Hepatite B: saiba se você precisa tomar vacina contra doença fatal Ouvir 20 de junho de 2024 A hepatite B é uma doença infecciosa que ataca o fígado. Ela é causada pelo HBV, um vírus que é transmitido principalmente em relações sexuais. A inflamação pode ser tornar crônica e levar a quadros de cirrose e câncer, sendo potencialmente fatal. A vacina contra a hepatite B é ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS): há imunizantes para recém-nascidos, bem como para pessoas que tenham perdido o primeiro esquema de vacinação. Leia também Distrito Federal Sarampo, caxumba, hepatite: DF aumenta cobertura vacinal em 2023 Brasil Cerca de 1,2 milhão de pessoas não sabem que vivem com hepatites B e C Brasil Hepatite B: Saúde simplifica protocolo e dobra pacientes em tratamento Saúde Hepatite B: saiba sobre causas, sintomas, vacina e tratamento Quem deve tomar a vacina para a hepatite B? De modo geral, há dois esquemas vacinais atuantes contra a hepatite B no Brasil. Em bebês em até 30 dias após o nascimento é aplicada a vacina de hepatite B monovalente, chamada de “dose ao nascer”. Na maioria dos casos, a vacina é aplicada 12h após o parto. Quando a criança toma a vacina pentavalente (que previne também contra difteria, tétano, coqueluche e da bactéria Haemophilus influenzae tipo b), são aplicados reforços da imunização contra a hepatite B. No calendário vacinal, eles estão previstos para dois, quatro e seis meses de vida. Para quem não completou o esquema vacinal quando recém-nascido, existe a possibilidade de receber uma outra tipo de imunização a partir dos 7 anos de idade. Essa vacina é dada em um esquema de três doses, com um intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda aplicação e seis meses até a última dose. Cobertura da vacina está caindo? Segundo o Ministério da Saúde, a taxa atual de cobertura da vacina da hepatite B em recém-nascidos está em 74,6%, o ideal seria 90% de cobertura. O número é levemente maior que o de 2023, 73,2%, mas menor do que o registrado em 2022, quando 82,7% das crianças foram imunizadas. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, afirma que a ausência de imunização nos primeiros dias de vida é um dos principais furos do esquema vacinal. “Não se pode abrir mão da primeira dose na maternidade. Só precisamos de doses em adolescentes e adultos quando o esquema da primeira infância não foi respeitado. Atualmente, todas as vacinas do calendário infantil estão abaixo da meta e também dos adolescentes e adultos. Por mais que haja uma recente tendência de crescimento, é muito tímida”, explica Mônica. O esquema para pessoas acima de 7 anos tampouco tem encontrado adesão na população. Segundo dados do DataSUS, em 2022, 22,5 mil pessoas tomaram a primeira dose do esquema a partir de 7 anos. Para o reforço após o primeiro mês, apenas 12,9 mil retornaram. Completaram o esquema apenas 8,1 mil pessoas, o que representa apenas 36% de todos que começaram o esquema vacinal. 15 imagens Fechar modal. 1 de 15 A hepatite é a inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus, bactérias, uso excessivo de medicamentos ou consumo de bebida alcoólica. Existem cinco tipos de hepatite: A, B, C, D e E. No entanto, no Brasil, os tipos A, B e C são os mais comuns Getty Images 2 de 15 A hepatite A é causada por um vírus que pode ser transmitido pelo ato sexual ou pelo consumo de água e alimentos contaminados. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais TEK IMAGE/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images 3 de 15 Não há tratamento específico para a hepatite A, por isso, deve-se evitar a automedicação. Apesar disso, existe vacina eficaz contra a doença. Entre os principais sintomas dessa tipagem estão: náusea sem motivo aparente, febre baixa, perda de apetite, dor abdominal e fadiga Glasshouse Images/ Getty Images 4 de 15 A hepatite B também é causada por um vírus e pode ser transmitida por compartilhamento de objetos pessoais, ao realizar tatuagens e procedimentos cirúrgicos sem a devida higiene, durante relação sexual, entre outros. Entre os principais sintomas estão: amarelamento dos olhos, dor abdominal e urina escura Jeffrey Coolidge/ Getty Images 5 de 15 Já na hepatite B, o fígado pode apresentar um quadro de inflamação persistente e há risco de a doença evoluir