Cacau contribui para envelhecimento saudável, segundo a ciência Ouvir 28 de julho de 2024 O mundo está envelhecendo em um ritmo acelerado. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2015 e 2050, a porcentagem de habitantes do mundo com mais de 60 anos quase dobrará, passando de 12% para 22%. Somente na Espanha, as pessoas com mais de 65 anos representarão mais de 30% da população até 2050. O envelhecimento traz consigo um aumento de doenças. Entre as mais comuns estão a perda auditiva, catarata, osteoartrite, diabetes, depressão e demência. Além disso, com a passagem dos anos é mais provável que tenham várias doenças ao mesmo tempo e condições de saúde complexas denominadas síndromes geriátricas, como a fragilidade. Leia também Saúde Sangue de centenários fornece pistas sobre os segredos da longevidade Vida & Estilo Aliados da longevidade: veja os 8 melhores alimentos para rejuvenescer Saúde Longevidade: entenda por que as mulheres vivem mais Claudia Meireles Nutricionista revela como parar de comer carne impacta a longevidade Portanto, um dos desafios mais importantes atualmente é conseguir manter a saúde com estratégias sensatas que promovam uma velhice com qualidade de vida e independência adequadas. E se uma das ações positivas fosse tão simples como beber uma xícara de cacau todos os dias? Antioxidante, antialérgico e anticancerígeno Nos últimos anos, um número crescente de pesquisas tem sugerido que o cacau é um importante agente quimiopreventivo natural para várias enfermidades. Isso se deve, principalmente, ao fato de que o cacau contém altos níveis de polifenóis, principalmente flavonóis, aos quais são atribuídos inúmeros benefícios para a saúde. Também é uma fonte rica de fibras (40-26%), lipídios (24-10%), proteínas (20-15%), carboidratos (15%) e micronutrientes (<2%), incluindo minerais (P, Ca, K, Na, Mg, Zn, Cu) e vitaminas (A, B, E). Essa tabela de letras e percentuais pode não ser compreensível para leigos mas significa um conjunto de benefícios para a pessoa. A principal vantagem do cacau e de seus derivados, como possível tratamento preventivo de várias patologias, é que eles são de fácil acesso, custo relativamente baixo e com fãs em todos os países. Entre 2022 e 2023, quase 5 milhões de toneladas de cacau foram produzidas em todo o mundo. Vários estudos mostraram uma associação entre a ingestão de cacau e a redução do risco de várias patologias crônicas, como câncer, distúrbios metabólicos e doenças cardiovasculares. Além disso, uma dieta rica tem um efeito positivo sobre a função visual, a audição, o sistema nervoso e a pele, entre outros. Isso, devido às suas propriedades antioxidantes, antidiabéticas, anti-inflamatórias, anticarcinogênicas, antialérgicas e antiobesidade. Está sendo investigado outro benefício: a relação entre o cacau e o bom estado da microbiota intestinal, que garante um bom estado de saúde em geral. Prevenção do declínio cognitivo e de doenças cardiovasculares E se o consumo regular de cacau ajudasse a manter uma boa circulação sanguínea cerebral e a prevenir o declínio cognitivo, além de prevenir doenças cardiovasculares? Isso não é uma utopia. Recentemente, na Suécia, a saúde de 31.823 mulheres (com idades entre 48 e 83 anos) foi estudada durante 9 anos. Os resultados revelaram que o consumo regular de chocolate (1 a 2 porções por semana e 1 a 3 porções por mês) estava associado a taxas mais baixas de hospitalização por insuficiência cardíaca ou até mesmo morte. Da mesma forma, uma pesquisa com 531 indivíduos com mais de 65 anos de idade durante 2 anos mostrou que a ingestão de chocolate resultou em um risco 41% menor de comprometimento cognitivo. Além disso, em indivíduos idosos com comprometimento cognitivo leve, a função cognitiva foi avaliada após 8 semanas de consumo de bebidas contendo diferentes quantidades de flavonoides de cacau (993 mg a mais alta e 43 mg a mais baixa). No final do estudo, os grupos de cacau intermediário e alto apresentaram melhor função cognitiva. Mas por quê? Quais mecanismos de ação estão por trás desses efeitos positivos do cacau? Há evidências de que a administração de uma bebida de cacau natural rica em flavonoides (179 mg de flavanol por porção) em 60 participantes (55 a 70 anos) melhorou a glicemia, a trigliceridemia e os níveis de colesterol (HDL y LDL). Além disso, seu consumo levou a um aumento do desempenho físico e à redução da fragilidade. Em consonância, um estudo clínico randomizado (aleatório controlado) de fase 2 envolvendo 44 participantes com doença arterial periférica concluiu que uma distância maior é percorrida em uma caminhada de 6 minutos após a ingestão diária de uma bebida de cacau por 6 meses (15 gramas, para ser exato). Esses estudos sugerem que o produto pode melhorar a cognição geral e a memória, modulando o fluxo sanguíneo cerebral e outros parâmetros fisiológicos. Como vê, há razões de sobra para acreditar que o consumo de cacau pode melhorar a qualidade de vida da população idosa. Artigo escrito pela pesquisadora Carolina Sánchez Rodríguez, professora de Biologia Celular da Universidade Europeia, da Espanha. Texto originalmente publicado no portal de divulgação científica The Conversation. Notícias
Cremesp pede que Anvisa suspenda a venda de PMMA no Brasil 5 de julho de 2024 O Conselho Regional de Medicina de SP (Cremesp) notificou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (5/7) pedindo que seja proibida a venda, distribuição e comercialização de produtos à base de polimetilmetacrilato, o PMMA. Os médicos esperam que seja criada uma forma melhor de controle para a circulação… Read More
Notícias Saiba melhor horário para malhar se quer controlar açúcar no sangue 11 de junho de 2024 O horário que escolhemos para ir à academia pode variar de acordo com diferentes fatores, como a rotina de trabalho, a preferência por um turno mais vazio ou a disposição física. Mas afinal de contas, existe um horário de malhar que oferece mais benefícios para o nosso organismo? A resposta… Read More
Notícias Febre oropouche pode provocar sintomas nos olhos. Saiba quais 19 de agosto de 2024 A febre oropouche, que provocou surtos em alguns estados brasileiros e foi registrada até em países europeus, tem sintomas muito parecidos com os da dengue, chikungunya e zika. Um deles, bastante característico, é a dor nos olhos. “É comum que pacientes com febre oropouche relatem dor intensa atrás dos olhos,… Read More