Sarcopenia: será mesmo uma doença exclusiva de idosos? Ouvir 22 de julho de 2025 Quando pensamos em perda de massa muscular e força, logo associamos essa condição ao envelhecimento. No entanto, a sarcopenia, apesar de mais prevalente em pessoas idosas, não é uma exclusividade dessa fase da vida. Isso porque o estilo de vida moderno, marcado por longos períodos de sedentarismo, alimentação inadequada e estresse, tem antecipado o surgimento desse problema em adultos jovens. O que é sarcopenia? A sarcopenia é mais do que a simples perda de força com o passar dos anos. Trata-se de uma condição que pode comprometer a mobilidade, o equilíbrio, a qualidade de vida e até a autonomia da pessoa. Embora seja mais comum a partir dos 60 anos, casos em faixas etárias mais jovens têm chamado a atenção de profissionais da saúde. Isso se deve ao fato de que, sem o devido cuidado, a musculatura começa a se degradar silenciosamente, e os sinais muitas vezes só aparecem quando já houve perda significativa. Um ponto importante é que o risco de sarcopenia pode aumentar mesmo em pessoas com peso corporal dentro da faixa considerada normal. Afinal, isso acontece porque a perda de massa magra nem sempre está associada à perda de peso, e sim à composição corporal. Ou seja, uma pessoa pode manter o peso estável, mas estar perdendo músculo e acumulando gordura, o que torna o quadro ainda mais silencioso. Alimentação e sarcopenia A alimentação tem papel central tanto na prevenção quanto no controle da sarcopenia. Por isso, um dos principais pontos de atenção é o consumo adequado de proteínas, pois esse nutriente é fundamental para a construção e manutenção da musculatura. Além disso, a qualidade das proteínas também importa. Elas precisam ser completas, com todos os aminoácidos essenciais, como as de origem animal (ovos, carnes, peixes, laticínios), que são altamente biodisponíveis e contribuem diretamente para a saúde muscular. Já entre as fontes vegetais, leguminosas como feijão, lentilha, grão-de-bico, soja e seus derivados podem oferecer bons resultados, principalmente quando combinadas entre si para melhorar o perfil de aminoácidos. Outros nutrientes também merecem destaque. A vitamina D, por exemplo, atua na função muscular e na absorção de cálcio, sendo importante para força e contração muscular. O magnésio participa de diversas reações bioquímicas relacionadas à produção de energia e ao relaxamento muscular. Além disso, os antioxidantes, como a vitamina C, E e os compostos fenólicos de frutas, vegetais e chás, ajudam a combater o estresse oxidativo, que também está envolvido no desgaste muscular. É válido lembrar que cada fase da vida tem suas necessidades específicas. No caso dos adultos jovens, a alimentação deve sustentar o crescimento e a manutenção da massa magra, enquanto nos idosos o foco está na preservação da musculatura e na prevenção da perda funcional. Em ambos os casos, priorizar refeições equilibradas, com fontes de proteínas em todas as refeições, é uma estratégia eficaz e acessível para cuidar da saúde muscular a longo prazo. Além disso, para quem segue uma dieta restritiva ou tem dificuldade em atingir as recomendações nutricionais apenas com os alimentos do dia a dia, suplementos alimentares podem ser indicados por profissionais, como nutricionistas ou médicos. Suplementos de proteína (como whey protein ou proteínas vegetais) e multinutrientes com foco em saúde muscular podem auxiliar no aporte adequado e facilitar a rotina alimentar, principalmente em fases de maior desgaste físico ou baixa ingestão calórica. Embora o foco esteja na alimentação, não se pode deixar de mencionar o papel da atividade física na prevenção da sarcopenia. Exercícios de força, como a musculação, são especialmente importantes porque estimulam a síntese de proteína muscular e ajudam a preservar o tônus ao longo do tempo. Caminhadas, alongamentos, pilates e atividades funcionais também são bem-vindas para manter o corpo em movimento e contribuir com a saúde geral. Cuidar dos músculos é um gesto de autocuidado Mais do que uma questão estética ou relacionada à prática esportiva, manter a musculatura saudável é essencial para a qualidade de vida, mobilidade, equilíbrio e prevenção de doenças. E esse cuidado deve começar cedo. O músculo é um órgão ativo, que influencia não só nossa força física, mas também o metabolismo, o sistema imunológico e o bem-estar geral. Portanto, ao pensar em saúde muscular, não espere os sinais de fraqueza aparecerem. Adotar um estilo de vida ativo e investir em uma alimentação balanceada é uma forma inteligente e eficaz de preservar sua vitalidade, hoje e no futuro. Fonte: Valquíria Silva – Nutricionista da Rede Mundo Verde. Referências bibliográficas:https://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Revista&id=906https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4112511/https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2022/04/1649787227_Manual_de_Recomendaes_para_Diagnstico_e_Tratamento_da_Sarcopenia_no_Brasil-1.pdf The post Sarcopenia: será mesmo uma doença exclusiva de idosos? appeared first on Blog Mundo Verde. Nutrição
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