Hiperêmese gravídica: enjoo grave faz mulheres repensarem maternidade Ouvir 4 de setembro de 2025 A náusea intensa durante a gravidez vai muito além do que muitos conhecem como enjoo matinal. Uma pesquisa realizada com 289 mulheres australianas revelou que os sintomas da hiperêmese gravídica, condição marcada por episódios graves de vômito e mal-estar, podem ser tão debilitantes que afetam a saúde mental, a vida social e até as escolhas sobre a maternidade. Mais da metade das entrevistadas disse que chegou a considerar interromper a gestação, enquanto nove em cada dez afirmaram ter pensado em não ter mais filhos. Para 62% delas, a experiência veio acompanhada de ansiedade ou depressão frequentes. Efeitos que vão além do corpo O estudo, publicado na revista PLOS One nesta quinta-feira (4/9), mostra que os efeitos da hiperêmese gravídica vão além do corpo. Leia também Saúde Saiba quais são as doenças mais comuns na gravidez e como se prevenir Saúde Mulher descobre câncer durante gravidez: “Comemoração virou pesadelo” São Paulo Gravidez silenciosa: jovem entra no hospital com cólica e sai com bebê Saúde Gestante aspira vômito e dá à luz filha enquanto estava em coma “A hiperêmese gravídica não é apenas um enjoo matinal, é uma condição séria que pode ter consequências devastadoras para a saúde mental, os relacionamentos e as decisões das mulheres sobre futuras gestações”, afirma o farmacêutico Luke Grzeskowiak, pesquisador da Universidade Flinders, na Austrália, e responsável pela pesquisa, em comunicado. As dificuldades relatadas incluem a perda de capacidade para trabalhar, cuidar de outros filhos, manter relacionamentos e até realizar atividades simples do dia a dia. A gravidade dos sintomas levou 37% das gestantes a pedir indução precoce do parto. Limitações no tratamento Apesar da intensidade do problema, os medicamentos usados nem sempre trazem alívio. Apenas metade das mulheres avaliou os tratamentos como eficazes. As terapias disponíveis foram avaliadas como úteis por parte das mulheres, mas muitas relataram efeitos colaterais que atrapalhavam o dia a dia, como sonolência, constipação e dificuldade de concentração. Em alguns casos, os sintomas adversos foram tão intensos que levaram pacientes a interromper o uso dos remédios. “Muitas vezes, são prescritos vários medicamentos às mulheres na tentativa de controlar os sintomas, mas a realidade é que muitas dessas opções têm seus próprios problemas”, explica Grzeskowiak. Para ele, é urgente a criação de estratégias mais seguras e eficazes, com base em evidências científicas. A fundadora da Hyperemesis Austrália, Caitlin Kay-Smith, que também assina o estudo, destaca a importância de maior sensibilidade no atendimento. “Muitas vezes, os sintomas das mulheres são descartados como parte normal da gravidez, quando na verdade elas estão vivenciando uma condição que pode mudar suas vidas. Precisamos adotar um cuidado que reconheça o impacto total da hiperêmese gravídica”, afirma. Os pesquisadores defendem investimentos em novos estudos e em serviços de apoio para gestantes. “As mulheres querem ser ouvidas, acreditadas e tratadas com dignidade”, conclui Grzeskowiak. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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