Diabetes e dengue: o que é preciso saber para evitar complicações Ouvir 27 de fevereiro de 2024 Pessoas com diabetes devem estar sempre atentas para evitar infecções: em geral, a doença metabólica aumenta o risco de complicações para a maioria dos problemas de saúde, especialmente quando o quadro não está controlado. No caso da dengue, não é diferente. Leia também Brasil Brasil ultrapassa 920 mil casos prováveis de dengue em 2024 Saúde É possível reverter um diagnóstico de diabetes tipo 2 com alimentação? Saúde Diabetes tipo 1 caminha para ser considerada uma deficiência. Entenda Distrito Federal Dengue: SUS aprovou vacina em 2016, mas empresa desistiu de processo Um estudo publicado na Travel Medicine and Infectious Disease, em agosto de 2023, mostrou que o risco de hospitalizações de pessoas com diabetes diagnosticadas com dengue é de 63%. Pacientes sem diabetes têm, em média, 38% de risco de hospitalizações. A pesquisa se valeu de informações dos históricos de saúde de 936 pacientes diagnosticados com dengue, sendo que 20% deles (184) eram diabéticos. Segundo a análise, as pessoas com diabetes eram, em sua maioria, idosas e tinham outras comorbidades, como sobrepeso e pressão alta, o que também pode ter contribuído para o elevado número de hospitalizações. Cuidados necessários No momento em que a dengue registra níveis epidêmicos – do início de janeiro até a tarde desta segunda-feira (26/2) foram registrados 920 mil casos prováveis da doença – é importante que as pessoas em grupos de risco foquem na prevenção. O endocrinologista Flavio Cadegiani, que atende em Brasília, reforça a importância de manter a diabetes controlada. “Pacientes com quadros controlados tendem a ter muito menos complicações de dengue grave”, ressalta o especialista. “Se o paciente tem acesso também deve tomar a vacina o quanto antes”, completa. O especialista recomenda que, caso o diabético descubra que está com dengue, redobre a frequência do monitoramento dos níveis de glicemia no sangue, pois o vírus interfere na compensação do açúcar. É preciso estar atento também aos remédios nabituais, para confirmar se eles devem ou não ser administrados no período da dengue. O uso de insulina e de remédios para controle do diabetes, porém, não deve ser interrompido. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (4) A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada Oscar Wong/ Getty Images *****Foto-exame-de-sangue.jpg A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas moodboard/ Getty Images *****Foto-aplicando-insulina-na-barriga.jpg A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo Peter Dazeley/ Getty Images *****Foto-pessoa-comendo-prato-com-batata-frita.jpg Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal Peter Cade/ Getty Images *****Foto-medica-mostrando-aparelho-para-diabeticos-para-crianca.jpg A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais Maskot/ Getty Images ****Foto-conferindo-a-glicose.jpg Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta Artur Debat/ Getty Images *****Foto-mulher-gravida.jpg A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros Chris Beavon/ Getty Images ****Foto-exame-de-sangue-2.jpg Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento Guido Mieth/ Getty Images *****Foto-segurando-cubos-de-acucar.jpg É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença GSO Images/ Getty Images ****Foto-crianca-bebendo-agua.jpg Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco Thanasis Zovoilis/ Getty Images *****Foto-de-um-pe.jpg Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções Peter Dazeley/ Getty Images *****Foto-tirando-sangue.jpg O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes) Panyawat Boontanom / EyeEm/ Getty Images *****Foto-pessoa-sentada-tomando-suco-verde.jpg Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle Oscar Wong/ Getty Images *****Foto-pessoa-com-problema-para-uvir.jpg Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão Image Source/ Getty Images Voltar Progredir 0 Como a diabetes piora a dengue? Os quadros de dengue grave ocorrem quando a doença diminui as plaquetas e os hemócitos. Assim, os sangramentos do corpo não são contidos e os órgãos acabam tendo sua nutrição comprometida. A diabetes também é uma doença que afeta a composição do sangue e as duas doenças acabam interagindo uma com a outra, gerando maiores complicações. A dengue eleva a proporção do hormônio cortisol no corpo, estressando o organismo e estimulando a transformação de alimentos em glicose. Este açúcar circulando pelo organismo não é processado de maneira adequada em pessoas com diabetes, por conta da falta de insulina. “Quando o paciente contrai dengue, ele pode ter hiperglicemia mesmo sendo uma pessoa sem diabetes. No caso do diabético, a glicose fica totalmente descontrolada”, explica o endocrinologista. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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