Sinais nas mãos podem indicar colesterol alto. Aprenda a identificar Ouvir 20 de junho de 2024 O colesterol alto é uma doença tão preocupante quanto silenciosa: é apenas em níveis muito preocupantes da condição que os sinais dela começam a aparecer. Um dos principais fatores de risco para complicações como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), o colesterol alto só se manifesta no corpo quando as artérias já estão com a circulação comprometida pelo estreitamento causado pela substância. “Além do risco de AVC e infarto, o estreitamento progressivo das artérias pelo colesterol alto pode levar à dor crônica e à formação de lesões nos pés de difícil cicatrização, o que aumenta até o risco de amputações”, explica o cirurgião vascular Marcus Vinicius Martins Cury, de São Paulo. Por isso, é fundamental saber reconhecer os sinais e buscar atendimento a qualquer suspeita. Leia também Saúde Regula o colesterol e mais: veja por que comer alho todos os dias Saúde Sem polêmica: ovos são seguros até para pessoas com colesterol alto Saúde Cientistas desvendam por que salmão reduz colesterol Saúde Atividade física na adolescência reduz colesterol na idade adulta Sintomas do colesterol alto nas mãos e pés Os sintomas de hipercolesterolemia podem aparecer por todo o corpo, mas costumam atingir primeiro as extremidades. As mãos e pés são as primeiras áreas do corpo a terem a circulação reduzida, por isso podem ficar mais inchados, com a pele fria e pálida. A queda de pelos nas regiões também pode indicar comprometimento das artérias que irrigam esses locais, já que as extremidades do corpo, recebendo menos sangue e mais gordura, acabam ficando desnutridas. A sensação de formigamento nos dedos também pode estar presente. Além disso, um sinal forte do colesterol alto é a fragilidade das unhas do pé — a demora no crescimento das unhas também pode ser observada como um sinal da condição. Pessoas com altos níveis de colesterol LDL, mais conhecido como “ruim”, também podem ter cãibra e inchaços nos pés. Com o estreitamento dos vasos causado pelo acúmulo de gordura, a queda no suprimento de oxigênio pode provocar os sintomas. Em alguns casos, o paciente pode sentir dores nas pernas ao caminhar (especialmente as que melhoram com o repouso), sinalizando uma incapacidade circulatória. 10 imagens Fechar modal. 1 de 10 O colesterol é um composto gorduroso essencial para produção da estrutura das membranas celulares e de alguns hormônios Sebastian Kaulitzki/Science Photo Library/Getty Images 2 de 10 No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL Getty Images 3 de 10 O LDL, conhecido como colesterol “ruim”, quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue istock 4 de 10 Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC) VSRao/https://pixabay.com 5 de 10 Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema Unsplash 6 de 10 São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos Getty Images 7 de 10 Para controlar o colesterol ruim é importante realizar, por exemplo, exercícios durante 30 minutos por dia, três vezes por semana iStock 8 de 10 Aumentar a ingestão de fibras solúveis, como farinha e farelos de aveia, que absorvem o excesso de colesterol no intestino e o eliminam do corpo Tatyana Berkovich/istock 9 de 10 Aumentar a ingestão de gorduras saudáveis, que estão presentes no azeite extravirgem e nos alimentos ricos em ômega 3 iStock 10 de 10 E aumentar a ingestão de bebidas como chá-preto e suco de berinjela, que também ajudam no controle do colesterol Tatyana Berkovich/istock Outros sinais pelo corpo Um dos sinais mais evidentes do acúmulo preocupante de colesterol é a formação de caroços amarelados na região dos olhos, das mãos e dos pés. Os xantelasmas são o sintoma mais característico do problema e uma evidência de que os índices de gordura estão tão altos que o corpo passou a estocar a substância na pele. Os caroços não são dolorosos ou contagiosos, mas podem se tornar blocos planos e de tom claro que crescem de forma progressiva. Além dos xantelasmas, em casos mais avançados o paciente pode sentir dor ou desconforto no peito — o sintoma acontece quando o coração não está recebendo sangue e, consequentemente, oxigênio suficiente. Falta de ar e cansaço extremo também são comuns nessas situações. Ao perceber qualquer um dos sintomas, é importante realizar um exame de sangue para monitorar o colesterol, especialmente se a pessoa não tem o costume de fazer exames periódicos. O colesterol alto e seus fatores de risco A hipercolesterolemia está associada ao acúmulo de LDL, popularmente conhecido como colesterol ruim. O LDL é a gordura de baixa densidade, por isso tem tende a “cair” e se acumular em veias e artérias, formando placas obstrutivas. É assim que se desenvolve a aterosclerose, um estreitamento da circulação que aumenta o risco de infarto. Para manter os níveis de colesterol controlados e evitar problemas, a recomendação é se afastar dos fatores de risco clássicos. São eles: Sedentarismo; Alimentação rica em ultraprocessados e alimentos gordurosos; Obesidade; Diabetes não controlada; Pressão alta não controlada; Tabagismo. Uma rotina de exercício físico adequada, dieta saudável e a realização de exames periódicos são as chaves para evitar acúmulos de LDL. Além disso, “cessar o tabagismo e reforçar o uso de gorduras boas e de ômega-3 é essencial para diminuir a progressão da placa aterosclerótica”, completa Cury. Por fim, também é importante conhecer a história familiar de saúde, já que o aumento de colesterol ruim pode ter origem genética. Nesses casos, é ainda mais importante reforçar o acompanhamento regular. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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