Sinal nas pernas pode revelar maior risco de infarto. Saiba qual é Ouvir 28 de novembro de 2024 Para algumas pessoas, pode até parecer vantajoso ter a pele das pernas mais brilhante e sem pelos. Mas se estes sinais começaram a aparecer sem nenhum reforço na hidratação ou mudanças de hábitos, pode ser um sinal sutil de uma doença que aumenta exponencialmente o risco de infarto. As mudanças nas pernas são um sinal clássico da aterosclerose. A doença causa endurecimento e entupimento das artérias, limitando a distribuição de sangue pelo corpo e aumentando o risco de doenças isquêmicas graves. Além do infarto, a gangrena dos membros e a isquemia cerebral, um tipo de AVC, têm ligação direta com a arterosclerose. Leia também Saúde Aterosclerose: confira os sintomas de doença que causa infartos e AVCs Saúde Suco de beterraba melhora a saúde do coração e a circulação nas pernas Saúde Nizam sofreu infarto aos 28 anos em visita ao dentista. Veja sintomas Saúde Sinais de infarto: os primeiros sintomas de um ataque cardíaco A doença é silenciosa e não costuma causar sintomas a não ser em casos graves, quando já há um comprometimento alto das artérias, limitando seu calibre em mais de 75%. Quando eles aparecem, porém, é comum que os membros inferiores, por serem mais afastados do coração e dependerem de um bombeamento cardíaco mais intenso, sejam os primeiros afetados. “Quando a aterosclerose atinge as artérias ilíacas ou femorais, localizadas nos membros inferiores, pode ocorrer queda de pelos, atrofia muscular e até dificuldade de ereção em homens”, explica o cirurgião cardiovascular Elcio Pires Junior, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV). 12 imagens Fechar modal. 1 de 12 De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas Peter Dazeley/ Getty Images 2 de 12 Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles bymuratdeniz/ Getty Images 3 de 12 Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images 4 de 12 Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito katleho Seisa/Getty Images 5 de 12 A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga SolStock/ Getty Images 6 de 12 O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc. KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images 7 de 12 Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc. bymuratdeniz/ Getty Images 8 de 12 A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo manusapon kasosod/ Getty Images 9 de 12 Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada FG Trade/ Getty Images 10 de 12 Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas Peter Dazeley/ Getty Images 11 de 12 Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração Peter Dazeley/ Getty Images 12 de 12 Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente andresr/ Getty Images Outros sintomas da aterosclerose nas pernas Além destes sinais, a condição pode causar afinamento da pele, o que dá uma aparência mais brilhante e frágil aos membros. Também pode ser observada a fadiga constante, fisgadas e cãimbras, principalmente na panturrilha. Unhas dos pés enfraquecidas, coloração esbranquiçada dos membros inferiores e infecções recorrentes nos pés também são sinais importantes. “Nos casos mais avançados, pode ocorrer dor nas pernas mesmo em repouso, redução da temperatura dos membros inferiores, formigamentos e eventual aparecimento de feridas ou gangrena nos pés pela extrema falta de circulação”, completa a cirurgiã vascular Aline Lamaita. Quanto ao tratamento, segundo Aline, é preciso eliminar os comportamentos que causaram a obstrução, já que a aterosclerose está relacionada a fatores de risco tradicionais de saúde, como pressão alta, diabetes descontrolada, colesterol elevado, obesidade e tababismo. Além de tratar essas condições, melhorar a alimentação e sair do sedentarismo também podem ter efeitos benéficos para melhorar a circulação sanguínea. O exercício físico faz parte do tratamento, pois estimula a circulação colateral, porém, deve ser feito com orientação especializada de um profissional de educação física. 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