The Lancet: mortes por calor podem quadruplicar até meados do século Ouvir 15 de novembro de 2023 A crise climática pode ter efeitos devastadores na saúde e na sobrevivência de milhões de pessoas ao redor do mundo, alerta relatório publicado na terça-feira (13/11), na revista The Lancet. Especialistas no assunto estimam que as mortes ocasionadas pelo calor aumentarão 4,7 vezes nos próximos trinta anos se a temperatura continuar crescendo. De acordo com o relatório, ondas de calor mais frequentes farão com que 525 milhões de pessoas sofram de insegurança alimentar entre 2041 e 2060, aumentando o risco global de desnutrição. “O mundo está avançando na direção errada”, afirmam os autores na publicação. O 8º relatório anual da Lancet Countdown sobre saúde e alterações climáticas foi produzido por 100 especialistas de 52 instituições internacionais de pesquisa e agências das Nações Unidas (ONU), como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O documento afirma que as autoridades deram pouca atenção aos alertas anteriores sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde e a situação segue se agravando. Riscos reais Em 2022, os indivíduos estiveram expostos a uma média de 86 dias de altas temperaturas potencialmente perigosas para a saúde. Desses, 60% ocorreram devido às alterações climáticas causadas pelo homem. As doenças e as mortes relacionadas ao calor estão aumentando à medida que as temperaturas globais crescem Saúde dos idosos As pessoas com mais de 65 anos são as mais vulneráveis às mudanças climáticas. Entre os idosos, as mortes atribuídas ao aumento de temperaturas cresceram 47% na última década em comparação as registradas entre 1991 e 2000. Os investigadores também concluíram que a exposição ao calor pode ter levado à perda de 490 bilhões de horas de trabalho em 2022, aproximadamente 42% a mais em relação ao período de 1991 a 2000. Crescimento de doenças Além disso, com a elevação da temperatura dos mares, aumentaram as áreas propícias para a proliferação de bactérias perigosas ao longo da costa. Os pesquisadores dão como exemplo a bactéria Vibrio, que causa doenças e morte em seres humanos todos os anos desde 1982. “As projeções de um mundo 2°C mais quente revelam um futuro perigoso e são um lembrete sombrio de que o ritmo e a escala dos esforços de mitigação observados até agora têm sido lamentavelmente inadequados para salvaguardar a saúde e a segurança das pessoas”, afirma a diretora executiva da Lancet Countdown na University College London (UCL), Marina Romanello. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Pesquisa questiona os famosos benefícios da taça de vinho diária 25 de julho de 2024 Uma pesquisa recente publicada no Journal of Studies on Alcohol and Drugs questiona a famosa máxima de que uma taça de vinho por dia é o segredo para uma vida longa e saudável. O cientista Tim Stockwell, da Universidade de Victoria, no Canadá, e seu grupo vêm tentando desfazer essa… Read More
Quantidade de calorias exigidas pelo corpo muda com a idade. Entenda 13 de outubro de 2023 O corpo humano queima calorias a todo o tempo, já que precisamos de energia para fazer mesmo as coisas mais simples, como respirar. A quantidade de combustível necessária, porém, se altera com a idade: enquanto jovens precisam de mais calorias, conforme o organismo envelhece, o tanque passa a funcionar com… Read More
Ozempic: qual a chance de Eduardo Paes distribuir medicação? 2 de outubro de 2024 Em entrevista para um blog de humor publicado pelo jornal Extra, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que pretende incorporar um genérico do Ozempic na rede pública do Rio de Janeiro. “Rio vai ser uma cidade que não vai ter mais gordinho, todo mundo vai tomar Ozempic nas clínicas… Read More