente, como a depressão crônica. “Esta é realmente a primeira vez que podemos vincular o sentimento subjetivo de curiosidade sobre informações à maneira como seu cérebro representa essas informações”, diz a neurocientista Jacqueline Gottlieb, uma das autoras do estudo, em comunicado. Leia também Saúde Estudo descobre como o sono higieniza o cérebro e afasta o Alzheimer Saúde Estudo descobre quanta informação é enviada em cada sinapse do cérebro Saúde Cérebro é capaz de compensar o declínio cognitivo da idade, diz estudo Saúde Cérebro leva até sete meses para reparar efeitos do álcool, diz estudo Testando a curiosidade Durante os experimentos conduzidos pelos pesquisadores, 32 participantes foram expostos a imagens chamadas “tex formas”. Estas imagens consistiam em objetos e animais familiares, como chapéus ou sapos, mas com distorções de diversos graus, tornando-os menos reconhecíveis. Os participantes foram então solicitados a avaliar duas coisas para cada imagem: quão confiantes eles estavam na identificação do objeto ou animal na imagem, e quão curiosos estavam sobre a identificação correta do objeto ou animal na imagem. Enquanto os voluntários realizavam essas avaliações, seus cérebros foram monitorados através de exames de ressonância magnética. Os cientistas então cruzaram as classificações de confiança e curiosidade deles com os dados de atividade cerebral. A partir disso, eles identificaram atividade cerebral significativa em três áreas específicas: Córtex occipitotemporal: responsável pela visão e pelo reconhecimento de objetos; Córtex pré-frontal ventromedial (vmPFC): encarregado de gerenciar percepções de valor e confiança; Córtex cingulado anterior: importante para a coleta de informações e a tomada de decisões. O córtex pré-frontal ventromedial parece agir como uma espécie de “ponte neurológica”. Ele conecta os níveis de certeza registrados pelo córtex occipitotemporal com os sentimentos subjetivos de curiosidade. Quanto menos confiantes os participantes estavam sobre o assunto da imagem, mais curiosos eles estavam sobre ela. “Esses resultados esclarecem como a entrada perceptiva é transformada por representações neurais sucessivas para, em última análise, evocar um sentimento de curiosidade”, escrevem os pesquisadores no artigo. Outros tipos de curiosidade Os investigadores também querem explorar como essas descobertas podem ser aplicadas a outros tipos de curiosidade, além da visual (identificação de imagens). Eles querem entender se os mesmos mecanismos cerebrais envolvidos também se aplicam a: Curiosidade sobre trivialidades e fatos: que envolve o desejo de saber informações específicas ou detalhes sobre assuntos variados, como fatos históricas, científicas ou culturais; Curiosidade social: que se refere ao interesse em saber sobre as atividades, pensamentos e sentimentos de outras pessoas. Segundo a autora, o que torna a pesquisa tão interessante é que a curiosidade é uma parte fundamental do ser humano, e chave para nossa sobrevivência como espécie. Sem ela, não somos tão bons em aprender e absorver novas informações. “A curiosidade tem origens biológicas profundas. O que distingue a curiosidade humana é que ela nos leva a explorar muito mais amplamente do que outros animais, e muitas vezes apenas porque queremos descobrir coisas, não porque estamos buscando uma recompensa material ou benefício de sobrevivência”, finaliza Gottlieb. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Beber pouca água eleva o risco de ter AVC. Médico explica relação 19 de fevereiro de 2024 Não é nenhuma novidade que se hidratar é fundamental para a saúde. Especialistas recomendam uma ingestão média de 35 ml diários para cada quilo, ou seja, uma pessoa de 80 kg deveria consumir cerca de 2,8 litros de água por dia para manter o organismo em um bom funcionamento. Leia… Read More
O que é embolia amniótica? Entenda quadro de saúde da influencer de GO 28 de julho de 2024 A influenciadora e chef de cozinha Juliana Perdomo, 34 anos, está internada em estado grave após sofrer uma embolia amniótica na última sexta-feira (26/7), durante o parto do terceiro filho. A embolia por líquido amniótico é um quadro raro de complicação no parto: ocorre quando parte do líquido amniótico, que… Read More
Notícias Homens com baixa testosterona têm maior probabilidade de morte precoce 15 de maio de 2024 Há muitos anos, a medicina estuda os potenciais efeitos da testosterona para o funcionamento do organismo dos homens. Um estudo publicado na revista científica Annals of Internal Medicine na terça-feira (14/5) mostra que a deficiência do hormônio pode estar relacionada a um maior risco de morte precoce, antes dos 70… Read More