Idade biológica: entenda por que ela é diferente em pessoas obesas Ouvir 22 de junho de 2025 Nem sempre o corpo revela a idade que a certidão de nascimento mostra. Enquanto a idade cronológica contabiliza o tempo vivido, a biológica está relacionada à condição real em que o organismo está funcionando. Geralmente, as duas idades não são iguais, mas em pessoas com doenças crônicas, como obesidade, a diferença pode ser ainda maior. A variação na idade biológica se dá principalmente por fatores como alimentação, sedentarismo, estresse, qualidade do sono e genética. Eles determinam como nossos órgãos, células e sistemas vão envelhecer. Risco de ter idade biológica mais alta Ter idade biológica incompatível com a cronológica aumenta o risco de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e outros problemas de saúde. A idade biológica avançada eleva o risco de problemas de ansiedade e depressão. O conjunto de fatores causados pela idade biológica elevada pode levar a morte precoce. Fatores como estilo de vida, genética e exposição a ambientes prejudiciais à saúde podem influenciar na idade biológica. O nutricionista Bruno Correia, que atende em Brasília, explica que a qualidade da alimentação interfere diretamente na saúde corporal do indivíduo. “Isso significa que uma má alimentação pode gerar consequências cardiometabólicas compatíveis às observadas em uma pessoa com idade biológica mais avançada, tornando o corpo mais disfuncional, seja pelas funções renais, hepáticas ou marcadores sanguíneo”, conta. Por que pessoas com obesidade têm idade biológica mais alta? Muitas pessoas acreditam que a obesidade é apenas estar acima do peso, porém, as consequências são mais complexas. Ela é considerada uma doença crônica inflamatória e compromete o funcionamento do corpo como um todo. O excesso de gordura — principalmente abdominal — libera substâncias inflamatórias que vão para todo o corpo. O quadro gera estresse oxidativo, responsável por danificar as células e acelerar o envelhecimento dos tecidos. Órgãos como rins, fígado e o sistema cardiovascular sofrem com o acúmulo de gordura e sobrecarga metabólica, gerando uma perda precoce da funcionalidade. “Alguns estudos mostram que pessoas com obesidade têm o encurtamento dos telômeros, estruturas que protegem o DNA. À medida que a gente envelhece, sofrendo com o estresse oxidativo causado por processos inflamatórios crônicos, eles vão se encurtando”, afirma a endocrinologista Érika Fernanda de Faria, do Hospital Santa Lúcia, de Brasília. 7 imagensFechar modal.1 de 7 A causa fundamental da obesidade e do sobrepeso é o desequilíbrio energético entre a quantidade de calorias ingeridas e a quantidade de calorias utilizadas pelo indivíduo para realização de suas atividades diárias. O excesso de calorias não consumidas acumula-se em forma de gordura corporal Getty Images2 de 7 Segundo um levantamentos da OMS, as taxas de obesidade em adultos praticamente triplicaram desde 1975 e se elevaram em cinco vezes em crianças e adolescentes. No Brasil, segundo o IBGE, a condição deve atingir quase 30% da população adulta do país em 2030 Peter Dazeley/ Getty Images3 de 7 Obesidade, mais do que o acúmulo de peso, é uma doença que afeta o corpo de forma sistêmica Gettyimages4 de 7 Sintomas da obesidade clínica que vão além do IMC Reprodução/tHE lANCET5 de 7 A ingestão de alimentos gordurosos e o sobrepeso levam a inflamações de baixa intensidade no cérebro, dizem os pesquisadores Arte/Metrópoles6 de 7 De acordo com especialistas, apesar de a obesidade ser uma doença crônica multifatorial e, como todas elas, não ter cura, ela tem tratamento e controle Maskot/ Getty Images7 de 7 Além das doenças, portadores de obesidade precisam lidar com estigmas sociais associados à doença, que envolvem preconceito, estereótipos desrespeitosos, falta de entendimento, levando os pacientes a condições de baixa autoestima, vergonha e culpa pela condição de saúde e pelo peso Jose Luis Pelaez Inc/ Getty Images É possível rejuvenescer biologicamente? De acordo com os especialistas, é possível reverter o envelhecimento biológico com mudanças no estilo de vida. A queima de gordura melhora os marcadores inflamatórios, normalizando os hormônios e saúde celular, especialmente quando combinada com uma rotina alimentar equilibrada, com a prática de exercícios físicos regulares, um sono de qualidade e o controle do estresse. O mais importante do processo é perder peso de forma saudável. “Se tratando de melhora na renovação celular e longevidade, um padrão alimentar de déficit calórico — comer um pouco menos do que o corpo gasta — traz mais benefícios a longo prazo. A recomendação é não fumar e ingerir bebida alcoólica, fazer atividade física regularmente e consumir um teor menor de carnes vermelhas e processadas”, finaliza o nutricionista Bruno Correia. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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