Entenda estudo que associa uso de medicamentos para dormir à demência Ouvir 25 de julho de 2024 Um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), nos Estados Unidos, sugere que alguns medicamentos para dormir podem aumentar o risco de demência. O tipo de remédio e a quantidade usada são fatores importantes para explicar o risco maior, segundo mostrou a pesquisa publicada no Journal of Alzheimer’s Disease, em 2023. A pesquisa não estabelece relação direta de causa e efeito entre a demência e o uso de medicamentos para dormir, mas, observando a saúde dos voluntários a longo prazo, o estudo aponta que os remédios podem estar associados a maior ocorrência de demência em um grupo específico de pessoas: os idosos brancos. Leia também Brasil Zolpidem: menino autista de 2 anos foi dopado na creche, acusa família Saúde Fernando Zor: entenda riscos de tomar Zolpidem com bebida alcoólica Saúde Anvisa decide restringir ainda mais a venda do medicamento zolpidem Saúde Pessoas com ansiedade correm maior risco de ter demência, diz estudo Medicamentos para dormir e demência Para estudar os efeitos dos medicamentos, os pesquisadores acompanharam o estado de saúde de aproximadamente 3 mil idosos sem diagnóstico de demência por cerca de nove anos. Os participantes tinham, em média, 74 anos, e 58% deles eram brancos e 42%, negros. Durante o estudo, 20% dos idosos desenvolveram demência. Os pesquisadores descobriram que pessoas brancas tinham três vezes mais probabilidade do que as negras de tomar medicamentos para dormir “frequentemente” (de cinco a 15 vezes por mês), ou “quase sempre”, com uso entre 16 vezes por mês a diariamente. Participantes brancos que “frequentemente” ou “quase sempre” tomavam medicamentos para dormir apresentaram um risco 79% maior de desenvolver demência em comparação com aqueles que “nunca” ou “raramente” os usavam. Entre as pessoas negras, o uso de soníferos era significativamente menor. A probabilidade de desenvolver demência foi semelhante entre os usuários frequentes e aqueles que não usavam ou raramente tomavam os medicamentos. 15 imagens Fechar modal. 1 de 15 O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros Getty Images 2 de 15 É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais Getty Images 3 de 15 Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes Divulgação 4 de 15 O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos Pixabay 5 de 15 Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição Pixabay 6 de 15 O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais Pixabay 7 de 15 As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem Pixabay 8 de 15 A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil Pixabay 9 de 15 Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas Pixabay 10 de 15 Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência Pixabay 11 de 15 Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência Agência Brasil 12 de 15 Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo Pixabay 13 de 15 Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência Reprodução 14 de 15 Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas Pixabay 15 de 15 Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização Pixabay Tipo de medicamento Os dados mostraram que as pessoas brancas tinham quase duas vezes mais probabilidade de usar benzodiazepínicos – prescritos para insônia crônica –, como Halcion (triazolam), Dalmadorm (flurazepam) e Restoril (temazepam). Elas também tinham 10 vezes mais probabilidade de tomar o antidepressivo Donaren – que também é frequentemente prescrito para dormir – e sete vezes mais probabilidade de tomar Zolpidem, um sedativo-hipnótico. O Zolpidem é um não benzodiazepínico de curta duração que é usado no tratamento de insônia, mas também pode fazer parte da terapia para lidar com transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade. O remédio é bem tolerado e seguro, mas, quando usado fora de acompanhamento médico, o paciente pode sofrer efeitos colaterais como alucinações, sonambulismo, amnésia, compulsão por compras ou comida, entre outros. A principal autora da pesquisa, Yue Leng, do departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da UCSF e do Instituto Weill de Neurociências da UCSF, acredita que o status socioeconômico pode estar por trás das diferenças de uso entre brancos e negros dos EUA. “Participantes negros que têm acesso a medicamentos para dormir podem ser um grupo seleto com alto status socioeconômico e, portanto, maior reserva cognitiva, tornando-os menos suscetíveis à demência”, considera. Repense o uso de medicamentos para dormir Yue Leng recomenda que, antes de iniciar o uso de medicamentos para dormir, o paciente tente identificar a causa e o tipo do problema. “Um teste de sono pode ser necessário se a apneia for uma possibilidade. Se a insônia for diagnosticada, a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-i) é o tratamento de primeira linha. Se for usada medicação, a melatonina pode ser uma opção mais segura, mas precisamos de mais evidências para compreender o seu impacto a longo prazo na saúde”, afirmou a pesquisadora, em entrevista ao site da universidade. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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