Cuidado! Trend do TikTok para alongar o pênis pode até torná-lo menor Ouvir 2 de fevereiro de 2024 Uma técnica arriscada tem sido compartilhada no TikTok nas últimas semanas. O jelquing teoricamente alongaria o pênis, mas especialistas alertam que, em vez de fazer crescer, ele pode causar diminuição no tamanho do órgão. A prática consiste em puxar e esticar o pênis, em um movimento semelhante a uma ordenha, quando ele está semi-ereto. Nas redes sociais, algumas pessoas chegam a usar bombas de sucção a vácuo. Segundo os praticantes, a ideia é que o pênis ganhe alguns centímetros com o passar do tempo — a força aplicada poderia obrigar a pele a se alongar. Porém, técnica não só tem consequências como não possui comprovação alguma de funcionamento. O urologista Ubirajara Barroso, coordenador do Departamento de Cirurgia Genital Afirmativa de Gênero da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), explica que, nos últimos anos, há mais procura por receitas milagrosas de aumento de pênis. Segundo ele, também aumentaram os casos de dismorfia peniana, quando o indivíduo acredita que o órgão é pequeno mas, na prática, não é. Um estudo publicado em 2022 aponta que o tamanho médio do pênis é de 14,8 cm. “Não existe comprovação nenhuma desta técnica, que existe há séculos, então não deve ajudar — só causa um inchaço dolorido e momentâneo. O que temos de mais evidente é que ela prejudica, já que pode levar a doenças e lesões graves. A questão é que, quanto mais se consome pornografia, mais alimentados são os distúrbios de autoimagem em homens. Existe gente disposta a praticamente tudo para fazer crescer órgãos que estão perfeitamente normais”, explica. Jelqing pode gerar doença irreversível Um artigo publicado em 2023 no The Urology Journal comprovou a ineficácia do jelqing. “Médicos alertam contra o seu uso rotineiro, incluindo manipulações excessivas ou agressivas, devido a preocupações com potencial fibrose e formação de placas”, escrevem os pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Com as micro-lesões, o órgão pode sofrer deformações graves e feridas. Em casos extremos, o paciente pode desenvolver a doença de Peyroine, quando é formado tecido cicatricial que, por ser mais rígido, acaba até diminuindo o tamanho do pênis. “A doença de Peyroine causa calcificação do órgão, mas não só isso: a doença pode levar a dores na ereção ou durante a fricção característica do ato sexual”, explica Barroso. Foi o que aconteceu com um homem turco que tentou fazer uma cirurgia de alargamento do órgão, mas acabou ficando com o pênis menor do era inicialmente. O tamanho médio do pênis é de aproximadamente 15 centímetros É possível aumentar o pênis naturalmente? Mesmo quem não desenvolve a doença pode enfrentar outras consequências, como hematomas, feridas na uretra e algum grau de impotência ao longo dos anos por conta das feridas criadas durante a prática. A única técnica natural reconhecida por urologistas e que pode “aumentar” o tamanho do pênis é a perda de peso em homens que têm sobrepeso, já que depósitos de gordura na base do órgão podem descontar alguns centímetros de comprimento. O urologista acredita que a preocupação com o tamanho reside em uma tentativa de cumprir com padrões de masculinidade irreais que deveria ser tratada, na realidade, por profissionais da saúde mental. “A era das plásticas está chegando com mais força à região íntima e devemos pensar a até que ponto estamos dispostos, por estética, a arriscar nossa saúde para cumprir com expectativas sociais impostas subjetivamente”, conclui. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Exame de sangue desenvolvido em Stanford revela idade real dos órgãos 20 de dezembro de 2023 O corpo humano envelhece continuamente ao longo da vida, mas isso não ocorre de forma sincronizada. Alguns órgãos podem envelhecer mais cedo ou mais tarde do que outros. O envelhecimento dos órgãos depende de vários fatores. Por exemplo, órgãos com um metabolismo mais acelerado, como coração, fígado ou rins, geralmente… Read More
Notícias Nobel: por que vacinas de RNA transformaram pandemia e ganharam prêmio 3 de outubro de 2023 O prêmio Nobel de Medicina de 2023 foi concedido nessa segunda-feira (2/10) para dois cientistas responsáveis pelo trabalho pioneiro que ajudou a criar as vacinas contra a Covid-19 usando tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). A biomédica húngara Katalin Karikó, 68 anos, e o médico americano Drew Weissman, 64, foram reconhecidos… Read More
Pré-diabetes aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diz estudo 9 de agosto de 2024 Pacientes que têm diabetes são mais suscetíveis a desenvolver doenças cardiovasculares. A doença aumenta as chances de ter aterosclerose e multiplica a propensão para a formação de coágulos sanguíneos — ambos podem reduzir o fluxo sanguíneo para o coração, desencadeando condições como infarto. A glicose descontrolada também é tóxica para… Read More