Neurocirurgião explica a relação entre AVC e demência. Confira Ouvir 30 de março de 2024 Tanto o acidente vascular cerebral (AVC) quanto a demência atingem sobretudo as pessoas mais velhas, especialmente acima dos 65 anos. E, segundo o neurocirurgião e especialista em doenças cerebrovasculares Victor Hugo Espíndola, há uma relação intrínseca entre ambas as condições. Segundo ele, a relação entre AVC e demência é complexa e multifacetada. Primeiramente, é importante entender que o AVC pode ser um fator de risco significativo para o desenvolvimento de demência, principalmente a demência vascular. “Isso ocorre porque um AVC pode resultar em danos cerebrais que afetam áreas importantes para a cognição, como o córtex cerebral e as estruturas subcorticais”, afirma. Leia também Claudia Meireles Vegetal barato e popular ajuda na prevenção do AVC; descubra qual Saúde Beber pouca água eleva o risco de ter AVC. Médico explica relação Saúde Solidão aumenta 25% do risco de morte e 50% de demência, dizem estudos Saúde Comer batata frita pode aumentar risco de demência, sugere pesquisa E, dependendo da localização e da extensão do acidente vascular, as consequências podem variar. “No entanto, é comum observar comprometimento cognitivo subsequente, que pode evoluir para demência ao longo do tempo”, diz o médico. Cópia de 3 Cards_Galeria_de_Fotos (2) O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro Agência Brasil ***brain-6974397_640 O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico Pixabay ***man-513529_640 Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala Pixabay ***neurology-6952525_640 O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas Pixabay ***hands-2906458_640 Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas Pixabay ***cigarette-724423_640 Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar Pixabay ***hypertension-867855_640 Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC Pixabay ****chest-pain-6357974_640 Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes Pixabay ***woman-3083390_640 Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC Pixabay ***red-blood-cell-4807214_640 Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados Pixabay Voltar Progredir 0 Além disso, segundo Victor Hugo, há evidências de que pessoas que têm um AVC têm um risco aumentado de desenvolver demência, mesmo que não apresentem sintomas cognitivos imediatos. “Isso sugere que os processos patológicos que levam ao acidente vascular podem estar relacionados aos mecanismos subjacentes da demência”, enfatiza. A questão do estilo de vida e o AVC O médico lembra que um estilo de vida associado ao risco de AVC, como dieta pouco saudável, sedentarismo, tabagismo e hipertensão, também pode aumentar as chances de demência. Isso porque muitos dos fatores de risco para AVC também são fatores de risco para demência. “Por exemplo, a hipertensão arterial pode danificar os vasos sanguíneos cerebrais, aumentando o risco de AVC e comprometendo o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que por sua vez pode contribuir para o desenvolvimento de demência vascular. Da mesma forma, o tabagismo pode levar a danos nos vasos sanguíneos e inflamação sistêmica, que estão implicados no desenvolvimento de ambas as condições”, explica o especialista. Leia a reportagem completa no Saúde em Dia, parceiro do Metrópoles. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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Suplementação de vitaminas B pode ajudar no tratamento de Parkinson 26 de junho de 2024 Um estudo publicado na revista Nature em maio revelou que alguns microrganismos intestinais podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença de Parkinson. Os pesquisadores descobriram que eles podem causar diminuição dos níveis de riboflavina (vitamina B2) e biotina (vitamina B7) e sugeriram que a suplementação com vitaminas B pode ser… Read More
Homem com comportamento infantil é diagnosticado com demência precoce 2 de outubro de 2024 A demência precoce é uma condição neurodegenerativa que afeta pessoas com menos de 65 anos, causando perda progressiva de memória, alterações de comportamento e dificuldades cognitivas. Esse foi o caso de Stefan Tankov, de 38 anos, morador do Reino Unido. Em 2022, ele começou a apresentar mudanças drásticas no comportamento…. Read More