Um cigarro fumado reduz expectativa de vida em 20 minutos, diz estudo Ouvir 30 de dezembro de 2024 O Ano Novo é sempre uma oportunidade para incluir objetivos de saúde na rotina. No caso de tabagistas, um estudo publicado nesta segunda-feira (30/12) revelou novos motivos para se deixar o cigarro. A pesquisa feita pelo University College London (UCL) aponta que cada cigarro que uma pessoa fuma reduz em média 20 minutos de sua expectativa de vida. Isso significa que a cada maço (20 cigarros), um fumante perde quase sete horas de vida. Os efeitos também valem para o vape. Leia também Saúde Usar vape equivale a carga de nicotina de 120 cigarros, diz pesquisa Conteúdo especial Cigarro: uma conta alta que você paga e talvez não saiba Saúde Cigarro eletrônico aumenta risco de problemas nos dentes e na gengiva Saúde Fazer cirurgia pode ser a solução para largar cigarro. Entenda A análise foi publicada no Journal of Addiction e indica que o número de minutos perdidos é de 17 para homens e 22 para mulheres. O estudo foi feito com dados de duas pesquisas a longo prazo que acompanham a vida de fumantes britânicos. Uma delas, o British Doctors Study, reúne dados de saúde de cerca de 40 mil fumantes que começaram a ser analisados em 1951. A segunda, o Million Women Study, monitora a saúde de um milhão de mulheres desde 1996, incluindo fumantes. Benefícios de deixar o cigarro Considerando que a média de fumo dos ingleses é de 10 cigarros ao dia, os pesquisadores apontam que quem largar o cigarro no Réveillon terá ganho um dia de vida após a primeira semana de janeiro. Após um ano inteiro sem fumar, terão sido recuperados 50 dias de expectativa de vida. “As pessoas que fumam sabem que o cigarro é prejudicial, mas tendem a ter dificuldades de quantificar o impacto disso. Em média, indivíduos que fumam a vida toda perdem cerca de uma década de vida”, afirma a pesquisadora Sarah Jackson, líder do estudo e do grupo de pesquisa sobre tabaco da UCL, em comunicado à imprensa. 14 imagens Fechar modal. 1 de 14 Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta Martina Paraninfi/Getty Images 2 de 14 Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil Leonardo De La Cuesta/Getty Images 3 de 14 No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários Dirk Kruse / EyeEm/Getty Images 4 de 14 Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM) Martina Paraninfi/Getty Images 5 de 14 Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina Yana Iskayeva/Getty Images 6 de 14 Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena Shahril Affandi Khairuddin / EyeEm/Getty Images 7 de 14 Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina sestovic/Getty Images 8 de 14 Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões RyanJLane/Getty Images 9 de 14 O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images 10 de 14 O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer Diego Cervo / EyeEm/Getty Images 11 de 14 Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer hocus-focus/Getty Images 12 de 14 Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo HEX/Getty Images 13 de 14 Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo Getty Images 14 de 14 As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha Daniel Cabajewski / EyeEm/Getty Images Sarah afirma que a expectativa de vida perdida dos fumantes começa a se revelar especialmente a partir da meia idade, antecipando problemas que apareceriam apenas após os 70 anos na população não fumante em uma década, em média. “Dificuldades para manter o fôlego e problemas de mobilidade, por exemplo, se antecipam e estão diretamente relacionados à frequência de fumo, ao tipo de filtro do cigarro fumado e até à forma que o organismo é suscetível às substâncias tóxicas da fumaça. De toda forma, é unânime que quanto mais cedo uma pessoa para de fumar, mais ela vive. Parar de fumar em qualquer idade melhora substancialmente a saúde e os benefícios começam quase imediatamente”, conclui a pesquisadora. Dados de pesquisa anteriores indicam que apenas 72 horas após parar de fumar, a respiração fica mais fácil e a disposição aumenta. Após 12 semanas, a circulação sanguínea melhora e com um ano sem cigarro, o risco de ataque cardíaco diminui pela metade em comparação a alguém que ainda fuma. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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