CoQ10 e saúde feminina: como ela pode ajudar?

A Coenzima Q10, ou CoQ10, é uma daquelas substâncias pouco conhecidas pela maioria das pessoas, mas que são vitais à saúde.

Um dos papeis da CoQ10 é o de antioxidante, protegendo as células contra danos provocados pelos radicais livres. Outro, é ajudar na produção de ATP (adenosina trifosfato), molécula que fornece energia celular.

Conforme a idade avança, nosso corpo produz menos CoQ10 e isso pode afetar o bom funcionamento de diversos órgãos.

A suplementação tem potencial de reduzir esses impactos, inclusive no que se refere a questões específicas da saúde feminina, como indicam diversos estudos.

Neste artigo vamos explicar melhor como a coenzima Q10 pode favorecer o bem-estar feminino e mostrar algumas evidências científicas.

Leia até o final e fique por dentro do assunto!

Coenzima Q10 e Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma condição hormonal que afeta muitas mulheres em idade reprodutiva. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela atinge entre 5 e 10% das mulheres nessa fase, impactando sua qualidade de vida de muitas formas.

A coenzima Q10 tem se mostrado promissora no tratamento da SOP.

Sintomas e consequências da SOP

Os desequilíbrios hormonais provocados por essa síndrome podem ter uma série de consequências, entre elas:

• Infertilidade;
• Menstruação irregular;
• Risco aumentado para diabetes;
• Risco aumentado para doenças cardiovasculares.

Como a CoQ10 pode ajudar na SOP?

Pesquisas recentes associam as propriedades da coenzima Q10 à redução de consequências negativas da SOP.

Além da ação antioxidante, que protege as células de danos provocados pelos radicais livres, a suplementação com CoQ10 pode melhorar a resistência à insulina, reduzir níveis de hormônios masculinos e melhorar níveis de colesterol em mulheres com SOP.

Revisão sistemática de estudos clínicos mostrou que a suplementação com 200 mg/dia de CoQ10 melhorou diversos marcadores metabólicos e hormonais relacionados à SOP.

A dosagem ideal de suplementação no entanto, deve ser definida de forma individualizada, por nutricionista ou médico.

Coenzima Q10 e fertilidade feminina

A infertilidade feminina é uma questão complexa, que pode ter diversas causas. Entre elas, podemos citar a diminuição da reserva ovariana associada ao estresse oxidativo, ou seja, o excesso de radicais livres no organismo.

Esse desbalanço pode causar danos aos óvulos e ao revestimento do útero, prejudicando a fertilidade.

Por isso, a ação antioxidante da CoQ10, que combate os radicais livres, tem potencial para melhorar a fertilidade da mulher.

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Coenzima Q10 e fertilidade: o que mostram os estudos?

Revisão sistemática com metanálise avaliou efeitos da suplementação de CoQ10 em mulheres com baixa resposta ovariana. Alguns resultados que chamam atenção são:

• Em mulheres com baixa reserva ovariana – submetidas a tratamentos de reprodução assistida – a CoQ10 elevou o número de óvulos recuperados, a taxa de fertilização e a qualidade dos embriões.

• A CoQ10 combinada com DHEA reduziu a necessidade de altas doses de hormônios estimulantes e aumentou o número de folículos maduros nesses mulheres.

A coenzima Q10 é uma substância fundamental a múltiplos aspectos da saúde humana. A queda em sua produção natural, motivada por fatores como envelhecimento, pode trazer impactos significativos ao funcionamento de diversos órgãos.

Utilizada como estratégia para melhorar os níveis de CoQ10 no organismo, a suplementação têm mostrado resultados promissores.

Quando se fala em saúde feminina, essa estratégia abre um horizonte amplo de benefícios, como melhora da fertilidade e redução dos efeitos da Síndrome dos Ovários Policísticos.

Para uma suplementação eficiente e segura, seja qual for o objetivo, no entanto, a dosagem deve ser personalizada. Por isso, recomenda-se buscar orientação de nutricionista ou médico.

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Até a próxima!

Referência

https://doi.org/10.1016/j.jnim.2018.08.002

https://doi.org/10.1186/s12958-018-0343-0

https://doi.org/10.3109/09513590.2015.1137095

https://doi.org/10.1007/s10815-016-0751-z

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