Botulismo: é possível identificar alimentos contaminados? Ouvir 14 de agosto de 2025 O botulismo é uma doença rara e potencialmente fatal, causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A substância ataca o sistema nervoso e pode provocar paralisia muscular, insuficiência respiratória e até a morte em poucas horas. Mesmo em quantidades mínimas, a toxina é capaz de causar um envenenamento grave. De acordo com o Ministério da Saúde, a infecção ocorre principalmente pela ingestão de alimentos produzidos ou armazenados de forma inadequada, mas também pode acontecer quando a bactéria entra no corpo por meio de feridas contaminadas. “A toxina botulínica interfere no funcionamento dos nervos, podendo causar complicações sérias, como dificuldade para falar, engolir e respirar”, alerta a infectologista Renata Zorzet Manganaro de Oliveira, do Hospital Beneficência Portuguesa de São José do Rio Preto (SP). É possível identificar alimentos contaminados? Em alguns casos, sim, especialmente em produtos industrializados ou conservados de forma artesanal. De acordo com Renata, sinais como embalagem estufada, líquido turvo, alteração de cor, odor ou textura merecem atenção. “Mesmo pequenas alterações devem ser levadas a sério, já que a toxina botulínica é extremamente potente e invisível a olho nu”, reforça. O clínico geral Lucas Albanaz, coordenador médico do Hospital Santa Lúcia Gama (DF), complementa que vazamento de líquido ou espuma ao abrir, cheiro rançoso ou azedo, presença de bolhas no líquido interno e sedimento escuro no fundo de conservas são sinais de alerta. No entanto, ressalta que a toxina botulínica não altera necessariamente o sabor ou o cheiro, “por isso, a ausência desses sinais não garante segurança”, esclarece o profissional. Leia também Saúde Anvisa emite alerta sobre risco de botulismo associado ao uso de botox Vida & Estilo Bahia registra surto de botulismo; veja como evitar a doença Brasil “Só uma colher”, diz brasileira que contraiu botulismo ao tomar sopa Saúde Brasileira contrai botulismo nos EUA e família já deve R$ 2,5 milhões E nos alimentos frescos? O risco é bem menor, mas existe quando frutas, verduras ou legumes são cortados, triturados ou cozidos e depois armazenados de forma incorreta, especialmente se forem submersos em óleo ou conservados sem acidez suficiente. “No caso de produtos frescos, é mais difícil identificar a presença do C. botulinum apenas visualmente. Ainda assim, odor estranho, textura excessivamente mole ou presença de líquido anormal na embalagem devem acender o alerta”, afirma Renata. O “teste da gota de água” funciona? Não. Apesar de circular na internet a ideia de que pingar uma gota de água no alimento pode indicar contaminação, os especialistas alertam que esse método não tem validade científica. “Não há reação visível que identifique a toxina, e o risco de manipulação e ingestão acidental é alto. A única confirmação é feita em laboratório especializado”, afirma Albanaz. Como prevenir uma infecção por botulismo? A bactéria não se desenvolve bem em ambientes ácidos ou refrigerados. Por isso, é fundamental manter conservas sob refrigeração, acidificar corretamente receitas caseiras e nunca deixar alimentos prontos por longos períodos em temperatura ambiente. “Em produtos industrializados, o risco é menor devido à esterilização rigorosa, mas qualquer embalagem danificada deve ser descartada”, orienta Renata. O que fazer após ingerir um alimento suspeito? A recomendação é procurar atendimento médico imediato. “Não provoque vômito sem orientação médica. Informe o tipo de alimento ingerido, a quantidade e o tempo desde a ingestão. Se possível, leve a embalagem ou amostra para análise”, diz o médico. No hospital, o tratamento pode incluir lavagem gástrica, carvão ativado e administração do soro antibotulínico. Quanto mais cedo a intervenção, maior a chance de evitar complicações graves. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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