Mpox: por que doença pode voltar a ser emergência mundial Ouvir 14 de agosto de 2024 A alta de casos de mpox em alguns países do continente africano voltou a ser motivo de preocupação e levou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, a convocar uma reunião com o comitê de emergência da entidade para esta quarta-feira (14/8). “À luz do surto em expansão na África Oriental e Central, e do potencial de maior disseminação internacional dentro e fora da África, convoquei este comitê de emergência sob o Regulamento Sanitário Internacional para me aconselhar sobre se o surto representa uma emergência de saúde pública de interesse internacional”, afirmou Ghebreyesus, na abertura da reunião. Caso os especialistas considerem que a situação atual representa uma emergência de saúde pública de interesse internacional, novas recomendações serão emitidas de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional. Leia também Guilherme Amado Mpox já teve 709 casos no Brasil este ano, e Saúde chama reunião Mundo Variante mais mortal da mpox atinge países africanos Saúde Mpox se espalha na África e OMS volta a cogitar emergência de saúde Saúde Mpox: o que se sabe sobre cepa mais letal e de transmissão sexual A mpox é uma doença causada pelo vírus monkeypox, que pertence ao mesmo grupo de vírus da varíola. Ela é transmitido pelo contato próximo e, na última onda, o contágio foi fortemente associado a relações sexuais. Os primeiros sintomas da doença são febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas. Em seguida, aparecem inchaço nos linfonodos e bolinhas pelo corpo, principalmente no rosto, mãos e pés. A doença evolui para a formação de crostas na pele. Aumento de casos na África Neste ano, a República Democrática do Congo já registrou de 14 mil casos e 524 mortes pela mpox. O país é o atual epicentro da doença, que tem se espalhado para as nações vizinhas. Nessa terça-feira (13/8), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (CDC África) declarou a situação da mpox na região como uma emergência em saúde pública de segurança continental. A maior preocupação é que a epidemia esteja ligada à propagação de uma nova cepa do vírus. A variante que provocou a emergência de saúde mundial em 2022 era diferente da versão que está circulando na República do Congo. Em 15 de abril, cientistas que atuaram no país publicaram uma pesquisa na plataforma medRxiv, que divulga estudos ainda sem revisão de pares, informando que a nova cepa do vírus tem “potencial pandêmico”. Batizada de Clade Ib, a nova variante seria capaz de provocar infecções mais virulentas e mortais, com taxas de letalidade que chegam a 10%. Além disso, modificações na estrutura do vírus, estariam fazendo com que ele escapasse dos testes de diagnóstico tradicionais. 11 imagens Fechar modal. 1 de 11 A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas Jackyenjoyphotography/ Getty Images 2 de 11 Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas koto_feja/ Getty Images 3 de 11 Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família “ortopoxvírus”. A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia Wong Yu Liang/ Getty Images 4 de 11 Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses Jackyenjoyphotography/ Getty Images 5 de 11 Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi Jackyenjoyphotography/ Getty Images 6 de 11 A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose A Mokhtari/ Getty Images 7 de 11 A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas David Talukdar/Getty Images 8 de 11 A vacinação contra a varíola dos macacos é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção bymuratdeniz/ Getty Images 9 de 11 Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem Isai Hernandez / Getty Images 10 de 11 A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas Sebastian Condrea/ Getty Images 11 de 11 O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images Dois anos desde a última emergência global A mpox foi declarada como uma emergência pública mundial em julho de 2022, após o vírus se espalhar rapidamente e provocar uma escalada de casos. Em maio de 2023, após o declínio significativo do número de pessoas infectadas, a OMS anunciou que a doença não representava mais uma emergência global. Mpox no Brasil O Brasil tem uma média de 40 a 50 novos casos de mpox ao mês, segundo dados do Ministério da Saúde. Ao todo, foram registrados 709 casos e 16 mortes pela doença neste ano. O número é considerado pela pasta como “bastante modesto, embora não desprezível”, segundo informou o diretor do Departamento de HIV, Aids, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Draurio Barreira, nesta terça-feira (13/8). Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Idoso com impotência enfia 3 baterias no pênis e perde parte do órgão 15 de fevereiro de 2024 Um idoso procurou uma emergência médica na Austrália com fortes dores no pênis. O paciente, que não foi identificado por razões de privacidade, tinha enfiado três baterias semelhantes às balas tictac na uretra, canal do pênis por onde passa a urina. O idoso sofria com impotência sexual há três anos… Read More
Notícias Covid e Covid longa impactam a vida sexual das mulheres, diz estudo 12 de fevereiro de 2024 A cada dia, novas pesquisas mostram as consequências de longo prazo da infecção pelo coronavírus. Um estudo feito na Universidade de Boston, nos Estados Unidos, mostra que a Covid e a Covid longa podem afetar a vida sexual das mulheres. O trabalho publicado no Journal of Sexual Medicine, em dezembro de… Read More
Notícias Tiktoker descobre distúrbio cerebral após ser alertada por seguidores 11 de abril de 2024 A influenciadora Nicole Lamoureux, 51, compartilha conteúdos sobre gestão empresarial em seu TikTok e foi avisada por seus seguidores de que deveria buscar ajuda médica. Ela acreditava que uma alergia estava fazendo com que seu olho inchasse, mas descobriu que eram os primeiros sinais de um problema em seu cérebro… Read More