Você sabe por que o seu xixi é amarelo? Ciência explica a cor da urina Ouvir 3 de janeiro de 2024 A coloração da urina é estudada pela medicina há séculos e se sabe que tonalidades específicas, muito escuras ou distantes do tom amarelo claro, podem indicar o funcionamento ruim do organismo. Entretanto, a ciência só descobriu agora exatamente o que torna a urina amarela. Um estudo publicado na revista Nature nesta quarta-feira (3/1) identificou a enzima microbiana responsável por dar à urina sua tonalidade amarela: a bilirrubina reversa. A pesquisa foi feita por químicos, biólogos e médicos da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Leia também Saúde Bebê nasce sem ânus e mãe percebe ao ver a urina dele ficar verde Saúde Entenda o que é a doença da urina preta, com boom de casos no AM Saúde Tem incontinência urinária? Veja alimentos que você deve evitar Saúde Infecção urinária: saiba sintomas, causas e como evitar “É curioso que um fenômeno biológico cotidiano tenha permanecido inexplicado durante tanto tempo”, comentou, em comunicado à imprensa, o biólogo celular e geneticista Brantley Hall, principal autor do estudo. Veja vídeo no Instagram do Metrópoles Saúde que mostra o que as diferentes cores da urina revelam sobre a saúde do organismo. Do sangue à urina. Como funciona o processo? A bilirrubina já era bem conhecida da ciência. A substância de cor laranja e é produzida pela morte dos glóbulos vermelhos, as células que transportam oxigênio em nosso sangue. A enzima é descartada pelo organismo mas, se for reabsorvida em excesso, pode levar à icterícia, doença que causa intoxicação do organismo e é conhecida por deixar os olhos amarelos. A icterícia aparece com a mudança de tonalidade dos olhos e da pele, se tornando mais amarelados Uma parte da bilirrubina, entretanto, é sempre absorvida pelo organismo, a chamada bilirrubina redutase. Os pesquisadores descobriram que alguns micróbios intestinais podem codificar essa enzima e quebrá-la, gerando um subproduto menos tóxico, a urobilina, que é responsável pela cor amarela na urina. Embora a urobilina já tivesse sido identificada anteriormente, não se sabia como ela era gerada ou a sua associação com a bilirrubina redutase. Para os pesquisadores, o entendimento de todo esse processo poderá ajudar pesquisas de saúde futuras. “Agora que identificamos o processo de formação da enzima, podemos começar a investigar como as bactérias em nosso intestino afetam os níveis de bilirrubina e problemas de saúde relacionados, como icterícia”, defendeu Hall. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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