Espermatozoides desafiam lei de Newton, sugere estudo Ouvir 26 de outubro de 2023 A Terceira Lei do Movimento de Isaac Newton (1643-1727), que descreve o comportamento das forças, estabelece que, no mundo natural, toda ação gera uma reação igual e oposta. Em outras palavras: objetos que interagem sempre exercem entre si forças iguais e opostas. No entanto, um estudo recente, publicado pela revista científica PRX Life, sugere que os espermatozoides humanos desafiariam essa lei da física proposta em 1686. Com suas caudas em forma de flagelo (chicote), eles se movimentariam através de líquidos viscosos de modo a não provocar reação de seu entorno. Leia também Saúde Uso de vape pode diminuir quantidade de espermatozoides, diz estudo Saúde Qualidade dos espermatozoides piora após Covid, diz estudo Saúde Cientistas criam modelo de embrião sem usar espermatozoide ou óvulo Saúde Mulher concebida por doação de esperma descobre ter 65 irmãos A equipe de Kenta Ishimoto, cientista matemático da Universidade de Kyoto, investigou as interações mecânicas não recíprocas de espermatozoides e outros microrganismos nadadores como as algas Chlamydomonas, que utilizam flagelos finos e flexíveis para propelir-se, mudando de forma, através de substâncias que teoricamente deveriam resistir a seu movimento. Modelo para microrrobôs ultramóveis? Por não gerarem reação igual e oposta do meio circundante, portanto, esses nadadores microscópicos se deslocam com grande eficiência, sem despender muita energia. Os pesquisadores denominaram esse fenômeno “elasticidade ímpar”. Entretanto, como a elasticidade flagelar por si só não explicaria totalmente o movimento celular, os pesquisadores derivaram o termo “módulo elástico ímpar”. Através de modelos matemáticos, procurou-se descrever a mecânica interna dos flagelos: “A partir de modelos simples redutíveis a formas de onda flagelares biológicas para Chlamydomonas e espermatozoides, estudamos o módulo elástico ímpar para decifrar as interações internas não locais e não recíprocas dentro do material”, explica o estudo. A análise leva a concluir, portanto, que quanto maior a elasticidade ímpar de uma célula (o módulo elástico ímpar), mas seu flagelo será capaz de mover-se com dispêndio mínimo de energia, praticamente infringindo as leis convencionais da física. A descoberta não se limita a espermatozoides e a algas: muitos outros organismos unicelulares também possuem flagelos, portanto é possível que haja outros exemplos de comportamento semelhante. Como aplicação prática, Ishimoto e equipe sugerem que as conclusões do estudo podem ser úteis no design de microrrobôs que imitem materiais biológicos, assim como para a compreensão dos princípios subjacentes ao comportamento coletivo. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Sudeste concentra 51% dos médicos brasileiros, mostra pesquisa do CFM 8 de abril de 2024 O Brasil tem, atualmente, 575 mil profissionais médicos: uma média de 2,8 para cada mil habitantes. Em 1990, esse índice era de apenas 0,9. De acordo com a pesquisa Demografia Médica, divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta segunda-feira (8/4), a proporção de médicos por habitante no país é… Read More
Obesidade vai além de “comer muito e se exercitar pouco”. Entenda 31 de julho de 2024 A obesidade é uma doença crônica que afeta mais de 1 bilhão de pessoas, segundo levantamento global divulgado em fevereiro na revista The Lancet. Mas ainda é senso comum a ideia de que a condição está relacionada simplesmente aos hábitos de comer muito e se exercitar pouco. Esse pensamento simplista… Read More
Notícias Novo remédio leva à perda de peso 5 vezes mais rápida que o Ozempic 1 de março de 2024 A farmacêutica americana Viking anunciou, nessa quarta (28/2), que seu medicamento para tratamento da obesidade alcançou resultados melhores do que os concorrentes mais estabelecidos, como o Ozempic, Wegovy e Mounjaro. Segundo a empresa, o remédio é responsável pelo mesmo resultado de queima de gordura até cinco vezes mais rápido. Provisoriamente… Read More