Pacientes que morreram de Oropouche na Bahia tiveram febre hemorrágica Ouvir 5 de agosto de 2024 No dia 27 de julho, o Ministério da Saúde confirmou a morte de duas mulheres jovens vítimas da febre Oroupouche. As pacientes, que moravam na Bahia, não tinham comorbidades. Os óbitos são os primeiros a serem relatados na literatura científica mundial por conta da infecção, que vive um boom de casos no Brasil. Em artigo publicado em pré-print no dia 16 de julho, pesquisadores do LACEN-BA e MG, Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Fiocruz e outras instituições, detalham o que causou a morte das pacientes. Segundo o grupo, foram feitos vários exames com amostras das pacientes que mostraram uma semelhança muito grande entre o quadro causado pela febre Oropouche e uma febre hemorrágica, como a dengue, por exemplo. As amostras foram testadas para outras doenças infecciosas, incluindo a dengue, zika e chikungunya. Leia também Saúde Ministério da Saúde confirma duas mortes por febre oropouche na Bahia Brasil Ministério da Saúde confirma primeiro óbito fetal por febre oropouche Saúde Oropouche: casos aumentam e possível interação com Aedes preocupa Saúde Febre oropouche: saiba como é transmitida e quais os riscos da doença “Está claro que a infecção por Oropouche pode levar a fenômenos hemorrágicos, como demonstraram estudos anteriores, e o envolvimento hepático também pode ser esperado nesta infecção”, escrevem os pesquisadores. Oropouche e coagulação As duas pacientes apresentaram lesões hemorrágicas por defeitos de coagulação — a formação de coágulos estava acontecendo de forma atrasada. Os cientistas também encontraram níveis elevados de enzimas do fígado em uma delas, indicando que o órgão esteja envolvido na dificuldade de coagulação. Na outra, dois caminhos de coagulação foram severamente afetados, apesar de a mulher ter uma quantidade quase normal de plaquetas. “Esta combinação de resultados laboratoriais aponta para uma coagulopatia grave, explicando os muitos locais de hemorragia observados e a insuficiência renal aguda. Outros possíveis mecanismos envolvidos poderiam ser uma síndrome de tempestade de citocinas secundária à infecção, levando à coagulopatia de consumo e disfunção plaquetária paralela ao mau funcionamento hemodinâmico de órgãos-alvo, incluindo rim e fígado. Esta é uma possibilidade que precisa de mais investigação”, afirmam os responsáveis pela pesquisa. Eles apontam que é importante descobrir como acontece exatamente a infecção pela Oropouche, uma vez que a doença evolui rapidamente. Por isso, é importante detectar os casos com antecedência para que o tratamento seja feito a tempo. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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