Dengue: o que está sendo feito para aumentar a oferta de imunizantes? Ouvir 22 de setembro de 2024 Após a última epidemia de dengue que entrou para a história como uma das piores do país, o Ministério da Saúde pretende ampliar o número de municípios nos quais haverá aplicação do imunizante Qdenga, da fabricante Takeda. Para o próximo ano, já foram adquiridas 9 milhões de doses da vacina contra a dengue, cerca de 50% a mais do que no ano passado. No entanto, o público que receberá a vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) segue restrito à faixa etária entre 10 e 14 anos em 2025. O diretor do programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, explica que a decisão foi tomada em consonância com o grupo populacional com mais desfechos graves, necessitando internações hospitalares. “As próximas doses seguem para o público de 0 a 14 anos, o que pretendemos ampliar é o número de cidades contempladas”, afirmou Gatti, do Ministério da Saúde. Desde o início da aplicação, o imunizante já foi distribuído na rede pública para cerca de mil municípios de zonas urbanas. O critério de destinação foi as taxas de incidência da doença. Leia também Saúde Vacina oral da pólio será substituída por injetável até novembro Saúde Primeira vacina para proteção de bebês contra o VSR chega ao Brasil Saúde Câncer: vacina tem bons resultados em pacientes com tumor avançado Saúde OMS pré-qualifica primeira vacina contra mpox. Entenda o que significa A vacina da dengue aplicada no SUS é fabricada com vírus inativado pela Takeda, que tem vendido a maior parte da produção do imunizante para o Brasil. O laboratório alega que só conseguirá aumentar a disponibilidade de vacinas em 2025 devido a limitações de seu parque fabril. “O grande impasse, em relação à dengue, é que precisamos, mas não temos mais onde comprar. A prevenção contra a dengue é estratégica para o Brasil”, comentou Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), durante a 26ª Jornada de Imunizações, em Recife (PE). Durante o auge da epidemia de dengue, o Ministério da Saúde chegou a declarar que intermediaria um acordo de transferência de tecnologia entre a Takeda e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a produção da vacina contra a dengue. Por motivos que ainda não estão claros, a parceria está emperrada. Vacina do Instituto Butantan Uma aposta promissora para a ampliação de imunizantes é a vacina contra dengue que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan. A vacina está na fase 3, ensaio clínico de larga escala. O Butantan já publicou resultados de eficácia e segurança, e a submissão à Agência Nacional de Vigilância Sanitária está sendo feita de forma contínua, para agilizar a aprovação. “Estamos trabalhando com o 1º semestre de 2026 como previsão de aprovação para o imunizante, até aqui, os resultados são excelentes”, afirmou o diretor médico do Instituto Butantan, José Alfredo Moreira, também presente à 26ª Jornada de Imunizações. Qdenga acima de 60 Outra novidade é a possibilidade de ampliação de uso da Qdenga para público 60+. Atualmente, a vacina só tem autorização de uso para aplicação no público até 59 anos, pois não há informações suficientes sobre eficácia e segurança para o grupo etário de idosos. Durante o congresso em Recife, a representante do laboratório Takeda, Denise Abud, anunciou o início de dois ensaios clínicos para testar a vacina nessa população. Após a aprovação, a ideia é que o imunizante entre para o calendário do SUS voltado às pessoas mais velhas, uma vez que o grupo está entre os mais vulneráveis para desfechos graves de dengue. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! A jornalista Érica Montenegro viajou a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações. A 26ª Jornada de Imunizações foi realizada em em Recife (PE), entre 18 e 21 de setembro. Notícias
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