Austrália investiga desaparecimento de amostras de vírus mortais Ouvir 11 de dezembro de 2024 O governo de Queensland, na Austrália, abriu uma investigação após o desaparecimento de 323 amostras de vírus mortais de um laboratório de virologia. O caso, descrito como uma “grave violação histórica dos protocolos de biossegurança”, ocorreu em agosto de 2023, mas só foi revelado na última segunda-feira (9/12). Entre os vírus desaparecidos estão o hendra, o lyssavirus e o hantavírus, todos potencialmente letais. “Dada a gravidade dessa violação dos protocolos de biossegurança e o desaparecimento potencial de amostras de vírus infecciosos, o Queensland Health deve investigar o ocorrido e evitar que isso se repita”, afirmou o ministro Timothy Nicholls. O laboratório em questão é especializado em diagnóstico, vigilância e pesquisa de vírus de importância médica transmitidos por mosquitos e carrapatos. Contudo, até o momento, não foi possível determinar se as amostras foram roubadas ou destruídas. “Não há evidências de risco para a comunidade”, reforçou o comunicado oficial. O hantavírus é uma doença respiratória transmitida por roedores selvagens, como ratos cervos Leia também Claudia Meireles Atenção, viajantes! 17 países estão sob alerta de vírus perigosos Saúde Canadá: vírus da gripe aviária sofreu mutações para infectar humanos Saúde OMS lista 17 bactérias e vírus prioritários para novas vacinas Saúde Centenas de vírus vivem nos chuveiros e escovas de dente Perigos dos vírus desaparecidos O hendra é um vírus zoonótico encontrado apenas na Austrália, transmitido de animais para humanos, enquanto o hantavírus pode causar doenças graves, como febre hemorrágica e síndrome pulmonar, frequentemente fatais. Já o lyssavirus é um grupo de vírus que pode causar raiva, condição letal caso não seja tratada rapidamente. Apesar das preocupações, especialistas destacam que os vírus não sobreviveriam fora de condições controladas. “É importante notar que amostras de vírus se degradam muito rapidamente fora de um congelador de baixa temperatura, tornando-se não infecciosas. É muito improvável que amostras tenham sido descartadas em lixo comum, já que isso estaria completamente fora das práticas rotineiras de laboratório”, explicou o diretor de Saúde Pública John Gerrard. A investigação em curso busca esclarecer o que levou à falha nos protocolos de biossegurança e garantir que casos semelhantes não se repitam no futuro. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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