Substância presente na cebola pode ser aliada da saúde cardiovascular Ouvir 12 de julho de 2025 Apesar do nome pouco familiar, a quercetina pode ser facilmente encontrada na bancada de hortifruti do supermercado. Além de aparecer na cebola, está presente no pimentão, no aspargo, nos brócolis e em frutas como a maçã, a uva e a manga. Também marca presença em outras bancadas, as de pesquisa, onde tem sido investigada pelos seus possíveis benefícios à saúde. Um dos trabalhos recentes, realizado por cientistas da Polônia, foi publicado em maio no periódico científico Nutrients e traz uma revisão de 92 estudos, demonstrando mecanismos relacionados com a proteção cardiovascular. Há evidências de que a quercetina ajude a preservar o endotélio, um tapete celular que recobre a parte interna dos vasos, e que contribua para aumentar a produção de óxido nítrico, um agente vasodilatador. Esses efeitos interferem na elasticidade vascular e podem favorecer o controle da pressão arterial. O artigo ainda menciona o impacto da substância nos níveis de colesterol, reduzindo o risco da aterosclerose, ou seja, do entupimento dos vasos sanguíneos. Leia também Saúde Chá de casca de cebola: veja efeitos colaterais e quem não deve tomar Saúde Mina de ouro nutricional: conheça benefícios do chá de casca de cebola Saúde De cebola a batata: veja alimentos que não devem ir à geladeira Vida & Estilo Como cortar cebola sem chorar? Veja 5 truques para amenizar Por trás dessas ações, destacam-se as propriedades antioxidante e anti-inflamatória. O estudo mostra que a quercetina ajuda a neutralizar os radicais livres, moléculas que, em excesso, causam danos celulares. Essa ação atenua o estresse oxidativo, preservando as células das artérias, entre outras. A atuação contra inflamações também favorece os vasos. Os autores citam mecanismos como a redução da atividade de citocinas e de outras substâncias pró-inflamatórias. Entretanto, mesmo diante de tantos indícios sobre efeitos protetores, a revisão salienta que boa parte dos trabalhos foi realizada em células, no microscópio e em modelos animais. “Uma das limitações do trabalho é a escassez de grandes ensaios clínicos com humanos”, observa a nutricionista Júlia Forti Roque, do Einstein Hospital Israelita. Outro fator negativo, comentado no texto, é a baixa biodisponibilidade, ou seja, a capacidade de a quercetina ser assimilada e aproveitada no corpo humano. “Mas a substância tem um potencial promissor, especialmente no contexto de doenças crônicas”, opina a nutricionista. Grupo protetor presente na cebola A quercetina é integrante dos polifenóis, grupo que conta com mais de 8 mil integrantes catalogados até o momento. “Esses compostos são classificados como metabólitos secundários”, explica o biólogo Nicholas Vannuchi, que pesquisa algumas classes de polifenóis no laboratório da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus da Baixada Santista. Significa que são substâncias sintetizadas pelos vegetais, para protegê-los em situações adversas na natureza. Defendem contra os raios ultravioletas e as intempéries, seja em tempos de seca ou de muita chuva. “Inclusive ajudam a combater fungos e patógenos capazes de trazer danos às plantas”, afirma Vannuchi. Diferentemente de outros polifenóis, a quercetina não é um pigmento. “E é sensível ao calor”, pontua o biólogo. Por isso, a sugestão para usufruir dos benefícios é não levar os alimentos ao fogo ou prepará-los no vapor e rapidamente. “Uma estratégia que otimiza o aproveitamento é combinar com fontes de gordura saudável, como azeite de oliva ou abacate”, sugere a nutricionista do Einstein. Uma receita de guacamole pode ser uma boa pedida, assim como um vinagrete com azeite. Inclusive, vale usar a cebola-roxa, que concentra mais da substância, sobretudo a camada que fica logo abaixo da casca. Juntar com fornecedores de vitamina C, caso das cítricas, é mais um macete para tirar o máximo de proveito. “Também é recomendado distribuir o consumo ao longo do dia para manter sempre a quercetina circulando no organismo”, diz Vannuchi. Por fim, é sempre bom ressaltar que de nada adianta apostar na quercetina quando o estilo de vida não é saudável. A proteção cardiovascular só se dá quando todo o cardápio é equilibrado, com devido espaço para frutas, hortaliças, grãos integrais, sementes, feijões, castanhas e afins. Contam pontos ainda a prática cotidiana de atividade física, assim como boas horas de sono e o gerenciamento do estresse. Fonte: Agência Einstein Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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