Homem morre após contrair raiva transmitida por órgão doado Ouvir 7 de dezembro de 2025 A morte de um homem após receber um rim infectado pelo vírus da raiva reacendeu um alerta médico mundial. A doença, que é quase sempre transmitida por mordidas de animais, pode em raríssimas situações ser passada de humano para humano — e isso acontece principalmente em transplantes de órgãos contaminados. O caso mais recente foi investigado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), que confirmou que o receptor do transplante foi infectado diretamente pelo órgão doado. A raiva é uma infecção viral quase sempre fatal quando os sintomas aparecem. O vírus costuma entrar no corpo pela saliva de animais infectados, como cachorros, morcegos ou guaxinins. Leia também Brasil Cachorro é diagnosticado com raiva em Salvador após 20 anos sem casos Saúde Butantan desenvolverá vacina contra raiva com nova tecnologia de RNA Distrito Federal Cães e gatos: nove regiões do DF oferecem vacinação contra raiva Distrito Federal Secretaria de Saúde do DF confirma dois casos de raiva em morcegos Porém, estudos mostram que, apesar de excepcional, a transmissão por transplante já foi registrada diversas vezes. Uma revisão científica publicada em 2018 contabilizou pelo menos 13 casos confirmados entre 1978 e 2017, todos relacionados a órgãos ou tecidos contaminados. No caso recente, o homem recebeu um rim em dezembro de 2024. O doador havia morrido pouco antes e, na triagem, não havia sinal claro de infecção. Só depois se descobriu que ele tinha sido arranhado por um guaxinim — um detalhe que não foi tratado como risco na avaliação inicial. Segundo o CDC, cerca de 51 dias após o transplante, o receptor começou a apresentar sintomas neurológicos graves e morreu. Exames posteriores identificaram o RNA do vírus da raiva no próprio rim transplantado, confirmando a transmissão. Três outras pessoas também receberam tecidos do mesmo doador — no caso, córneas. Para evitar uma possível infecção, os médicos removeram esses enxertos e administraram a profilaxia pós-exposição, tratamento usado quando alguém pode ter sido exposto ao vírus. Nenhuma dessas pessoas desenvolveu sintomas. O episódio passou a integrar a lista de eventos raros nos Estados Unidos envolvendo raiva transmitida por transplante, o quarto registrado desde 1978. A grande dificuldade é que a raiva é tão incomum em humanos que o vírus não costuma fazer parte da triagem padrão em doadores. Além disso, o período de incubação — o tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas — pode variar de poucos dias a mais de um ano, o que torna ainda mais difícil prever o risco. Por isso, especialistas reforçam que detalhes como exposição recente a animais silvestres, arranhaduras e sinais neurológicos devem ser levados a sério antes de liberar órgãos para transplante. Quando há suspeita de que um receptor possa ter sido exposto ao vírus, a orientação é agir rapidamente: remover tecidos transplantes quando possível, iniciar a profilaxia pós-exposição e ampliar a investigação epidemiológica. A recomendação também vale para serviços de saúde que lidam diretamente com doadores. Perguntas simples durante a triagem — como contato recente com morcegos ou outros animais silvestres — podem ser decisivas para evitar tragédias. O caso recente reforça uma lição essencial: transplantes salvam vidas todos os dias, mas dependem de protocolos rigorosos para garantir segurança. Embora extremamente rara, a transmissão de raiva por órgão doado é real. E, por ser uma doença praticamente 100% fatal após o início dos sintomas, todo cuidado é indispensável. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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