Saiba quais são as consequências do vício em descongestionantes nasais Ouvir 4 de setembro de 2023 O nariz entupido é um sintoma que incomoda boa parte das pessoas em ambientes com temperaturas baixas e ar seco. É comum que elas recorram ao uso de descongestionantes nasais ao primeiro sinal, mas seu uso contínuo e excessivo é altamente prejudicial à saúde. Segundo o Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas de São Paulo, as consequências da utilização indiscriminada de descongestionantes nasais ocupam o terceiro lugar na lista de problemas causados por efeitos colaterais e uso incorreto de remédios — perdem apenas para os decorrentes de anti-inflamatórios e analgésicos. Expondo-se a altas quantidades da substância, o paciente pode desenvolver dependência pelo produto e corre risco de complicações graves, até mesmo a morte. Por isso, o medicamento deve ser sempre usado sob supervisão médica. Leia também Saúde Rinite viral ou alérgica? Saiba como identificar e tratar cada uma Saúde Crise de rinite? Otorrino destaca 10 dicas para evitar alergias Saúde Especialista ensina 10 truques para evitar crises de rinite no inverno Saúde Rinite, gripe e asma: saiba como fugir dos espirros durante o outono Confira alguns riscos do uso errado dos descongestionantes nasais: Dependência A dependência pode ocorrer com qualquer marca do produto, não apenas as mais conhecidas. “É possível tornar-se dependente do uso de todos os descongestionantes, sem exceção”, explica o otorrinolaringologista Arnaldo Tamiso, do Hospital Paulista. “Ao pingar o produto no nariz, em cinco minutos o paciente está respirando bem. E todo mundo procura respirar muito bem. É uma luta da classe médica quanto à necessidade de prescrição para a venda do remédio nas farmácias”, afirma o especialista. Reações no organismo A congestão nasal, ou o popular nariz entupido, é uma reação do organismo a condições inflamatórias, infecciosas e até anatômicas, como desvio do septo e presença de pólipo nas narinas. Quando um agente irrita a região, vasos sanguíneos se dilatam, o volume de sangue aumenta e os cornetos incham, o que obstrui a passagem de ar. Os descongestionantes nasais proporcionam alívio às narinas por conterem substâncias vasoconstritoras, como nafazolina, fenoxazolina, oximetatazolina, fenilefrina e pseudoefredina. Com o remédio, os vasos do nariz se contraem, o fluxo de sangue diminui, o edema da mucosa reduz, a produção de muco baixa e a pessoa tende a respirar melhor. “Além disso, ele ainda ajuda a diminuir o tamanho da carne esponjosa. É um medicamento muito potente”, alerta o médico. Desenvolvimento de outras condições A chamada rinite medicamentosa é um dos possíveis efeitos da aplicação excessiva de descongestionantes nasais. Trata-se de um efeito rebote do uso do medicamento, ou seja, acaba potencializando a irritação no nariz. Depois de algum tempo de uso, o efeito do produto tende a diminuir no corpo, e o nariz volta a ficar entupido, o que obriga a pessoa a diminuir o intervalo das aplicações do descongestionante. “O órgão passa a funcionar apenas com o medicamento, o que pode evoluir para um quadro reversível apenas com cirurgia”, alerta Tamiso. Outros efeitos do descongestionante no organismo são a taquicardia e a hipertensão. Em casos mais graves, existe ainda o risco de morte causada pela arritmia cardíaca e pelos picos de pressão arterial. Justamente por esse risco, o descongestionante nasal é contraindicado para pessoas hipertensas e com histórico de problemas no coração. Como curar o vício “O corpo consegue eliminar o descongestionante se o uso do medicamento não for extenso — o limite são cinco dias de aplicação. Se for o tempo for muito longo, os problemas podem se tornar crônicos. Dificilmente o paciente consegue deixar de usar a medicação sem realizar um tratamento junto ao otorrinolaringologista. Uma dica é diluir o descongestionante em soro fisiológico gradativamente, até a total eliminação da droga”, orienta Tamiso. Alternativas menos danosas Segundo o otorrinolaringologista, a melhor alternativa para cada paciente depende do tipo de obstrução que a pessoa tem. Se for crônica, causada por desvios e lesões no septo, por exemplo, o médico recomenda avaliação clínica, laboratorial e, em seguida, cirúrgica. Para casos de obstrução nasal pontuais, como resfriados e sinusites agudas, o soro fisiológico aparece como solução para o problema. “Ele ajuda muito mais porque hidrata o nariz”, sugere o médico. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Notícias
Notícias DF: HUB realiza 1º transplante de medula óssea do sistema público 12 de dezembro de 2023 Com diagnóstico de mieloma múltiplo e amiloidose, Gilmar Moreira Bomfim, de 48 anos, foi o primeiro paciente a realizar transplante de medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal. O mieloma múltiplo é um câncer da medula óssea considerado incurável, que acomete o plasmócito, célula responsável por… Read More
Notícias Dengue: Takeda firma parceria para aumentar produção de vacinas 27 de fevereiro de 2024 O laboratório japonês Takeda informou, nesta terça-feira (27/2), que vai aumentar a produção da vacina contra a dengue através de uma parceria com uma fabricante indiana de vacinas, a Biological E. O número limitado de doses disponíveis é atualmente o maior entrave para a vacinação contra a dengue no Brasil,… Read More
Notícias Homem é diagnosticado com leptospirose após comer manga do chão 11 de janeiro de 2024 O caminhoneiro Roberto Luis de Lima (foto em destaque), de 53 anos, teve lepstospirose após comer uma manga caída no chão. Ele foi hospitalizado por quase 20 dias, teve paralisia em um dos rins e precisou de hemodiálise. “Não morri apenas por obra de Deus”, diz ele. Em 7 de… Read More