para cirrose hepática. Ela pode ser identificada através de exames laboratoriais. Na maioria dos casos, pode ser tratada com medicamentos antivirais que impedem a multiplicação do vírus e retardam ou melhoram a evolução da doença KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images 6 de 15 A hepatite C, também causada por vírus, tem meio de transmissão semelhante a hepatite B. Contudo, a hepatite C tem cura em mais de 95% dos casos e há tratamento disponível com medicamentos por via oral. Entre os sintomas estão fadiga, perda do apetite, náuseas, amarelamento dos olhos ou pele MediaProduction/ Getty Images 7 de 15 A hepatite D, também conhecida como hepatite Delta, é causada pelo vírus HDV (Vírus RNA, que precisa do vírus causador da hepatite B para que a infecção ocorra). Está presente no sangue e secreções e pode ser transmitido assim como no caso das hepatites B e C Luis Alvarez/ Getty Images 8 de 15 A hepatite D pode causar dores abdominais, cansaço e náuseas. O diagnóstico da doença deve ser feito através de exames clínicos e epidemiológicos boonchai wedmakawand/ Getty Images 9 de 15 A hepatite E, causada pela vírus VHE, é transmitida por via fecal-oral, ou seja, pelo consumo de água ou alimentos contaminados. Na maioria dos casos, essa versão da doença tem cura. Os sintomas incluem falta de apetite, náuseas e amarelamento da pele. Em casos raros, a doença pode progredir para insuficiência hepática aguda Ekaterina Smirnova/ Getty Images 10 de 15 Independentemente da vacina, indicada para todos os casos, algumas recomendações são fundamentais para a prevenção das hepatites virais. São elas: lavar as mãos após a utilização de sanitários, lavar alimentos com água tratada, clorada ou fervida, cozinhar bem os alimentos e não tomar banho em água não tratada ou próxima a esgotos Solskin/ Getty Images 11 de 15 Além disso, utilizar preservativos, não compartilhar seringas ou materiais de uso pessoal e certificar-se de que protocolos de biossegurança são cumpridos antes de submeter-se a tatuagens, piercings, tratamentos odontológicos e procedimentos cirúrgicos pode ajudar a evitar a doença Aja Koska/ Getty Images 12 de 15 Além dessas, existe ainda a hepatite alcoólica, causada pelo consumo abusivo e prolongado de álcool. A hepatite medicamentosa, que causa inflamação no fígado após uso indiscriminado de medicamentos, e a Esteato-hepatite, por exemplo, que surge devido ao acúmulo de gordura no fígado SEBASTIAN KAULITZKI/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images 13 de 15 Em casos mais leves, a doença pode desaparecer sozinha. Mas em certas tipagens é necessário o uso de medicamentos antivirais ou outros cuidados específicos OsakaWayne Studios/ Getty Images 14 de 15 Recentemente, diversas crianças com idades entre um mês e 16 anos foram diagnosticadas com hepatite aguda em países da Europa e nos EUA. A gravidade da doença levou 17 crianças a passarem por transplantes de fígado e uma delas morreu Pixabay 15 de 15 Os misteriosos casos de inflamação grave do fígado ainda não têm causa definida, mas evidências apontam para a infecção pelo adenovírus 41F fotograzia/ Getty Images Quem não completou tem de começar de novo? Tanto nos casos de atrasos das doses de reforço da vacina pentavalente (da primeira infância), como da vacina para hepatite B, mesmo que o esquema vacinal esteja atrasado, é possível completá-lo. Os prazos indicados são os ideais para a imunização, mas caso a pessoa tenha perdido, não é necessário reiniciar o esquema, apenas completá-lo conforme a situação encontrada e respeitando os intervalos mínimos de administração das doses. “Qualquer dose aplicada é dose válida. Se a pessoa atrasou, não importa o prazo, não importa se é a vacina que era para crianças ou adultos, ela conta a dose que foi feita e faz a segunda e a terceira. Seja qual for o tempo que passou, dose dada é dose computada no sistema imunológico”, esclarece a presidente da SBIm. Isso não quer dizer, porém, que os prazos não tem importância. Eles são definidos para que a pessoa consiga uma proteção completa no menor tempo possível, para evitar que fique doente e que esteja defendida o quanto antes, por isso é importante segui-los. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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