Menino tem AVC como complicação da catapora 11 meses depois da doença Ouvir 24 de maio de 2024 Muitas famílias brasileiras consideram a catapora uma doença simples e até preferem que as crianças tenham contato com o vírus da varicela ainda na infância, já que a condição raramente é grave. Porém, além de a catapora aumentar o risco de herpes-zóster no futuro, ela pode ter complicações raras e sérias mesmo em crianças. Foi o que aconteceu com o inglês Freddie Rushton, de 5 anos. Em maio de 2023, o menino sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) – o quadro foi uma complicação da catapora que ele teve 11 meses antes de apresentar os sintomas do derrame. Leia também Saúde Catapora aumenta nessa época do ano. Saiba como proteger seu filho História em fotos Herpes-zóster? Saiba o que é a doença causada pelo vírus da catapora Celebridades Influencer internado com manchas pode estar com varíola ou catapora Brasil Família vive drama para trazer corpo de brasileiro que morreu de catapora no Chile Repentinamente, Freddy ficou com o lado esquerdo do corpo paralisado. Ele não conseguia falar e os médicos disseram à família que o menino talvez nunca mais voltasse a andar, o que, felizmente, não ocorreu. Os médicos que o atenderam suspeitaram que o vírus da varicela tivesse causado o derrame. Freddie foi submetido a uma punção lombar, que encontrou o vírus presente em seu líquido espinhal e confirmou o diagnóstico. A mãe, Sarah Kilgariff, de 43 anos, não tinha ideia de que o AVC poderia ocorrer em crianças e menos ainda que poderia ser desencadeado pela catapora. Catapora grave As complicações da catapora em crianças ocorrem quando o vírus infecta os pulmões, o cérebro, o coração ou o fígado e costumam aparecer até seis meses após a infecção, o que torna o caso de Freddie ainda mais raro. O vírus levou a uma restrição dos vasos sanguíneos no cérebro do menino, o que acabou progredindo para o AVC. Freddie passou por um tratamento para resolver a infecção residual da catapora e usou medicações para aliviar a pressão no crânio. Mesmo tendo se recuperado do derrame, ele precisou reaprender a comer e engolir, funções que foram prejudicadas pela paralisia – durante a internação, o menino teve de usar um tubo de alimentação por semanas. Freddie também precisou fazer fisioterapia para recuperar o movimento da perna esquerda, mas ainda sofre com as consequências do AVC. “Ele ainda tem alguma fraqueza residual no lado esquerdo e tropeça um pouco, mas espero que ele melhore com o tempo. O AVC nos abalou muito psicologicamente e a ele também. Meu filho voltou a usar fraldas e ainda tem dificuldades para falar”, lamenta a mãe em entrevista ao Daily Mail. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (6) Popularmente conhecido como cobreiro, o herpes-zóster é uma doença infecciosa causada pelo mesmo vírus da catapora. O diagnóstico normalmente é feito com base na avaliação clínica dos sinais e sintomas do paciente, além da observação das lesões na pele Mumemories/istock *****Foto-Herpes-zoster-virus-6.jpg A doença pode se manifestar a qualquer momento em pessoas que já tiveram catapora ou a própria herpes-zóster alguma vez na vida. O vírus permanece inativo no corpo por muitos anos, podendo ser reativado na forma mais localizada em um nervo rbkomar/ Getty Images *****Foto-Herpes-zoster-virus-7.jpg Quando há baixa na imunidade, por exemplo, o vírus pode se replicar novamente provocando o aparecimento dos sintomas. A condição tem mais chance de aparecer também em pessoas com mais de 60 anos, que façam uso prolongado de corticoides, quimioterapia ou que tenham doenças que enfraquecem o sistema imune, como AIDS ou Lúpus Peter Dazeley/ Getty Images *****Foto-Herpes-zoster-virus-2.jpg Para pessoas que nunca tiveram catapora ou que não foram vacinadas, a herpes-zóster é contagiosa. Portanto, crianças ou outras pessoas nunca infectadas pelo vírus devem permanecer distantes de pacientes com a doença e não ter contato com objetos pessoais do doente Elitsa Deykova/ Getty Images *****Foto-Herpes-zoster-virus-4.jpg Entre os principais sintomas da herpes-zóster estão coceira intensa no local afetado, dor, formigamento ou queimação na região, febre baixa, bolhas e vermelhidão que afetam, principalmente, região do tórax, costas ou barriga Chokchai Silarug/ Getty Images *****Foto-Herpes-zoster-virus-8.jpg O tratamento é feito com medicamentos anti-virais e analgésicos receitados pelo médico para aliviar a dor e cicatrizar mais rápido as feridas. Fortalecer o sistema imune pode ser uma boa estratégia de prevenção David Sharpe / EyeEm/ Getty Images *****Foto-pessoa-secando-o-rosto.jpg Durante o tratamento também deve-se tomar cuidados como lavar diariamente a região afetada, sem esfregar, e secar bem o local. Utilizar roupa de algodão e confortável, colocar uma compressa fria de camomila sobre a região e não aplicar pomadas ou cremes sem prescrição médica Johner Images/ Getty Images/ Getty Images *****Ilustração-Herpes-zoster-virus-5.jpg Entre as complicações mais comuns do herpes-zóster está a continuação da dor por várias semanas ou meses mesmo após o desaparecimento das bolhas na pele. Entre as menos comuns está a inflamação na córnea e problemas de visão, necessitando acompanhamento de um oftalmologista KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images *****Foto-vacina-contra-virus-1.jpg A vacina é a única forma eficiente de evitar a doença e suas complicações. Até então, o imunizante era indicada apenas para pessoas maiores de 60 anos. Contudo, recentemente, a vacina para adultos com mais de 18 anos chegou às clínicas particulares brasileiras Andriy Onufriyenko/ Getty Images *****Foto-vacina-contra-virus-2.jpg A imunização é feita com duas doses, e cada uma tem o preço recomendado de R$ 843 – totalizando R$1.686 –, mas o valor pode variar entre as clínicas. A vacina não é ofertada pelo SUS Catherine Falls Commercial/ Getty Images Voltar Progredir 0 Prevenção da catapora A vacina contra a catapora é distribuída pelo SUS desde 2013, e o esquema vacinal deve ser completado antes dos 7 anos, que é a idade máxima de efetividade da fórmula. O imunizante é administrado em primeira dose aos 15 meses de idade (tríplice viral + varicela monovalente, ou tetra viral, quando disponível), e a segunda dose, de varicela monovalente, deve ser aplicada aos 4 anos de idade. Pessoas imunocomprometidas, com doenças dermatológicas graves, pacientes renais crônicos e profissionais da saúde podem receber a vacina independentemente da idade. Se a criança apresentar sintomas de catapora, é importante que fique em casa, isolada de outras pessoas, por pelo menos sete dias, ou até que as lesões estejam bem secas. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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