Treino HIIT de alta intensidade melhora condicionamento pós-AVC Ouvir 25 de dezembro de 2024 A prática de atividades físicas é essencial na reabilitação de pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC) e na redução do risco de sofrer outro evento. O tipo de exercício recomendado depende da extensão da lesão e da sequela sofrida, mas, em geral, recomenda-se fazer aqueles com sessões mais longas e de intensidade moderada. Um estudo recente, publicado na revista científica Stroke, sugere que os treinos aeróbicos mais curtos e intensos — os chamados HIITs, do inglês High-Intensity Interval Training, ou Treino Intervalado de Alta Intensidade — podem melhorar significativamente o condicionamento físico desses indivíduos. Leia também Saúde HIIT ou treino contínuo? Saiba o que é melhor para perder peso rápido Saúde Saiba o que é o treino HIIT e quais são seus benefícios Vida & Estilo HIIT emagrece, mas pode ser feito todos os dias? Tire a dúvida Vida & Estilo Sem tempo? Veja como potencializar a queima de gordura com treino HIIT No treino HIIT, o objetivo é fazer o máximo de exercícios em menos tempo. A modalidade já se consolidou entre atletas e adultos que desejam melhorar os níveis de condicionamento físico. Como o nome sugere, envolve a prática de exercícios de alta intensidade e com tempo curto, intercalados por recuperação de baixa intensidade (como uma caminhada no meio de um treino de corrida). É possível praticar HIIT levantando peso, pedalando, caminhando, entre outras atividades feitas na academia, ao ar livre ou até em casa. Para chegar aos resultados, os autores — vinculados a instituições de pesquisa do Canadá — avaliaram pessoas entre 40 e 80 anos que haviam sofrido um AVC pelo menos seis meses antes da pesquisa. Elas foram divididas em dois grupos: um fez sessões de treinos HIIT de alta intensidade de 60 segundos, alternadas com 60 segundos de exercício mais leve para recuperação; o outro grupo fez os exercícios convencionais de intensidade moderada. A intensidade foi medida com base na chamada frequência cardíaca de reserva, que é a diferença entre a frequência cardíaca máxima e a de repouso. Mas os pesquisadores também se guiaram pela percepção de esforço, ou seja, se um participante sentisse que o exercício estava forte demais, ele poderia diminuir a carga. Ao final da análise, os dois grupos apresentaram melhora na resistência à caminhada após 12 semanas de treino. Mas aqueles que fizeram o HIIT obtiveram o dobro de ganhos no condicionamento físico em comparação aos que treinaram como de costume. Essas alterações foram associadas a um menor risco de hospitalizações relacionadas ao AVC. Oito semanas após o término do estudo, os pesquisadores reavaliaram a aptidão cardiorrespiratória dos participantes, que não foram obrigados a manter a programação de exercícios. Os voluntários do grupo HIIT mantiveram os bons índices de condicionamento, o que não aconteceu entre os que se exercitaram em intensidade moderada. Uma das hipóteses para explicar esse benefício é que o HIIT parece aumentar a produção de proteínas nas mitocôndrias, melhorando a eficiência do sistema cardiovascular. A taxa de oxigênio consumido durante o exercício (uma medida da aptidão cardiorrespiratória) aumentou mais que o dobro em comparação ao grupo de exercícios moderados. Quando o paciente pode fazer um treino HIIT? Ainda não há parâmetros estabelecidos sobre exatamente quando alguém que sofreu um AVC pode fazer o HIIT ou qual a melhor forma de fazê-lo. Por isso, as rotinas dessa modalidade devem ser abordadas com cautela e definidas com ajuda do neurologista e do profissional de saúde que vai cuidar da reabilitação. De acordo com a neurologista Polyana Piza, do Hospital Israelita Albert Einstein, treinamentos que combinam exercícios aeróbicos e resistência podem auxiliar a capacidade funcional, a força muscular e a flexibilidade – fatores que são extremamente importantes na reabilitação da maior parte dos pacientes que sofreram AVC. Mas, no início, a intensidade e a duração devem ser adaptadas às condições específicas de cada pessoa. Antes de definir o melhor treino, é importante identificar qual foi a perda funcional após o AVC, já que isso varia de acordo com a área cerebral acometida. Por exemplo: se o AVC ocorreu na área motora e como sequela houve diminuição de força em um lado do corpo, o indivíduo irá se beneficiar desse treino e vai conseguir segui-lo desde o início. Por outro lado, se a sequela é de coordenação e equilíbrio, as indicações serão outras. “Os pacientes que se encaixam no perfil estudado certamente irão beneficiar-se com uma opção a mais de reabilitação. Adaptar treinos eficientes e que otimizem o dia a dia faz muita diferença porque facilitam a aderência ao tratamento”, comenta Piza. Mas é preciso aguardar mais estudos para saber se esses benefícios se aplicam a outras populações. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Está se sentindo gripado? Causa pode ser alergia ao orgasmo 19 de abril de 2024 Chegar ao ápice deveria ser uma experiência prazerosa para todos, mas para alguns homens este pode ser apenas o início de uma série de sintomas semelhantes aos de uma gripe. São pessoas que sentem alergia ao próprio orgasmo, um quadro conhecido como doença pós-orgásmica ou síndrome pós-orgasmo. Um estudo publicado… Read More
Notícias Dengue grave: quais são os grupos de risco para quadro hemorrágico? 6 de fevereiro de 2024 A dengue grave, também conhecida como hemorrágica, ocorre quando a doença afeta as plaquetas, células do sangue responsáveis pela coagulação, levando a hemorragias internas e externas. O quadro pode ser fatal em pessoas com o sistema imunológico fragilizado. “O quadro se desenvolve quando o sistema imunológico reage exageradamente ao vírus,… Read More
Dia da epilepsia: veja os sintomas e como ajudar alguém em crise 26 de março de 2024 Hoje é comemorado o Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia (26/3), conhecido como Purple Day. A data surgiu com o objetivo de chamar a atenção para a doença que acomete 2% da população no Brasil e afeta em torno de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, de… Read More