Saiba por que a Anvisa decidiu proibir suplementos de ora-pro-nóbis Ouvir 4 de abril de 2025 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, nessa quinta-feira (3/4), a produção, a comercialização e o uso de cápsulas de ora-pro-nóbis. Embora o consumo da planta in natura siga liberado, a agência alega faltar comprovação científica de que ela possa ser um suplemento. Segundo a Anvisa, um ingrediente específico só pode ser autorizado como suplemento alimentar se as empresas interessadas em comercializar o produto comprovarem que ele é fonte de algum nutriente ou substância de relevância para o corpo humano. Leia também São Paulo Suplemento falso de ora-pro-nóbis entra na mira da polícia em SP São Paulo Ora-pro-nóbis no sorvete? Cartilha da USP mostra usos para a planta Distrito Federal Anvisa proíbe suplementos alimentares com ora-pro-nóbis. Saiba motivo Saúde Após Anvisa proibir ora-pro-nóbis, saiba escolher suplementos seguros O whey, por exemplo, possui uma alta carga de proteína e, por isso, pode ser vendido como suplemento. A ora-pro-nóbis, por outro lado, tem uma diversidade nutricional, mas nenhum de seus componentes parece ter a capacidade individual de melhorar a dieta a ponto de repor as potenciais deficiências nutricionais do usuário. Ora-pro-nóbis não é medicamento Os suplementos devem passar por avaliações de segurança e eficácia específicas que comprovem que seu processamento e conservação são adequados. A Anvisa ressaltou, em sua decisão, que a medida foi tomada também pela forma como o suplemento da planta foi associado em propagandas à capacidade de curar doenças, o que é proibido. “Suplementos alimentares não são medicamentos e, por isso, não podem alegar efeitos terapêuticos como tratamento, prevenção ou cura de doenças. Os suplementos são destinados a pessoas saudáveis. Sua finalidade é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação”, pontua a Anvisa. A nutróloga Barbara Liz, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), de São Paulo, complementa: “A ora-pro-nóbis não cura doenças. Seus nutrientes podem trazer benefícios ao corpo, mas não de forma isolada, ou seja, não adianta tomar duas cápsulas por dia, ter uma alimentação desequilibrada e ser uma pessoa sedentária”, diz ela. Barbara complementa que, mesmo do ponto de vista nutricional, as cápsulas são uma opção ruim para consumir a planta em comparação a usos dos alimentos frescos. Elas têm quantidades muito pequenas de folhas trituradas (450 mg, na maioria das vezes), o que não fornece ao corpo todos os compostos bioativos da planta. 6 imagens Fechar modal. 1 de 6 As folhas de ora-pro-nóbis são ricas em proteínas e fibras, podendo ser consumidas frescas ou secas Reprodução/Neapro-Rio 2 de 6 Planta cresce de forma semelhante a uma samambaia, em estilo trepadeira Reprodução/IF Campus Uruçuca (BA) 3 de 6 Planta adulta tem crescimento de agrupamento de espinhos Reprodução/Neapro-Rio 4 de 6 Os frutos da planta também podem ser consumidos Reprodução/Neapro-Rio 5 de 6 Sementes da planta são duras e escuras Reprodução/IF Campus Uruçuca (BA) 6 de 6 Flores são abundantes e possuem cheiro adocicado. São muito usadas para fazer mel Reprodução/Neapro-Rio Os benefícios do uso da planta A medida não afeta o consumo ou comercialização da planta fresca, comum em pratos típicos de Minas Gerais e Goiás. A ora-pro-nóbis é rica em proteínas vegetais e possui uma variedade de vitaminas e minerais, mas não deve ser tratada como solução isolada. Nutricionistas destacam que preparações como saladas, sucos ou refogados garantem melhor aproveitamento dos nutrientes. “A planta in natura tem mais fibras, auxiliando no intestino e na saúde geral”, afirma a nutricionista Beatriz Fausto, em entrevista anterior ao Metrópoles. Chás também são opções, mas menos eficazes por não utilizarem as folhas integralmente. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e no Canal do Whatsapp e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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