Risco de infarto e AVC diminui após vacinação contra gripe e Covid Ouvir 22 de julho de 2025 Novas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC, na sigla em inglês) podem mudar a forma como entendemos a prevenção de doenças do coração. Segundo o texto, vacinas como as da gripe, da Covid-19 e da pneumonia não apenas evitam infecções respiratórias, mas também têm efeito direto na redução do risco de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. A recomendação foi publicada em junho, no European Heart Journal, um dos periódicos científicos mais respeitados. No documento, especialistas da ESC afirmam que a vacinação deve ser considerada o “quarto pilar” da prevenção cardiovascular, ao lado do controle da pressão arterial, do colesterol e da glicose no sangue. Isso significa que tomar vacinas regularmente pode ser tão importante para a saúde do coração quanto manter a pressão arterial ou a diabetes sob controle. Leia também Saúde Duas vacinas comuns podem reduzir o risco de demência, sugere estudo Saúde Vacina de tétano, esquecida por muitos, exige reforço a cada 10 anos Saúde Nova vacina no SUS: o que muda na proteção de bebês contra meningite Saúde Vacinação infantil: confira 3 mitos e verdades sobre a vacina BCG A justificativa está em como o corpo reage a infecções. Quando uma pessoa pega uma gripe, por exemplo, o sistema imunológico entra em alerta e produz uma série de substâncias inflamatórias que afetam o coração. Essas substâncias aumentam o risco de formação de coágulos, deixam placas de gordura nas artérias mais instáveis e exigem que o coração trabalhe mais. Tudo isso pode desencadear um infarto ou derrame, especialmente em pessoas que já têm algum problema cardíaco. 10 imagensFechar modal.1 de 10 O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro Agência Brasil 2 de 10 O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico Pixabay 3 de 10 Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala Pixabay 4 de 10 O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas Pixabay 5 de 10 Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas Pixabay6 de 10 Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar Pixabay7 de 10 Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC Pixabay 8 de 10 Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes Pixabay 9 de 10 Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC Pixabay 10 de 10 Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados Pixabay Um dos estudos citados nas novas diretrizes da ESC mostrou que pacientes que tomaram a vacina da gripe logo após sofrerem um infarto tiveram 41% menos risco de morrer, ter outro ataque ou apresentar complicações no stent (dispositivo usado para desobstruir artérias). Outras pesquisas reunindo mais de 9 mil pacientes com histórico de problemas cardíacos também apontam que a vacinação reduziu em 45% o risco de morte por qualquer causa. A proteção também foi vista com a vacina contra a pneumonia. O imunizante foi relacionado à redução de aproximadamente 10% do risco de eventos cardiovasculares em idosos. Os dados sobre a vacina contra a Covid-19 são baseados em observações clínicas, ou seja, sem experimentos controlados, mas indicam que ela pode ajudar a prevenir complicações como infartos e arritmias. Os especialistas da ESC destacam ainda que novas vacinas, como a que protege contra o vírus sincicial respiratório (VSR), também são estudadas pelo potencial de proteger o coração. O VSR é mais conhecido por causar bronquiolite em crianças, mas também pode agravar problemas respiratórios e cardíacos em idosos e pessoas com doenças crônicas. Os especialistas ressaltam que os eventos adversos graves associados às vacinas são extremamente raros — menos de 10 casos a cada 100 mil doses aplicadas. No caso específico da vacina contra a Covid-19, os episódios de inflamação no coração (miocardite) são muito menos frequentes do que as complicações causadas pela própria doença, e quando acontecem, geralmente são leves e reversíveis. De acordo com a recomendação, qualquer pessoa com histórico de problemas no coração deve manter o calendário de vacinação em dia. Isso inclui quem já teve infarto, vive com insuficiência cardíaca, tem doença arterial coronariana ou outras condições crônicas. Quem deve se vacinar? O consenso recomenda imunização anual contra influenza, além de vacinas contra pneumococo, Covid‑19, herpes-zóster, VSR e outras infecções respiratórias, em pacientes com: Doença arterial coronariana (incluindo pós-SCA). Insuficiência cardíaca. Doenças crônicas de base. Também devem ser priorizados: grávidas, transplantados cardíacos e pacientes com cardiopatias congênitas. “Há muito tempo sabemos que doenças como a gripe aumentam o risco de eventos cardiovasculares. Agora temos evidências fortes de que vacinas podem evitar esses problemas. Vacinar-se é uma forma direta de proteger o coração”, diz o presidente da ESC, Thomas Lüscher, no documento. Com a nova diretriz, a Sociedade Europeia de Cardiologia espera que médicos de todo o mundo passem a incluir a vacinação nas estratégias de prevenção cardiovascular, algo tão importante quanto orientar o paciente a controlar a pressão, reduzir o colesterol ou praticar exercícios. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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