Febre oropouche: saiba sobre doença que está crescendo no Amazonas Ouvir 20 de fevereiro de 2024 O período chuvoso provocou um novo alerta de saúde na cidade Manaus, capital do Amazonas. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) da Prefeitura de Manaus, a cidade registrou até o início de fevereiro deste ano três vezes mais casos de febre oropouche do que no ano passado. Segundo o boletim mais recente, foram 672 casos de febre oropouche em 2023, enquanto no ano anterior ocorreram 217. A Semsa informou ainda a morte de uma adolescente de 15 anos pela infecção simultânea de oropouche e dengue. Leia também Saúde Febre oropouche, que atinge o Amazonas, tem sintomas como os da dengue Distrito Federal Ministério da Saúde confirma 35 mortes por dengue no Distrito Federal Saúde Dengue assintomática: como saber se tive infecção sem sintomas? Brasil Bahia registra terceira morte por dengue em 2024 A maioria dos casos de oropouche de 2023 ocorreram no final do ano, de acordo com as estatísticas divulgadas pela Prefeitura de Manaus. Logo, o número de casos da doença aumentou nos últimos meses da região, que nos últimos anos sofreu a maior seca de sua história recente. Febre oropouche Devido ao aumento expressivo de registros, a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do estado emitiu um alerta epidemiológico e uma nota técnica com informações sobre a infecção. A febre oropouche causa sintomas muito parecidos com os da dengue e os da chikungunya. A doença é uma arbovirose, ou seja, é transmitida pela picada de um mosquito, o Culicoides paraense, também conhecido como maruim. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (2) Dengue, zika e chikungunya são doenças cujos nomes são conhecidos no Brasil. Os três vírus transmitidos pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti, têm maior incidência no país em períodos de chuva e calor, e apresentam sintomas parecidos, apesar de pequenas sutilezas os diferenciarem Joao Paulo Burini ****Foto-pessoa-com-as-maos-na-cabeca-olhando-um-termometro.jpg dengue Febre, dor no corpo e manchas vermelhas são sintomas comuns da dengue e das outras as doenças. Apesar disso, a forma distinta como evoluem, a duração dos sintomas e o grau de complicação são algumas das diferenças entre elas IAN HOOTON/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images ****Foto-mosquito-da-dengue-1.jpg Estar atento aos sinais e saber identificar as distinções é importante para um diagnóstico e tratamento precisos, pois, apesar do que se pensa, essas doenças são perigosas e podem matar boonchai wedmakawand/ Getty Images ****Foto-pessoa-com-as-maos-na-cabeca-3.jpg Na dengue, os sinais e sintomas duram entre dois e sete dias. As complicações mais frequentes, além das já mencionadas, são dor abdominal, desidratação grave, problemas no fígado e neurológicos, além de dengue hemorrágica Uwe Krejci/ Getty Images ****Foto-pessoa-com-as-maos-no-olho.jpg Além disso, dores atrás dos olhos e sangramentos nas mucosas, como a boca e o nariz, também podem acontecer em pacientes que contraem a dengue SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images ****Foto-teste-de-sangue-positivo-para-zika.jpg Os sintomas da zika são iguais aos da dengue, só que a infecção não costuma ser tão severa e passa mais rápido. Há, no entanto, um complicador caso a pessoa infectada esteja grávida Sujata Jana / EyeEm/ Getty Images ****Foto-mulher-gravida-e-um-alerta-de-perigo-em-relacao-ao-mosquito-da-dengue.jpg Nestas situações, a doença pode prejudicar o bebê em formação causando microcefalia, alterações neurológicas e/ou síndrome de Guillain-Barré, no qual o sistema nervoso passa a atacar as células nervosas do próprio organismo DIGICOMPHOTO/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images ****Foto-pessoa-deitada-em-uma-maca-de-hospital-com-uma-das-maos-na-cabeca.jpg Já os sintomas da chikungunya duram até 15 dias e, segundo especialistas, provoca mais dores no corpo, entre as três doenças Peter Bannan/ Getty Images ****Foto-mosquito-da-dengue-2-1.jpg Assim como a infecção pela zika, a chikungunya pode resultar em alterações neurológicas e síndrome de Guillain-Barré Joao Paulo Burini/ Getty Images ****Foto-pessoa-conversando-com-outra-pessoa-com-um-remedio-nas-maos.jpg Apesar de não existirem tratamentos para as doenças, há medicamentos que podem aliviar os sintomas, bem como a indicação de repouso total. Além disso, aspirinas não devem ser utilizadas, pois podem piorar o quadro do paciente Milko/ Getty Images ****Foto-pessoa-fazendo-exame-de-sangue.jpg Caso haja suspeita de infecção por qualquer um dos vírus, é importante ir ao hospital para identificar do que se trata e, assim, iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível FG Trade/ Getty Images ****Foto-mosquito-da-dengue-em-um-tubo.jpg O Aedes aegypti é um mosquito que se aproveita de lixo espalhado e locais mal cuidados e é favorecido pelo calor e pela chuva. Por isso, impedir a presença de água parada em sua casa, rua e empresa é o suficiente para travar a proliferação do inseto Bloomberg Creative Photos/ Getty Images Voltar Progredir 0 No entanto, de acordo com Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS, os mosquitos do gênero Culex também podem ser vetores. No ciclo selvagem, os hospedeiros são os primatas, como o bicho-preguiça. “A transmissão do vírus ocorre pela picada do mosquito infectado, ou seja, necessita da presença do mosquito maruim. Não há registro de casos de transmissão de pessoa para pessoa diretamente e os sintomas mais comuns são dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, tontura, náusea e diarreia”, explica Tatyana. O período de incubação do vírus é de quatro a oito dias, quando surgem os primeiros sinais. A manifestação dos sintomas costuma durar de cinco a sete dias, mas, segundo o alerta emitido, a recuperação total do paciente pode levar semanas. Os casos atuais estão concentrados em adultos jovens, com idades entre 20 e 59 anos, embora existam registros confirmados em todas as faixas etárias. No documento técnico, a FVS informa que as arboviroses urbanas compartilham sinais clínicos muito semelhantes, o que pode confundir os profissionais de saúde. O tratamento é realizado com medicamentos para amenizar os sintomas e hidratação. Até o momento, não existem vacinas ou antivirais disponíveis para a febre oropouche. Prevenção da febre oropouche As medidas de prevenção são as mesmas de outras doenças causadas por picadas de mosquitos: Uso de repelentes, principalmente no início e no fim do dia; Usar preferencialmente blusa de manga longa e calça comprida ao adentrar áreas de mata e beira de rios; Usar telas e mosquiteiros em áreas rurais e silvestres. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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