Jovem que teve câncer de intestino lista os 6 sinais que ele ignorou Ouvir 13 de dezembro de 2024 O produtor de TV norte-americano Joe Faratzis descobriu aos 29 anos que tinha câncer de intestino quando o tumor já estava em estágio avançado. Muito ligado aos esportes e a um estilo de vida saudável, o jovem ignorou por meses os sintomas da doença e tem usado suas redes sociais para divulgar os sinais que ele não deveria ter deixado de lado. Faratzis foi diagnosticado em 2019 com tumor em estágio quatro, o mais avançado do câncer colorretal, com algumas metástases no pulmão e fígado. O produtor já vinha sentindo dores leves na parte baixa da barriga por meses e um médico pediu que ele fizesse uma tomografia computadorizada, mas ele achou que seria um gasto desnecessário. “Eu achava que era invencível e que não poderia haver nada de errado comigo”, lembra em depoimento à revista Self. Leia também Saúde Câncer de intestino: conheça sintomas e por que fazer exame preventivo Saúde Falta de ferro pode sinalizar câncer de intestino, alertam médicos Saúde Estudos alertam para aumento de casos de câncer de intestino em jovens Saúde Saiba qual o sinal mais comum de câncer de intestino em jovens Mesmo seis meses depois, quando ele começou a notar que havia sangue em suas fezes, Faratzis ignorou os sinais, achando que tinha hemorroidas. Porém, os sintomas foram se tornando cada vez mais frequentes, até que ele não podia mais ignorá-los. O momento que o convenceu de que havia algo errado foi quando ele soltou um pum e o sangue começou a escorrer por sua perna. “Quando fui ao banheiro, vi que tinha muito sangue acumulado. Não senti dor, mas era evidente que eu estava passando por um problema sério”, afirma. Sinais claros Para conscientizar a população a não ignorar os sintomas como ele mesmo fez, Faratzis passou a usar sua experiência em mídia para divulgar os sinais do câncer de intestino. Um vídeo em que ele resume os sintomas ignorados viralizou no TikTok. São eles: Suor constante, especialmente à noite; Dores na parte baixa direita da barriga; Mudanças no trânsito intestinal, ir mais ao banheiro; Uma leve cólica abdominal ao se inclinar; Constipação e cólicas; Sangue nas fezes. Após a colonoscopia, o produtor de TV foi imediatamente encaminhado para a quimioterapia e passou por sessões orais e intravenosas. Além disso, precisou de uma cirurgia que retirou parte de seu intestino e viveu por meses com uma ileostomia improvisada. Desde 2020, o produtor passa por uma série de procedimentos médicos para retirada dos tumores, especialmente dos pulmões e do fígado. Ao todo, foram mais de 10 cirurgias. Em um dos procedimentos, um médico disse que a chance de Faratzis sobreviver por mais de cinco anos era menos de 14%. “Me agarrei nesses 14% e tenho feito de tudo para vivê-los da forma mais radiante”, diz. Apenas em 2023, ele alcançou um estado de completa remissão (quando não há tumores no corpo), mas segue ainda fazendo tratamento de quimioterapia oral preventiva. 12 imagens Fechar modal. 1 de 12 Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus Getty Images 2 de 12 De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019 Getty Images 3 de 12 O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado Getty Images 4 de 12 Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras Getty Images 5 de 12 Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC) Getty Images 6 de 12 Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino Getty Images 7 de 12 Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal Getty Images 8 de 12 O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio) Getty Images 9 de 12 O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas Getty Images 10 de 12 A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor Getty Images 11 de 12 A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino Getty Images 12 de 12 Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana Getty Images O câncer de intestino Há alguns anos, o câncer de intestino era um tumor muito associado a pessoas idosas, mas o número de indivíduos com menos de 45 anos que descobrem a doença tem crescido a cada ano no mundo. No Brasil, o exemplo da cantora Preta Gil é um dos mais emblemáticos. Os principais fatores de risco das neoplasias colorretais são obesidade, consumo de alimentos processados e um estilo de vida sedentário. A idade superior a 50 anos também é importante. O oncologista Ramon Andrade de Mello, de São Paulo, alerta que o fundamental para prevenir casos graves da doença é realizar com frequência os exames preventivos antes do aparecimento dos sintomas. “Um dos principais métodos para o rastreamento das neoplasias colorretais é o exame chamado de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Ele deve ser feito anualmente e, dependendo do resultado, o médico poderá indicar uma investigação mais aprofundada, com exames como retossigmoidoscopia ou mesmo a colonoscopia total”, explica. O tratamento precoce aumenta as chances de uma cura completa, sem recidivas, afirma o oncologista Paulo Varella, do Hospital do Coração (Hcor), de São Paulo. “Quanto antes o câncer é diagnosticado, maiores são as chances de um tratamento mais eficaz. Isso se vê também na possibilidade de reincidência. Um estudo dinamarquês deste ano demonstrou que somente 2,9% das pessoas estudadas, que foram mais de 8 mil, apresentaram o reaparecimento do câncer colorretal novamente ao serem diagnosticadas a tempo”, indica. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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