Qual melhor repelente para evitar a dengue? Médicos ensinam a escolher Ouvir 7 de fevereiro de 2024 Os repelentes de uso tópico, ou seja, aplicados na pele, são fundamentais na proteção contra a dengue. O Brasil vive uma epidemia da doença, com o registro de mais de 360 mil casos prováveis e 40 mortes apenas neste ano, segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses divulgado na terça-feira (6/2). Na hora de comprar um repelente costumam surgir dúvidas sobre qual a melhor fórmula, modo de aplicação (apresentação em spray ou creme) e tempo de reaplicação. Médicos ouvidos pelo Metrópoles esclarecem essas questões: Leia também Saúde Citronela e outros repelentes caseiros protegem contra a dengue? Brasil Cidade do Rio confirma a primeira morte por dengue em 2024 Saúde Está com dengue? Saiba se é necessário fazer isolamento social Saúde Dengue neurológica rara deixa jovem tetraplégica e em coma por 7 meses Qual é o melhor repelente contra a dengue? Os repelentes contra o mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, devem conter Icaridina, IR3535 ou DEET (dietil-m-toluamida) na fórmula. A eficácia do produto está relacionada à concentração dos princípios ativos. “Quanto maior a concentração do composto, maior é a duração da proteção do repelente nas áreas aplicadas”, afirma a médica Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectologista do Exame Medicina Diagnóstica e consultora de vacinas da rede Dasa. Qual é a concentração indicada do princípio ativo? O ideal é que o repelente tenha concentração acima de 20% de Icaridina ou de 30% a 50% de DEET para garantir a proteção de longa duração. Produtos com concentração mais baixa oferecem proteção contra o mosquito, mas devem ser aplicados com maior frequência. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (4) A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte Joao Paulo Burini/Getty Images ***Foto-mosquito-da-dengue.jpg O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias Joao Paulo Burini/ Getty Images ***Foto-mosquito-da-dengue-2.jpg A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos Joao Paulo Burini/ Getty Images ***Foto-mosquito-da-dengue-3.jpg No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes Bloomberg Creative Photos/ Getty Images ***Foto-pessoa-olhando-termometro.jpg Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos Guido Mieth/ Getty Images ***Foto-pessoa-deitada-em-maca-hospitalar.jpg No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte Peter Bannan/ Getty Images ***Foto-pessoa-em-frente-a-vaso-vomitando.jpg Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue Piotr Marcinski / EyeEm/ Getty Images ***Foto-pessoa-sentada-em-cama-de-hospital.jpg Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão Image Source/ Getty Images ***Foto-pessoa-deitada-no-chao.jpg Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada Getty Images ***Foto-pessoa-segurando-remedio-nas-maos.jpg Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas Guido Mieth/ Getty Images ***Foto-pessoa-deitada-em-maca-hospitalar-2.jpg Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas Getty Images Voltar Progredir 0 Quando reaplicar o repelente? As recomendações de uso descritas no rótulo de cada produto, com intervalo de reaplicação, devem ser seguidas à risca. “Em geral, um produto com 12,5% de DEET proporciona proteção equivalente a 6 horas. Com 25%, o tempo de proteção aumenta para 8 horas”, explica o clínico geral Arthur Seabra, coordenador da Emergência do Hospital Santa Lúcia, de Brasília. Os repelentes com Icaridina em concentração de 10% conferem proteção por um período de três a cinco horas. Com 20%, de 8 a 10 horas. “Eles devem ser aplicados sempre em quantidades adequadas ao tamanho das áreas expostas”, considera Seabra. Qual é o melhor repelente: spray ou creme? As duas apresentações do produto têm eficácia se aplicadas nas áreas expostas e na frequência correta. O repelente em spray é o mais fácil e rápido de aplicar, mas pode ficar mal distribuído na pele se não for espalhado logo na sequência. O clínico geral Arthur Seabra não recomenda produtos em spray para pessoas com problemas respiratórios. Já o repelente em creme cobre toda a pele e penetra mais, o que pode causar reações alérgicas em pessoas com pele sensível. Existe contraindicação? A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orienta que os produtos à base de DEET não devem ser usados em crianças menores de dois anos. Entre os 2 anos e 12 anos, a concentração máxima do produto deve ser de 10%, com a aplicação restrita a até três vezes por dia. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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