Uma pesquisa divulgada em 15 de maio na revista Toxicological Sciences revelou que, pela primeira vez, micropartículas de plástico foram encontradas nos testículos humanos.
Nos últimos anos, tornaram-se frequentes trabalhos que documentam a presença do material no organismo humano e um deles chegou a apontar que a quantidade semanal de plástico que absorvemos é suficiente para fazer um cartão de crédito.
A nova investigação, feita por pesquisadores da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, analisou tecidos de testículos de cães e de humanos. Os microplásticos foram encontrados em todas as amostras, com uma abundância quase três vezes superior nos homens. Em média, foram encontrados 329,44 microgramas de plástico por grama de tecido testicular humano.
A contagem de espermatozoides para os humanos não foi feita, uma vez que as amostras eram de cadáveres. No entanto, os pesquisadores fizeram análises no espermograma de cães e descobriram que, quanto maior os níveis acumulados, menor era a quantidade de células reprodutivas nos animais.
“O plástico encontrado faz diferença nos impactos no organismo. O PVC, usado em muitos utensílios domésticos, por exemplo, pode liberar produtos químicos que interferem na espermatogênese e desregulam a função hormonal dos testículos”, apontou o médico Xiaozhong Yu, líder do estudo, em entrevista ao site da universidade.
Ele aconselha que as pessoas evitem ao máximo a exposição ao plástico, especialmente quando aquecido. Também sugere que os governos criem mecanismos de controle para impedir a propagação dos plásticos mais tóxicos.

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