Cientistas descobrem como vírus da gastroenterite invade as células Ouvir 3 de novembro de 2025 Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (3/11) revela como o astrovírus humano, uma das principais causas de gastroenterite viral, consegue entrar nas células do corpo. O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, identificou a estrutura usada pelo vírus para se ligar às células humanas. Os resultados publicados na revista Nature Communications ajudam a compreender uma etapa essencial do ciclo de vida do vírus e a analisar novas estratégias para o desenvolvimento de vacinas e terapias. O que é o astrovírus? O vírus é uma das principais causas de gastroenterite viral, doença que provoca vômitos, diarreia e febre, especialmente em crianças pequenas e idosos. Em regiões de baixa renda, a infecção agrava quadros de desnutrição e compromete o desenvolvimento infantil. Até hoje, não há vacinas disponíveis para combater o astrovírus humano. Como o astrovírus entra no corpo Nos últimos anos, os cientistas descobriram que o astrovírus se liga a uma proteína presente nas células humanas, chamada receptor neonatal Fc. Essa proteína é responsável por transportar anticorpos da mãe para o bebê durante a amamentação e continua atuando ao longo da vida na circulação de anticorpos e outras moléculas de defesa. O novo estudo detalhou como ocorre essa ligação. Em laboratório, os cientistas recriaram versões do vírus e do receptor para observar onde exatamente ocorre a interação. Por meio da cristalografia de raios X, técnica que permite visualizar proteínas em nível atômico, eles descobriram que o vírus se conecta ao mesmo ponto do receptor usado pelos anticorpos. Leia também Esportes Saiba qual alimento causou quadro de gastroenterite em Kylian Mbappé Esportes Mundial: Mbappé perdeu 4 kg após diagnóstico de gastroenterite Saúde Paulo Miklos está internado na UTI com gastroenterite. Entenda quadro São Paulo Vídeo: MC Don Juan é internado em SP com quadro de gastroenterite Segundo a professora Rebecca DuBois, o astrovírus aproveita uma via natural do organismo para invadir as células. Ela explica que compreender esse mecanismo é essencial para desenvolver formas de impedir que o vírus se replique dentro do corpo. Perspectivas para vacinas e tratamentos Os cientistas destacam que já existem medicamentos aprovados pela FDA (agência reguladora dos Estados Unidos) que atuam na mesma via dos anticorpos explorada pelo vírus. Essa semelhança pode facilitar a adaptação de tratamentos já disponíveis para combater o astrovírus, reduzindo o tempo de desenvolvimento de novas terapias. “Descobrimos uma parte realmente importante do ciclo de vida do vírus e sabemos agora onde ocorre essa interação com o receptor humano. Isso permite pensar em vacinas que possam atingir esse ponto e bloquear a infecção”, afirmou DuBois. A equipe pretende continuar as investigações sobre vacinas e possíveis tratamentos capazes de impedir a ação do astrovírus no organismo. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Comer mais ovos para ganhar massa muscular funciona? Entenda 13 de janeiro de 2025 O ovo está entre os alimentos preferidos dos atletas e praticantes de musculação. Afinal, cada unidade do alimento tem cerca de 6 gramas de proteína, nutriente que ajuda na reparação e desenvolvimento dos músculos. Mas será que aumentar seu consumo na dieta realmente ajuda a ganhar mais massa muscular? De… Read More
Fibromialgia e lúpus: entenda as condições de saúde de Lady Gaga 30 de abril de 2025 A cantora norte-americana Lady Gaga, 38, está no Brasil para um megashow gratuito que acontecerá no Rio de Janeiro em 3 de maio, em Copacabana. Esta é apenas sua segunda passagem pelo país. A primeira foi em 2012, com uma apresentação também no Rio. Em 2017, Gaga chegou a ser… Read More
Notícias Implante controla epilepsia em menino que teve até 250 crises por dia 13 de abril de 2024 Caio Henrique veio ao mundo antes do esperado, com 32 semanas. Em sua primeira semana de vida, uma pneumonia e um AVC hemorrágico na região occipital direita e no cerebelo ameaçaram sua visão e sua própria existência. No entanto, essas complicações foram apenas os primeiros indícios de uma batalha muito… Read More