Na jornada da vida, a Saudelogia é o guia que transforma conhecimento em vitalidade e inspiração em bem-estar.
Saudelogia»Notícias»Molécula descoberta por brasileiros tem potencial contra Alzheimer
Molécula descoberta por brasileiros tem potencial contra Alzheimer
Conforme a população envelhece, o Alzheimer se torna um problema cada vez mais comum, consolidand0 seu posto como um dos principais desafios da medicina. Um estudo de neurologistas brasileiros mostra um novo caminho para o desenvolvimento de tratamentos.
De acordo com pesquisa publicada no British Journal of Pharmacology, na quinta-feira (27/6), a molécula LASSBio-1911, que já tinha efeitos comprovados contra tumores, também pode impedir o acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro.
Leia também
Saúde
Remédio que reduz progresso do Alzheimer é aprovado nos EUA
Saúde
IA consegue identificar sinais precoces de Alzheimer na fala
Saúde
Estudo descobre como o sono higieniza o cérebro e afasta o Alzheimer
Saúde
Como funciona medicação promissora para tratamento do Alzheimer
O Alzheimer ocorre quando algumas proteínas que deveriam ser descartadas, especialmente a tau e a beta-amiloide, se acumulam no órgão. Os emaranhados matam os neurônios e levam aos sintomas característicos da doença, como falta de memória para acontecimentos recentes, repetição da mesma pergunta várias vezes e dificuldade para resolver problemas mais complexos.
Estudo brasileiro sobre tratamento do Alzheimer
Os pesquisadores da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ) realizaram os testes em duas etapas. A primeira ocorreu na bancada do laboratório, com neurônios cultivados in vitro. A segunda foi realizada com camundongos, que receberam injeções de toxinas no cérebro para apresentarem sintomas semelhantes aos do Alzheimer. Um dos grupos de roedores recebeu a molécula LASSBio-1911, no outro, foi usado um placebo.
Os cientistas realizaram testes de memória nos camundongos para avaliar se a proteína tinha desempenhado algum efeito. Os animais que receberam a molécula mantiveram níveis saudáveis de memória por muito mais tempo que os que receberam o placebo.
Em entrevista ao Globo, a neurocientista e autora do estudo Flávia Gomes, do Laboratório de Neurobiologia da UFRJ, sugeriu que os remédios para o Alzheimer foquem na saúde dos astrócitos – as as células estreladas que dão sustentação aos neurônios.
“Os passos futuros ainda são muito longos até se pensar num remédio, mas é um resultado animador, vejo essa droga como um substrato para ser melhorado ao longo do tempo. O ponto principal é olharmos agora para os astrócitos como alvos e a sua manipulação passar a ser uma ferramenta para interferir na doença de Alzheimer”, explicou.
8 imagens
1 de 8
Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas
PM Images/ Getty Images
2 de 8
Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Andrew Brookes/ Getty Images
3 de 8
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Westend61/ Getty Images
4 de 8
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
urbazon/ Getty Images
5 de 8
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
OsakaWayne Studios/ Getty Images
6 de 8
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
Kobus Louw/ Getty Images
7 de 8
Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença
Rossella De Berti/ Getty Images
8 de 8
O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida
Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images
Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Pesquisadores da Universidade de Pádua, na Itália, acreditam que as características genéticas que diferenciam o homem moderno (Homo sapiens) dos nossos parentes extintos, como os neandertais e denisovanos, podem ser mais antigas do que se acreditava. Os cientistas apontam que a história da evolução humana é mais complexa e interligada…
A doação de sangue é um procedimento que salva vidas e é bastante simples de fazer. Basta ir a um banco de sangue (em alguns locais é preciso agendar) e não vai demorar muito tempo. Contudo, muitas pessoas ainda têm receio por acreditarem que pode haver algum perigo ao doar…
Uma grande parcela dos brasileiros adora aproveitar o Carnaval, e aproveita essa data festiva para se divertir por dias enquanto dá uma pausa na rotina de trabalho. No entanto, alguns exageros podem trazer a indesejada ressaca ou até alguns problemas na saúde que ninguém quer ter que lidar. Nada melhor…