Médico percebe que estava infartando enquanto atendia homem infartado Ouvir 19 de fevereiro de 2025 Um médico canadense só percebeu que estava sofrendo um infarto depois de atender a um paciente que estava passando pela mesma emergência. “A história dele era a minha história”, disse o médico Chris Loreto em depoimento ao site do hospital em que trabalha. O caso aconteceu em novembro do ano passado na pequena cidade de Timmins, a cerca de 700 km da capital do país, Ottawa. O clínico geral afirma que já vinha sentindo dores no peito que irradiavam para a cabeça, especialmente a garganta, quando saía para correr. “A dor era tão forte que muitas vezes eu tinha que parar para gritar”, lembra ele. Leia também Saúde Estudo revela contraceptivo que quadruplica risco de infarto Saúde Barriga grande pode aumentar risco de infarto e AVC. Entenda Saúde Fazer 5 minutos a mais de exercício diminui risco de AVC e infarto Saúde Vida após o infarto: o que acontece depois de um ataque cardíaco Assustado, Chris chegou a se consultar com um colega, apresentando ele mesmo a hipótese de que se tratava de refluxo, o que foi confirmado pelo amigo. Na consulta, o médico não deixou claro que as dores apareciam sempre quando ele praticava exercícios físicos, fato que ele não tinha percebido. A prática de atividades físicas vigorosas, por exigir um fluxo maior de sangue no corpo, costuma ser um dos gatilhos para o infarto. O ataque cardíaco ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do coração é bloqueado por um longo período, impedindo que o oxigênio alcance o órgão, geralmente devido a acúmulos de gordura nas artérias. 12 imagens Fechar modal. 1 de 12 De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas Peter Dazeley/ Getty Images 2 de 12 Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles bymuratdeniz/ Getty Images 3 de 12 Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images 4 de 12 Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito katleho Seisa/Getty Images 5 de 12 A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga SolStock/ Getty Images 6 de 12 O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc. KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images 7 de 12 Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc. bymuratdeniz/ Getty Images 8 de 12 A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo manusapon kasosod/ Getty Images 9 de 12 Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada FG Trade/ Getty Images 10 de 12 Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas Peter Dazeley/ Getty Images 11 de 12 Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração Peter Dazeley/ Getty Images 12 de 12 Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente andresr/ Getty Images Os sintomas do infarto Os sintomas de um ataque cardíaco costumam incluir um desconforto no peito (pressão, aperto, dor, queimação ou peso). O desconforto no peito pode irradiar pela parte superior do corpo (pescoço, mandíbula, ombros, braços, costas), incluindo ainda sintomas como falta de ar, suor, náusea e tontura. As mulheres podem sofrer um ataque cardíaco sem pressão no peito. Elas podem sentir falta de ar, pressão ou dor no abdômen superior, tontura, vertigem, desmaio ou fadiga extrema. A prevenção inclui hábitos como alimentação saudável, atividade física, redução do estresse e vida sem fumo. Há também fatores de risco que você não pode controlar, como idade, sexo e histórico familiar. O médico canadense passou a tomar remédios para refluxo, mas não sentiu melhoras. Em 12 de novembro, porém, enquanto jogava hóquei, ele voltou a sentir a dor, desta vez de forma constante, irradiando-se para os ombros. Mesmo com o sintoma, ele foi trabalhar na manhã seguinte e passou o turno inteiro se sentindo mal. Foi quando um paciente infartou e Chris foi chamado para ajudar. O paciente também tinha sido diagnosticado com refluxo antes que seu coração parasse. Loreto, que ignorou os próprios sintomas por meses, percebeu que poderia estar enfrentando o mesmo problema. Após insistência dos colegas, ele realizou exames de imagem que confirmaram o infarto. Após o diagnóstico, o médico foi transferido para um centro cardíaco em Sudbury, a 300 km de onde mora, onde passou por cirurgias para desobstruir as artérias. Agora em licença médica, ele participa de um programa de reabilitação cardíaca no hospital em que atua. Loreto admite que, como muitos profissionais da saúde, priorizou o cuidado dos outros em detrimento do próprio bem-estar. “Somos maravilhosos em cuidar dos outros e péssimos em cuidar de nós mesmos. É como eu defendo, faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, afirmou. Ele alerta para a necessidade de levar sintomas persistentes a sério, especialmente dores no peito, falta de ar e sudorese excessiva. Prevenção do infarto A cardiologista Juliana Vasconcelos, do hospital Oto Santos Dumont, em Fortaleza, reforça que o infarto é uma emergência médica e que a prevenção é fundamental. “Controlar fatores de risco como hipertensão, diabetes e colesterol, além de adotar hábitos saudáveis, pode salvar vidas”, destacou. A médica reforça a importância da prevenção: “a melhor forma de evitar um infarto é adotar um estilo de vida saudável e realizar check-ups regulares com o cardiologista. A prevenção é o melhor remédio. Ao reconhecer os sintomas e controlar os fatores de risco, o paciente protege seu coração e pode garantir uma vida mais longa e plena”, conclui. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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