Conitec incorpora 1º remédio para demência ligada ao Parkinson ao SUS Ouvir 25 de junho de 2024 O Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns do mundo: há entre 100 e 200 indivíduos diagnosticados com a condição a cada 100 mil pessoas com mais de 40 anos. Destas, 30% desenvolvem demência associada ao Parkinson. Entretanto, a complicação não tinha tratamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) até o momento. Por isso, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) decidiu, na sexta (21/6), incorporar a rivastigmina, o único remédio aprovado no Brasil para tratamento da demência associada ao Parkinson, ao rol de medicamentos a serem distribuídos no serviço público de saúde. O Ministério da Saúde tem até 180 dias (prorrogáveis por mais 90) pra começar a disponibilizar o produto, que já é distribuído para pacientes com Alzheimer. A previsão é que a inclusão custe aos cofres públicos aproximadamente R$ 47,6 milhões nos próximos cinco anos. Na rede privada, cada caixa com 30 comprimidos do remédio pode custar até R$ 250. Leia também Saúde Exame de sangue consegue prever Parkinson com 7 anos de antecedência Saúde Beber café pode proteger cérebro do Parkinson, sugere pesquisa Saúde Além dos tremores: conheça os sintomas mais comuns do Parkinson Claudia Meireles Remédio contra diabetes pode ajudar a retardar avanço do Parkinson Quais os impactos do remédio? Vendida em comprimidos, gotas e adesivos, a rivastigmina atua aumentando a quantidade de acetilcolina no cérebro. A enzima ajuda os neurônios a transmitirem com maior eficácia os impulsos do sistema nervoso, o que diminui o declínio neurológico em pessoas com Alzheimer e Parkinson. Pacientes com Parkinson tratados com rivastigmina tiveram uma melhora de suas funções cognitivas cinco vezes maior do que as que fizeram o tratamento clínico padrão em testes clínicos avaliados pela Conitec. Foi observada uma menor lentidão cognitiva e melhores índices de atenção e memória, bem como a redução das alucinações, dos delírios e da apatia causada pela demência nos usuários da rivastigmina. “Sabemos que o envelhecimento da nossa população já é uma realidade. A doença de Parkinson não tem cura e tem afetado uma parcela significativa de brasileiros. Essas pessoas, seus familiares e cuidadores precisam contar com o SUS para terem acesso a tratamentos que propiciem uma vida melhor”, afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. 8 imagens Fechar modal. 1 de 8 Parkinson é uma doença neurológica caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images 2 de 8 Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular Elizabeth Fernandez/ Getty Images 3 de 8 Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura izusek/ Getty Images 4 de 8 Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono SimpleImages/ Getty Images 5 de 8 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos Ilya Ginzburg / EyeEm/ Getty Images 6 de 8 Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida Visoot Uthairam/ Getty Images 7 de 8 O diagnóstico é médico e exige uma série de exames, tais como: tomografia cerebral e ressonância magnética. Para pacientes sem sintomas, recomenda-se a realização de tomografia computadorizada para verificar a quantidade de dopamina no cérebro JohnnyGreig/ Getty Images 8 de 8 O Parkinson não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a progressão dos sintomas e ajudar na qualidade de vida. Além de remédio, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, há possibilidade de cirurgia no cérebro Andriy Onufriyenko/ Getty Images Os tratamentos disponíveis contra o Parkinson Embora os problemas motores sejam os mais conhecidos impactos do Parkinson, a doença causa uma série de sintomas — são mais de 40 sinais documentados. O mais frequente não é o tremor, mas a bradicinesia, que causa lentidão dos movimentos e se manifesta mais em um lado do corpo que no outro. Atualmente, o SUS conta com tratamentos medicamentosos e fisioterapêuticos, implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral, para pessoas que vivem com Parkinson. A maioria dos tratamentos é voltada para diminuir os sintomas da doença. Alguns remédios essenciais para desacelerar a progressão dos sinais já eram distribuídos pelo SUS, mas não são tão efetivos no controle da demência. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Veja imagens de como o amor se manifesta no cérebro 27 de agosto de 2024 O amor tem muitas formas: o sentimento se expressa na relação com parentes, com interesses românticos, consigo mesmo e até no apego às ideias. Ainda não se sabia, entretanto, que diferentes áreas do cérebro eram ativadas de acordo com essa multiplicidade de sentimentos. Pesquisadores da Universidade Aalto, na Finlândia, criaram… Read More
Notícias Recém-nascido recebe primeiro transplante parcial de coração do mundo 3 de janeiro de 2024 Um recém-nascido dos Estados Unidos recebeu o primeiro transplante parcial de coração do mundo. Segundo os médicos, em relato publicado na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA), Owen Monroe nasceu em abril de 2022 com disfunção irreparável da válvula cardíaca. Os pais da criança, Tayler e Nick… Read More
Dentista recomenda não beijar desconhecidos neste Carnaval. Entenda 3 de fevereiro de 2024 O Carnaval é a época de maior azaração em todo o ano no Brasil. Afinal, além de toda a tradição, a folia é sinônimo de muito flerte e beijo na boca, o que pede cuidados específicos com a saúde, sobretudo a oral. De acordo com a dentista Giovanna Zanini Rodrigues,… Read More