Mulheres são mais propensas a lesões nos joelhos. Entenda motivos Ouvir 23 de agosto de 2024 Não é raro ouvir alguém comentar que já sofreu algum trauma ou sente dor nos joelhos. Isso vale para homens e mulheres, pois essas estruturas são alvos frequentes de desconforto e lesões. E não é para menos, afinal, o joelho tem articulações complexas que sustentam o peso do corpo e ainda absorvem os impactos causados por movimentos do dia a dia, como andar e subir escadas, e de exercícios também. Mas, quando se trata das mulheres, esse cuidado precisa ser redobrado, pois elas correm mais risco de lesionar essa parte do corpo. Isso acontece devido à própria anatomia feminina. “A pelve da mulher costuma ser mais larga, os joelhos valgos, ou seja, arqueados para dentro, e seu ângulo Q, formado pelo vetor de tração dos quadríceps, faz uma pressão maior no joelho, o que pode aumentar o estresse sobre essa articulação”, explica o ortopedista Marcos Cortelazo, especialista em joelho e trauma esportivo do Hospital Israelita Albert Einstein e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e da Sociedade Internacional de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Medicina do Esporte (ISAKOS). Leia também Saúde 5 exercícios para fortalecer o core que você precisa incluir no treino Saúde Andar de bicicleta protege os joelhos contra artrose, aponta médico Saúde Por que os joelhos doem mais no frio? Saiba como evitar o desconforto Saúde Teste de flexibilidade prevê expectativa de vida. Veja como fazer E tem mais. “As mulheres em geral têm menos força muscular e menor estabilidade articular, o que aumenta a tendência a torções e consequentes lesões articulares”, acrescenta o ortopedista e traumatologista Moisés Cohen, também do Einstein. Segundo ele, outro detalhe é que as patelas femininas tendem a ser localizadas mais lateralmente. “Isso eleva o risco de apresentarem condromalácia, uma lesão na cartilagem que reveste essa parte do joelho”, observa Cohen, que também é professor titular do departamento de Ortopedia, Traumatologia e Medicina Esportiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Outros fatores As flutuações hormonais durante o ciclo menstrual também têm impacto significativo sobre os joelhos. “As articulações, assim como as cartilagens que as protegem, possuem receptores de estrogênio, hormônio que contribui para a manutenção da saúde dessas estruturas”, conta Cortelazo. “Quando os níveis de estrogênio sofrem alterações durante o ciclo menstrual, elas se tornam mais frágeis, fazendo com que possa ocorrer uma maior frouxidão dos ligamentos, o que favorece a ocorrência de lesões, como as do ligamento cruzado anterior.” E esse mecanismo desencadeia consequências também na menopausa. Conforme a produção hormonal é alterada nessa fase da vida e os níveis de estrogênio diminuem, as articulações ficam mais inflamadas, o que causa dor em regiões como mãos, ombros e joelhos, favorecendo o surgimento de artrite e artrose, por exemplo. “Nesse período, também acontece perda de ossos e músculos, desencadeando fraqueza muscular e óssea, o que também predispõe a lesões”, acrescenta Cohen. Cortelazo ainda chama a atenção para o uso constante de salto alto, outra questão que pode prejudicar os joelhos. Ao usar esses sapatos, a pessoa distribui o peso do corpo e caminha de forma diferente, concentrando a pressão nessa articulação. Ele explica que isso acaba exigindo mais dos joelhos e favorece o desgaste, principalmente, da cartilagem da patela. Como resultado, aumenta a predisposição a condições como condromalácia patelar e artrose. Exercícios ajudam a minimizar problemas O fortalecimento muscular é um dos principais aliados dos joelhos das mulheres, já que os músculos ajudam a proteger, estabilizar e dão suporte à articulação. “Exercícios de propriocepção que envolvem movimentos inesperados, em zigue-zague e em terrenos irregulares, por exemplo, também são bem-vindos, pois treinam a agilidade e ajudam a dar mais segurança e equilíbrio à movimentação dos joelhos, prevenindo quedas e lesões”, acrescenta Cohen. Fazer alongamentos, evitar sobrecarga excessiva nos treinos, controlar o peso, realizar os movimentos com técnicas adequadas e devidamente adaptadas ao corpo feminino, também são práticas muito importantes. “E, se houver qualquer sinal de dor, inchaço ou dificuldade para movimentar o joelho, é essencial procurar um ortopedista para que ele faça o diagnóstico correto e indique o tratamento adequado”, alerta Cortelazo. (Fonte: Agência Einstein) Notícias
Notícias Tirar selfies pode ser questão de saúde pública, dizem pesquisadores 28 de novembro de 2023 As selfies fazem parte da vida contemporânea: que atire a primeira pedra quem nunca virou a câmera do celular e tirou uma foto de si mesmo. Porém, a busca por curtidas pode tornar uma ação simples em algo perigoso Estima-se que, entre 2008 e 2021, 379 pessoas morreram na tentativa… Read More
Vacina oral da pólio será substituída por injetável até novembro 20 de setembro de 2024 O Ministério da Saúde anunciou, nessa quinta-feira (19/9), que a vacina oral poliomielite (VOP, na sigla em inglês) deixará de ser aplicada até 4 de novembro deste ano. Ela será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP, na sigla em inglês), injetável. A decisão de aposentar a gotinha foi anunciada em… Read More
Notícias Treino full body promete queimar até mil calorias por hora. Entenda 12 de março de 2024 Muitas pessoas querem ser ativas mas, pela correria do dia a dia, acabam deixando de praticar atividades físicas por falta de tempo. Por isso, o treino full body vem ganhando espaço nas academias: ele promete trabalhar todos os grupos musculares em uma única sessão de alta intensidade. Pelo dinamismo, o… Read More