Estresse metabólico pode aumentar a produção de insulina no sangue Ouvir 24 de junho de 2025 Pesquisadores da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, identificaram que o gene REDD2, ativado por estresse metabólico, prejudica as células β (beta) do pâncreas responsáveis pelo controle de açúcar no sangue e pela produção de insulina. O estudo foi publicado em maio no Journal of Biological Chemistry. A descoberta pode ser um grande passo para evitar ou intervir no surgimento da diabetes tipo 2 pois mostra que, mesmo que vários outros fatores possam desencadear a doença, uma dieta desequilibrada pode ter papel direto no desenvolvimento da condição. “A diabetes tipo 2 ocorre quando as células β pancreáticas, que secretam insulina para regular a glicose no sangue, ficam prejudicadas devido ao estresse prolongado causado por maus hábitos alimentares, uma condição conhecida como estresse oxidativo”, disse Naoki Harada, professor associado da Escola de Pós-Graduação em Agricultura da Universidade Metropolitana de Osaka e principal autor do estudo, em entrevista ao site da universidade. Diabetes tipo 2 A diabetes tipo 2 é uma doença crônica marcada pela resistência à insulina e pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. Mais comum em adultos, a condição está frequentemente relacionada à obesidade e ao envelhecimento. Entre os principais sintomas estão sede excessiva, urina frequente, fadiga, visão embaçada, feridas de cicatrização lenta, fome constante e perda de peso sem causa aparente. O tratamento envolve medicamentos para controlar a glicemia e, em alguns casos, aplicação de insulina. Mudanças no estilo de vida, como perda de peso, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios, são essenciais para o controle da doença. Em experimentos com culturas celulares e camundongos, foi possível observar que os altos níveis de glicose, ácidos graxos e substância para induzir diabetes (STZ) estimularam o REDD2, levando à morte celular e inibição da via mTORC1 – complexo proteico responsável pela regulação do crescimento das células. Camundongos sem REDD2, mesmo em dieta rica em gordura ou exposição a agentes que induzem a diabetes, mantiveram mais células saudáveis, produzindo mais insulina e exibindo um melhor controle da glicose. Leia também Saúde Cientistas revelam as melhores dietas para um envelhecimento saudável Saúde Saúde, humor e peso são os principais motivadores a dietas restritivas Saúde Por que agora é indicado rastrear diabetes tipo 2 a partir dos 35? Saúde Broto de brócolis ajuda a prevenir diabetes tipo 2, diz estudo A análise de ilhotas pancreáticas humanas reforçou esses achados: níveis elevados de REDD2 estão associados à redução na massa das células β e diminuição da secreção de insulina. A descoberta sugere que o REDD2 pode ser usado como marcador diagnóstico do início do diabetes tipo 2 e abre caminho para o desenvolvimento de novos fármacos que atuem nesse gene. Melhores dietas para diabetes 10 imagensFechar modal.1 de 10 Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares 2 de 10 Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso iStock3 de 10 Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal Dose Juice/Unsplash4 de 10 Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio Rui Silvestre/Unsplash5 de 10 Dieta Vegana A dieta vegana retira qualquer alimento de origem animal do cardápio: nada de manteiga, ovos ou whey protein. Aqui, a alimentação é composta basicamente por frutas, vegetais, folhagens, grãos, sementes, nozes e legumes. Para quem quer perder peso, a dica é aproveitar que a dieta já é considerada mais saudável por evitar gorduras animais e ter menos calorias, e controlar as quantidades de cada refeição Anna Pelzer/Unsplash6 de 10 Dieta Jenny Craig A dieta é, na verdade, um programa de receitas e algumas refeições prontas, que enfatiza a alimentação saudável e mudança de comportamento. Há acompanhamento de consultores durante todo o processo para garantir que o paciente esteja motivado e informado sobre quantidades e as melhores escolhas. Há um cardápio exclusivo para pessoas com diabetes tipo 2 e um serviço extra de análise de marcadores no DNA para personalizar o tratamento iStock7 de 10 Dieta Ornish Criada em 1977 por um professor de medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o cardápio tem poucas gorduras, carboidratos refinados e proteínas animais. Os alimentos são categorizados em cinco grupos entre o mais saudável e o menos saudável, e é permitido consumir até 59ml de álcool por dia. O programa incentiva também a prática de meditação e ioga, além de exercícios de flexibilidade, resistência e atividades aeróbicas Amoon Ra/Unsplash8 de 10 Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética 9 de 10 Dieta The Engine 2 Criada para prevenir doenças cardíacas, diabetes, Alzheimer e câncer, é baseada em um cardápio low carb e “forte em plantas”. Segundo Rip Esselstyn, é basicamente uma dieta vegana com um “twist”: aqui não entram óleos vegetais e o objetivo primário não é perder peso, apesar de um aumento na massa muscular ser comum entre os adeptos iStock10 de 10 Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências Ola Mishchenko/Unsplash Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Confira 4 formas criativas de acrescentar as frutas à dieta 6 de agosto de 2024 Apesar de as frutas serem alimentos cheios de fibras e nutrientes e muito bons para a saúde, muitas pessoas não ingerem a quantidade ideal delas. Aliás, tem até quem não goste muito de frutas no geral, seja por conta de sabor ou mesmo das texturas. Porém, há formas de driblar… Read More
Notícias Veja 4 sucos que ajudam a derrubar o colesterol e o açúcar no sangue 18 de setembro de 2024 Manter os níveis de colesterol e açúcar no sangue sob controle é essencial para uma boa saúde cardiovascular e para evitar o desenvolvimento de doenças como diabetes e hipertensão. Pequenas mudanças na alimentação podem fazer grandes diferenças no controle dessas taxas. O colesterol alto é um dos principais fatores de… Read More
Notícias Veja os 5 vegetais e frutas campeões em agrotóxicos no Brasil 13 de dezembro de 2023 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou na última quarta-feira (6/12), os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para). Os dados apontaram que 25% dos alimentos de origem vegetal consumidos no Brasil têm resíduos de agrotóxicos acima do permitido ou de produtos sem autorização… Read More