Estudo: estímulo cerebral pode tratar Alzheimer 20 anos antes Ouvir 16 de fevereiro de 2024 Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, acreditam ter encontrado uma estratégia para tratar o Alzheimer até 20 anos antes de os pacientes apresentarem os sintomas. De acordo com os cientistas, a estimulação do cérebro com correntes elétricas, ainda na fase adormecida da doença, poderia evitar o acúmulo das proteínas tau e beta-amilóide, que são associadas ao desenvolvimento do Alzheimer. “Mudanças fisiológicas já ocorrem lenta e gradualmente no cérebro dos pacientes de 10 a 20 anos antes do aparecimento dos sintomas familiares de comprometimento da memória e declínio cognitivo”, explica a principal autora do estudo, Shiri Shoob, em artigo publicado na revista Nature Communications, em novembro de 2023. A intervenção por estímulos elétricos seria capaz de interromper a deterioração das células cerebrais e prevenir a perda de memória e o declínio cognitivo. Leia também Saúde Viagra pode reduzir o risco de Alzheimer, sugere estudo Saúde Dieta com pizza e hambúrguer aumenta risco de Alzheimer, diz estudo Claudia Meireles Fruta popular pode proteger contra Alzheimer; descubra qual Saúde Jejum pode reduzir inflamações e prevenir Alzheimer, sugere estudo Primeiros sinais aparecem no sono Em um experimento com ratos, os cientistas analisaram as mudanças no cérebro que ocorrem no hipocampo, o centro de memória e aprendizagem, durante o sono. Tomografias cerebrais mostraram que ratos manipulados para o modelo de um paciente Alzheimer tinham convulsões silenciosas no hipocampo enquanto dormiam. Mas esses eventos não causavam nenhum sintoma externo. Os cientistas acreditam que as convulsões podem ser os primeiros sinais de deterioração do cérebro. Os camundongos saudáveis, por outro lado, demonstravam atividade cerebral reduzida durante o sono. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (2) Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas PM Images/ Getty Images ***Foto-medico-olhando-tomografia.jpg Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista Andrew Brookes/ Getty Images ***Foto-mulher-com-a-mao-na-cabeca.jpg Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce Westend61/ Getty Images ***Foto-idoso-com-as-maos-na-cabeca.jpg Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano urbazon/ Getty Images ***Foto-pessoa-andando-em-um-labirinto.jpg Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença OsakaWayne Studios/ Getty Images ***Foto-idoso-com-as-maos-na-cabeca-2.jpg Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns Kobus Louw/ Getty Images ***Foto-medicos-olhando-tomografia.jpg Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença Rossella De Berti/ Getty Images ***Foto-maos-em-cima-da-mesa-segurando-remedio.jpg O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images Voltar Progredir 0 Tratamento para Alzheimer Os pesquisadores partiram, então, para a estimulação cerebral profunda (DBS, na sigla em inglês) com eletrodos implantados em áreas específicas do cérebro dos ratos. Os dispositivos foram conectados a uma pequena região localizada entre o hipocampo e o tálamo, ligado à regulação do sono. O DBS é usado nos Estados Unidos para o tratamento de outros distúrbios neurológicos, como Parkinson, epilepsia, tremor essencial, distonia e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Para evitar o excesso de atividade cerebral, os cientistas israelenses programaram o DBS para enviar ondas elétricas de baixo nível uma vez ao mês, sempre que o cérebro produzisse sinais anormais – como os que resultam em problemas de memória, de equilíbrio e dificuldades de fala. O objetivo foi impedir as formações de beta-amiloide e tau e o encolhimento do centro de memória. O DBS suprimiu o excesso de atividade dos animais, prevenindo o declínio cognitivo a um período equivalente a 20 anos antes do início do Alzheimer. “Quando tentamos estimular essa região com altas frequências, como é feito no tratamento do Parkinson, por exemplo, descobrimos que isso piorou os danos ao hipocampo e as crises epilépticas silenciosas. Só depois de mudar o padrão de estimulação para uma frequência mais baixa é que conseguimos suprimir as convulsões e prevenir o comprometimento cognitivo”, conta a principal autora do estudo, Shiri Shoob. A equipe de Shiri planeja realizar testes clínicos com humanos para comprovar os benefícios da abordagem. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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