Passar muito tempo sentado aumenta risco de Alzheimer, mostra estudo Ouvir 15 de maio de 2025 O Alzheimer afeta milhões de pessoas em todo o mundo, comprometendo a memória, o raciocínio e a autonomia de quem convive com a doença. Um novo estudo aponta que o tempo que adultos mais velhos passam sentados pode estar relacionado à piora da saúde cerebral e ao risco de desenvolver a condição. Segundo os pesquisadores da Universidade de Pittsburgh e do Centro Médico da Universidade Vanderbilt, ambos nos Estados Unidos, pessoas que passam muitas horas do dia sentadas — mesmo aquelas que fazem exercícios regularmente — têm maior probabilidade de apresentar declínio cognitivo e encolhimento em áreas do cérebro envolvidas com a memória e o raciocínio. O estudo foi publicado na última terça-feira (13/5), na revista Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association. O trabalho foi financiado pela Associação de Alzheimer e pelo Instituto Nacional do Envelhecimento dos EUA. Leia também Saúde Estudo consegue prever quando sintomas do Alzheimer genético surgirão Saúde Anvisa aprova medicamento inédito para Alzheimer em estágio inicial Saúde Estudo identifica como o cérebro pode impedir o avanço do Alzheimer Saúde Cientista lista 5 alterações na fala que ajudam a detectar o Alzheimer Mais tempo parado, mais risco cerebral A pesquisa acompanhou 404 adultos com 50 anos ou mais, todos participantes do Projeto Vanderbilt de Memória e Envelhecimento. Cada um deles usou, por sete dias, um dispositivo no pulso que mediu continuamente o nível de atividade física. Com esses dados, os cientistas puderam avaliar com precisão o tempo que cada pessoa passou em comportamento sedentário, isto é, sentada ou deitada, em repouso. Ao longo de sete anos, os pesquisadores compararam essas informações com exames de ressonância magnética do cérebro e testes de cognição realizados periodicamente. Os resultados revelaram que pessoas que passaram mais tempo em repouso apresentaram maior risco de alterações cerebrais associadas à doença de Alzheimer. Essas mudanças ocorreram mesmo entre aquelas que praticavam exercícios físicos regularmente. “Reduzir o risco de Alzheimer não se resume a fazer exercícios uma vez por dia. Mesmo quem se exercita deve evitar passar longos períodos sentado”, afirmou Marissa Gogniat, professora de neurologia na Universidade de Pittsburgh e principal autora do estudo, em comunicado. 8 imagens Fechar modal. 1 de 8 Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas PM Images/ Getty Images 2 de 8 Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista Andrew Brookes/ Getty Images 3 de 8 Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce Westend61/ Getty Images 4 de 8 Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano urbazon/ Getty Images 5 de 8 Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença OsakaWayne Studios/ Getty Images 6 de 8 Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns Kobus Louw/ Getty Images 7 de 8 Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença Rossella De Berti/ Getty Images 8 de 8 O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images Maior impacto para quem já tem risco genético As associações entre sedentarismo e neurodegeneração foram ainda mais fortes entre os participantes que carregavam o alelo APOE-e4, uma variação genética já conhecida por aumentar o risco de Alzheimer. Ou seja, permanecer muito tempo sentado pode ser especialmente prejudicial para quem já tem predisposição genética à doença. “Nosso estudo mostrou que reduzir o tempo sentado pode ser uma estratégia promissora para prevenir a neurodegeneração e o subsequente declínio cognitivo. É fundamental para a saúde cerebral fazer pausas ao longo do dia e se movimentar para aumentar nosso tempo ativo”, escreveram os autores. A professora de neurologia Angela Jefferson, coautora do artigo, reforçou a importância de olhar para os hábitos cotidianos. “É fundamental estudar as escolhas de estilo de vida e o impacto que elas têm na saúde cerebral à medida que envelhecemos”, destacou. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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