Médiuns têm alterações genéticas específicas, sugere estudo brasileiro Ouvir 18 de fevereiro de 2025 Uma análise genética feita por psiquiatras da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apontou coincidências genômicas em pessoas que trabalham como médiuns e que não estão presentes em outras pessoas de suas famílias. O estudo brasileiro indicou variantes genéticas que podem ser exclusivas em médiuns, indicando possíveis bases biológicas para experiências espirituais, e foi publicado no Brazilian Journal of Psychiatry em janeiro de 2025. A pesquisa, realizada entre 2020 e 2021, analisou o exoma de 54 médiuns e 53 de seus parentes de primeiro grau sem habilidades mediúnicas. Os participantes se dedicavam a trabalhos voluntários mediúnicos há mais de 10 anos, a maioria deles em instituições da umbanda e do kardecismo. Leia também Brasil Seis anos após caso vir à tona, como está vida do médium João de Deus Brasil Quem era a médium Isabel Salomão, espírita que morreu aos 100 anos Esportes Filha de Maradona contratou médium para ter contato com pai Mundo Milei clonou seu cão Conan, com o qual se comunica com ajuda de médium Exoma revela variantes genéticas exclusivas em médiuns A investigação foi feita no exoma porque essa é a região do DNA responsável por codificar proteínas. Também é mais fácil atribuir uma relação de causa e consequência direta analisando a área, já que nas regiões mais profundas um mesmo gene pode estar relacionado a diversas funções. Os cientistas encontraram 15.669 variantes genéticas que estavam presentes exclusivamente nos médiuns, afetando 7.269 genes dos cerca de 20 mil do sequenciamento completo. Desses, 33 mostraram mutações em pelo menos um terço dos médiuns, mas não foram observadas em seus parentes. 2 imagens Fechar modal. 1 de 2 Médiuns que participaram da pesquisa trabalham se comunicando com espíritos Getty Images 2 de 2 Especialistas acreditam que alterações na glândula pineal de médiuns justifiquem suas capacidades Getty Images Sistema imune tem a ver com a mediunidade? Entre coincidências, porém, a maioria dos médiuns mostrou mudanças em genes relacionados a proteínas do sistema imunológico e de respostas inflamatórias. A que teve mais coincidências foi a proteína ZAP-70, alterada em 43% dos voluntários médiuns. A ZAP-70 é normalmente expressa em linfócitos T e células NK, as primeiras linhas de defesa do organismo. Entretanto, para os pesquisadores, as alterações no sistema imune podem explicar as experiências espirituais. “A expressão genética inclui um conjunto de genes relevante para a função da glândula pineal, o que é intrigante considerando a hipótese de longa data de que essa glândula serve como epicentro para experiências espirituais”, escrevem os pesquisadores no estudo. Para a ciência, a glândula pineal é conhecida pela produção de hormônios, especialmente a melatonina, que estimula o sono. Nenhum dos genes, porém, indicam que os médiuns que participaram do estudo possam ter transtornos mentais ou físicos. Futuro do estudo Os pesquisadores acreditam que as alterações genéticas encontradas podem ajudar a desvendar o que permite a experiência mediúnica. Embora ainda não seja possível afirmar com certeza que esses genes causam a mediunidade, os dados coletados são considerados um ponto de partida importante para o aprofundamento das investigações científicas. A descoberta de que genes específicos estão relacionados a experiências mediúnicas pode ser um passo importante para o desenvolvimento de futuras pesquisas neurocientíficas. O estudo brasileiro é pioneiro ao oferecer um olhar detalhado sobre o exoma dos médiuns. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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