Pesquisa com 10 milhões de pessoas liga ultraprocessados a 32 doenças Ouvir 29 de fevereiro de 2024 Consumir alimentos ultraprocessados é prejudicial para todas as partes do corpo, mostra estudo publicado no The British Medical Journal (BMJ), na quarta-feira (28/2). Ao revisar 45 estudos sobre hábitos alimentares e saúde, os pesquisadores descobriram que este tipo de alimentação está associada a 32 doenças diferentes, incluindo câncer, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Os ultraprocessados são alimentos industrializados produzidos para serem mais atrativos ao paladar. São fabricados com grandes quantidades de corantes, conservantes e aromatizantes artificiais, e pobres em vitaminas e fibras. Doces, salgadinhos, refeições prontas, biscoitos recheados e refrigerantes são alguns exemplos de alimentos ultraprocessados. Leia também Saúde Estudo: alimentos ultraprocessados aumentam risco de 3 tipos de câncer Saúde Consumo exagerado de ultraprocessados aumenta risco de depressão Saúde Alimentos ultraprocessados podem acelerar declínio cognitivo Saúde Dieta rica em ultraprocessados pode aumentar risco de depressão O consumo frequente de ultraprocessados já foi associado a inflamações no organismo e a doenças crônicas. Em países de renda alta, como a Austrália e os Estados Unidos, eles representam 42% e 58% do total de calorias consumidas por dia, respectivamente. Pesquisadores dos Estados Unidos, Austrália, França e Irlanda se uniram para fazer a revisão de 45 estudos sobre o tema. Juntos, os trabalhos acompanharam aproximadamente 10 milhões de pessoas para compreender os efeitos do consumo recorrente desses alimentos a longo prazo. Doces e refrigerantes são alguns exemplos de alimentos ultraprocessados com muito açúcar Impacto dos alimentos ultraprocessados no organismo A ingestão de ultraprocessados foi associada a um risco 50% maior de morte por doenças cardiovasculares – incluindo ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC) – e 12% maior de diabetes tipo 2. A alimentação pobre em nutrientes e rica em calorias também foi relacionada a um aumento entre 48% e 53% no risco de desenvolver ansiedade e 20%, no de depressão Os voluntários que comiam mais refeições ultraprocessadas tinham 55% mais probabilidade de serem obesos, 41% a mais de apresentarem problemas de sono e 40% de chiado no peito. As chances de morte por qualquer causa foram aumentadas em 20%. “No geral, os autores descobriram que dietas ricas em alimentos ultraprocessados podem ser prejudiciais para a maioria, talvez para todos, os sistemas do corpo. Não existe razão para acreditar que os humanos possam se adaptar totalmente a estes produtos. 32 riscos de saúde associados ao consumo de ultraprocessados: Mortalidade por todas as causas; Mortalidade por câncer; Mortalidade por doenças cardiovasculares; Mortalidade por problemas cardíacos; Desfechos adversos relacionados ao sono; Ansiedade; Transtornos mentais comuns; Depressão; Asma; Chiado no peito; Desfechos de doenças cardiovasculares combinados; Morbidade de doenças cardiovasculares; Hipertensão; Hipertriacilgliceridemia; Colesterol HDL baixo; Doença de Crohn; Colite ulcerativa; Obesidade abdominal; Hiperglicemia; Síndrome metabólica; Doença hepática gordurosa não alcoólica; Obesidade; Excesso de peso; Sobrepeso; Diabetes tipo 2; Câncer de mama; Câncer em geral; Tumores do sistema nervoso central; Leucemia linfocítica crônica; Câncer colorretal; Câncer pancreático e Câncer de próstata. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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