Casos de câncer de intestino devem crescer 21% no Brasil até 2040 Ouvir 27 de março de 2025 O número de novos casos de câncer de intestino no Brasil deve aumentar 21% entre 2030 e 2040, segundo projeção da Fundação do Câncer. O tumor, também conhecido como colorretal, costuma estar associado a maus hábitos de vida (tabagismo, alimentação ruim, álcool e sedentarismo). A previsão é que os casos passem dos 48 mil atuais para 58 mil diagnósticos em 2030 e para 71 mil em 2040. Segundo a Fundação do Câncer, o aumento de casos está ligado ao envelhecimento populacional e à difusão de hábitos pouco saudáveis, especialmente na alimentação. Leia também Saúde Câncer de intestino: saiba sintomas, fatores de risco e como prevenir Saúde Mulher que perdeu pai para câncer de intestino tira 35 cm do órgão Saúde Mulher com câncer de intestino terminal tinha apenas 1 sintoma Saúde Câncer de intestino: saiba quais são os primeiros sintomas da doença O envelhecimento é chave, já que praticamente nove a cada dez casos da neoplasia ocorrem pessoas com mais de 50 anos. Sinais de alerta do câncer de intestino Presença de sangue na evacuação, seja de vermelho vivo ou escuro, misturado às fezes, com ou sem muco. Sintomas irritativos, como alteração do hábito intestinal que provoca diarreia crônica e necessidade urgente de evacuar, com pouco volume fecal. Sintomas obstrutivos, como afilamento das fezes, sensação de esvaziamento incompleto, constipação persistente de início recente e cólicas abdominais frequentes associadas a inchaço abdominal. Sintomas inespecíficos, como fadiga, perda de peso e anemia crônica. Aumento de câncer de intestino por região Os pesquisadores também alertam que falta um sistema de rastreamento eficaz que permita detectar a doença precocemente e tratá-la em seus estágios iniciais — nessa etapa, não há sintomas específicos, mas as chances de cura total são superiores a 90%. A doença já figura entre os cinco tipos de câncer mais comuns no mundo. A estimativa indica que as regiões Centro-Oeste (32,7%) e Norte (31,13%) terão os maiores aumentos, enquanto o Sudeste, apesar do menor percentual (18%), concentrará mais casos em números absolutos. “Essas projeções não são apenas números para se ter em conta, mas um alerta para ampliar a prevenção. É fundamental reduzir as desigualdades no acesso ao diagnóstico e tratamento. E ainda fazer ações que impactam nos fatores sociais de prevenção à doença: mudanças no estilo de vida, com práticas saudáveis na alimentação, na atividade física e na redução de fatores de risco, incluindo tabagismo e consumo de carne processada”, afirma o diretor da Fundação, Luiz Augusto Maltoni. 12 imagens Fechar modal. 1 de 12 Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus Getty Images 2 de 12 De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019 Getty Images 3 de 12 O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado Getty Images 4 de 12 Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras Getty Images 5 de 12 Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC) Getty Images 6 de 12 Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino Getty Images 7 de 12 Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal Getty Images 8 de 12 O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio) Getty Images 9 de 12 O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas Getty Images 10 de 12 A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor Getty Images 11 de 12 A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino Getty Images 12 de 12 Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana Getty Images Falta de rastreamento organizado Diferente da Europa e EUA, o Brasil não possui protocolo nacional para detecção precoce definido. “Nos modelos europeu e norte-americano, a indicação é de que o exame de colonoscopia seja feito a cada dez anos, a partir dos 50 anos de idade, para casos assintomáticos. Só com um sistema organizado poderemos melhorar os índices de mortalidade”, diz o epidemiologista Alfredo Scaff. No Brasil, embora seja frequente a recomendação de proctologistas e gastroenterologistas por realizar os exames periodicamente, a prevenção costuma ser feita apenas com o exame de sangue oculto nas fezes, que deveria ser realizado anualmente nos check-ups, mas nem mesmo ele é feito com a constância recomendada. “O melhor é que se faça o exame de sangue oculto, realizado durante os exames de fezes, pelo menos uma vez ao ano. Ele não indica necessariamente que há câncer, mas fornece informações sobre a necessidade de uma colonoscopia”, apontou a oncologista Maria Ignez Braghiroli, coordenadora do Comitê de Tumores Gastrointestinais Alto da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) em entrevista anterior ao Metrópoles. Os especialistas defendem políticas regionalizadas e investimento em conscientização. “É fundamental reduzir desigualdades no acesso ao diagnóstico”, afirma Maltoni. Mudanças no estilo de vida, como alimentação balanceada e redução do tabagismo, também são apontadas como medidas preventivas. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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