SP: quais são os riscos de usar furadeiras caseiras em cirurgias Ouvir 6 de fevereiro de 2025 O uso de furadeiras domésticas em centros cirúrgicos é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2008. Entretanto, uma denúncia de funcionários do Hospital Nossa Senhora do Pari, em São Paulo, expôs que a prática irregular foi realizada rotineiramente na instituição. No hospital, referência local em ortopedia e traumatologia, furadeiras são usadas para instalar pinos e placas nos ossos, como mostram as imagens as quais o Metrópoles teve acesso. Especialistas apontam que o uso de equipamentos inadequados coloca pacientes em risco de contaminação e de erro médico, uma vez que oferecem menor precisão. Leia também São Paulo Vídeos denunciam uso de furadeiras caseiras para cirurgias em hospital Brasil Lula critica gestão hospitalar: “Não pode permitir que político mande” Brasil Homem é preso suspeito de estuprar filha internada dentro de hospital Distrito Federal Hospitalizada, brasiliense encontrada em Portugal está “muito abalada” Risco aumentado Segundo as normas da Anvisa, as furadeiras comuns não possuem registro adequado e têm menos controles de rotação e temperatura, o que compromete o uso. De acordo com Paulo Henrique Fraccaro, CEO da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABIMO), o uso de produtos inadequados pode causar danos irreparáveis. “A segurança do paciente deve ser sempre a prioridade. Escolher equipamentos baseados apenas no custo coloca a saúde das pessoas em risco. É fundamental que os hospitais sigam as normativas vigentes para garantir um atendimento seguro e eficiente”, afirma. Diferenças entre furadeira doméstica e cirúrgica Segundo Fraccaro, esses equipamentos não garantem precisão ou segurança. “Elas têm vibração excessiva, imprecisão durante o furo, podem soltar óleo do sistema interno de lubrificação e têm processo de esterilização arriscado”, explica. O uso indevido de furadeiras caseiras em procedimentos médicos pode acarretar em descargas elétricas e falta de controle na rotação da broca e levar a consequências graves, como necrose dos tecidos. As furadeiras cirúrgicas, ao contrário das domésticas, são projetadas para serem vedadas e facilmente esterilizadas. Elas possuem mecanismos de segurança, como controle de rotação e prevenção de superaquecimento, o que permite melhor precisão e segurança no uso durante os procedimentos. Fiscalização O Hospital Nossa Senhora do Pari será investigado após a divulgação das imagens. Os vídeos também revelam infiltrações no teto e nas paredes do local. Procurado, o hospital afirmou que está “discutindo o assunto com o departamento jurídico” e que se manifestará publicamente em breve. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) realizou uma inspeção no Hospital Nossa Senhora do Pari para apurar as denúncias. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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