Beber álcool em qualquer quantidade aumenta risco de morte, diz estudo Ouvir 16 de agosto de 2024 O hábito de consumir bebidas alcoólicas aumenta o risco de morte prematura, afirma um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Madri, da Espanha. O trabalho foi publicado na plataforma científica JAMA Network Open na segunda-feira (12/8). O campo de estudos sobre os limites toleráveis do álcool vem sendo bastante explorado pela ciência devido aos interesses envolvidos. Durante muito tempo, o consenso era que o consumo moderado de vinho trazia benefícios ao funcionamento do corpo. Mais recentemente, no entanto, cresce o número de trabalhos revelando que não há limites seguros para o consumo de álcool. Leia também Saúde Endometriose: consumo de álcool pode piorar a doença Saúde O que acontece com o corpo se você ficar um mês sem beber álcool Claudia Meireles Estudo assusta ao revelar quantidade segura de álcool para a saúde Guilherme Amado Cresce o abuso de álcool entre indígenas, mostra Ministério da Saúde De acordo com os pesquisadores espanhóis, beber em pequenas quantidades — no máximo, 20 gramas de álcool por dia, o que equivale a uma taça de vinho cheia ou meio litro de cerveja — aumentou a taxa de mortalidade dos voluntários. O estudo foi feito ao longo de 12 anos acompanhando históricos de saúde de 135 mil adultos com mais de 60 anos. Os participantes foram divididos em grupos de acordo com o consumo médio de álcool relatado. Os bebedores ocasionais consumiam menos de 3 gramas de álcool por dia, os de baixo consumo até 20 gramas de álcool por dia, os de consumo moderado até 40 gramas e os de alto consumo mais de 40 gramas. Os bebedores ocasionais tiveram uma saúde melhor que todos os demais. Aqueles que beberam quantidades pequenas tiveram risco de morte próximo aos que beberam moderadamente, o que significa que mesmo o consumo leve faz mal. O grupo de alto consumo foi o que teve o risco de morte prematura mais alto. E o vinho? Em um recorte feito nos dados do estudo, os pesquisa avaliaram especificamente o consumo de vinho. Os dados revelaram que aqueles que bebiam até 20 gramas tiveram uma mortalidade levemente menor do que a dos outros grupos. Os pesquisadores acreditam, porém, que o desvio pode ter explicações que vão além do consumo de álcool. De acordo com eles, a mortalidade só foi expressivamente menor entre quem consumia uma taça de vinho diária e pertencia a um grupo com maior poder aquisitivo. A hipótese é que o acesso a melhores condições de saúde explique a longevidade do grupo e não o vinho. “A atenuação da mortalidade observada para a preferência por vinho e consumo apenas durante as refeições requer investigação adicional, pois pode refletir principalmente o efeito de estilos de vida mais saudáveis, absorção mais lenta de álcool ou componentes não alcoólicos de bebidas”, concluíram os pesquisadores. Para eles, este frágil benefício não é suficiente para justificar o hábito. “Não encontramos evidências de uma associação benéfica entre o baixo consumo de álcool e a mortalidade. A bebida provavelmente aumenta o risco de câncer desde a primeira gota”, disse a médica e professora Rosario Ortolá, principal autora do estudo, em uma entrevista ao New York Times. Desde 2023, a Organização Mundial da Sáude (OMS) passou a considerar que não existe quantidade de álcool segura. A OMS alerta que o consumo aumenta o risco de vários tipos de câncer, incluindo câncer de mama, fígado, cabeça e pescoço, esôfago e colorretal. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Alto risco: uma em cada cinco mães brasileiras faz amamentação cruzada 4 de janeiro de 2024 Ao menos uma em cada cinco mães brasileiras que amamentaram seus bebês nos últimos anos fez a amamentação cruzada, que é quando uma mulher amamenta o filho de outra pessoa ou usa o leite de outra mãe para alimentar o seu próprio bebê, de acordo com estudo publicado no Caderno… Read More
Notícias Caminhada até o trabalho diminui risco de infarto e câncer, diz estudo 5 de fevereiro de 2024 Como você chega até o trabalho? Se possível, você deveria dar preferência a ir caminhando ou de bicicleta, segundo um estudo publicado em dezembro de 2023 no European Journal of Public Health por pesquisadores da Finlândia. Os investigadores conseguiram comprovar que quem fez deslocamentos ativos por no mínimo 45 minutos… Read More
Tabagismo piora qualidade de vida de quem já teve câncer, diz pesquisa 21 de janeiro de 2024 Um estudo feito por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostra que o tabagismo piora a qualidade de vida dos pacientes sobreviventes de câncer, especialmente para quem permanece fumando após o tratamento. A descoberta, feita em parceria com cientistas da Oncoclínicas&Co e do Dana-Farber Cancer Institute, foi publicada… Read More