Praticar tai chi pode retardar sintomas do Parkinson, diz estudo Ouvir 31 de outubro de 2023 Praticar tai chi duas vezes por semana pode ajudar a atrasar o aparecimento e a progressão dos sintomas do Parkinson, afirmam pesquisadores da Universidade Jiao Tong de Xangai, na China. A nova evidência sobre os benefícios da atividade física foi publicada nesta segunda-feira (30/10), no BMJ Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry. Este é o primeiro estudo a demonstrar os efeitos a longo prazo do treino de tai chi, com média de 4,3 anos de observação. “O thai chi é um exercício físico seguro. Observamos que o treinamento a longo prazo pode manter o efeito benéfico na doença de Parkinson, enquanto estudos anteriores observaram apenas uma melhora temporária nos sintomas motores. Mostramos que o exercício e outros tratamentos de reabilitação podem alcançar alguma forma de neuroproteção e serão um complemento importante aos tratamentos medicamentosos”, afirmam os autores no trabalho no texto que relata os resultados. via GIPHY O tai chi é uma arte marcial milenar chinesa, praticada com movimentos lentos e em silêncio. Estudos anteriores já traziam evidências de que esse tipo de treinamento contribui com o equilíbrio físico e mental dos praticantes. O Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. Os sintomas motores são os mais expressivos. Eles incluem tremores, rigidez muscular e dificuldades de coordenação e equilíbrio. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (2) Parkinson é uma doença neurológica caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images *****Foto-mao-tremendo.jpg Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular Elizabeth Fernandez/ Getty Images *****Foto-enfermeira-ajudando-mulher-a-levantar-de-poltrona.jpg Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura izusek/ Getty Images *****Foto-idoso-sentado-comendo.jpg Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono SimpleImages/ Getty Images *****Foto-mulher-ruiva-sentada-em-uma-cadeira-de-rodas.jpg Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos Ilya Ginzburg / EyeEm/ Getty Images *****Foto-maos-sobre-as-outras.jpg Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida Visoot Uthairam/ Getty Images *****Foto-pessoa-fazendo-tomografia.jpg O diagnóstico é médico e exige uma série de exames, tais como: tomografia cerebral e ressonância magnética. Para pacientes sem sintomas, recomenda-se a realização de tomografia computadorizada para verificar a quantidade de dopamina no cérebro JohnnyGreig/ Getty Images *****Foto-pessoas-olhando-o-raio-x-de-um-cranio.jpg O Parkinson não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a progressão dos sintomas e ajudar na qualidade de vida. Além de remédio, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, há possibilidade de cirurgia no cérebro Andriy Onufriyenko/ Getty Images Voltar Progredir 0 Efeitos do tai chi no tratamento do Parkinson No novo estudo, os pesquisadores examinaram a evolução da saúde de 330 pessoas diagnosticadas com Parkinson. Destas, 143 praticavam tai chi duas vezes por semana durante uma hora e 187 – o grupo controle – não praticavam. Todos os participantes foram avaliados em janeiro de 2016, em novembro de 2019, outubro de 2020 e junho de 2021. Ao medir a progressão dos sintomas, o movimento e o equilíbrio dos participantes, os pesquisadores constaram que a doença evoluiu mais lentamente entre as pessoas que praticam tai chi. Os indivíduos fisicamente ativos também tiveram menos quedas, menos episódios de dores nas costas e tonturas, bem como apresentaram menos problemas de memória e de concentração. Os indicadores também mostraram melhor qualidade do sono. “O tai chi poderia melhorar os sintomas motores e não motores de forma eficaz e segura, o que indica que o treinamento combinado com a terapia medicamentosa poderia trazer melhorias mais abrangentes e, portanto, poderia atrasar a demanda por aumento da terapia medicamentosa”, defendem os pesquisadores. Os cientistas reconhecem que o estudo tem limitações, como o número reduzido de participantes. Estudos com grupos maiores e de longo prazo são necessários. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Massa muscular: aprenda como fazer mingau proteico de aveia e whey 17 de novembro de 2023 O whey protein é um suplemento alimentar rico em proteínas que, quando combinado com uma rotina de treinos e alimentação balanceada, acelera o processo de hipertrofia muscular. Outra vantagem do produto é o sabor versátil, que combina com muitas receitas. Uma das alternativas para encaixar o whey protein na alimentação… Read More
Notícias Febre oropouche: quem está no grupo de risco da nova doença? 9 de agosto de 2024 O alerta da comunidade científica em torno da febre oropouche segue em escalada após as primeiras mortes pela doença no mundo terem sido registradas no Brasil. Apenas nos seis primeiros meses deste ano, já foram anotados 7,5 mil casos da doença, número sete vezes maior do que o total de… Read More
Notícias Estudo compara orgasmos por gênero e idade. Veja quem está satisfeito 12 de agosto de 2024 Um estudo americano descobriu que a diferença entre a quantidade de orgasmos por relação é influenciada pela idade, gênero e orientação sexual da pessoa. A pesquisa apontou disparidades quando o assunto é a satisfação na cama entre diversos grupos: homens e mulheres; pessoas heterossexuais e LGB (não houve diferenciação de pessoas… Read More