Após 50 anos, cientistas identificam novo tipo de grupo sanguíneo raro Ouvir 18 de setembro de 2024 Pesquisadores do Reino Unido identificaram um novo sistema de grupos sanguíneos raro. A descoberta pode ajudar a salvar as vidas de milhares de pessoas em todo o mundo. O grupo sanguíneo chamado de MAL foi descrito por cientistas do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHSBT, na sigla em inglês) em um artigo publicado na revista Blood na segunda-feira (16/9). A pesquisa teve o apoio da Universidade de Bristol, na Inglaterra. “Representa uma grande conquista finalmente estabelecer esse novo sistema de grupo sanguíneo e ser capaz de oferecer o melhor atendimento a pacientes raros, mas importantes”, afirma a hematologista Louise Tilley, do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido. Tilley estuda o tema há quase duas décadas. Novo tipo sanguíneo Os principais grupos sanguíneos foram identificados no início do século passado. Embora estejamos mais familiarizados com o sistema ABO e o fator Rh (a parte positiva ou negativa), os humanos têm muitos sistemas de grupos sanguíneos diferentes, que têm como base a variedade de proteínas e açúcares da superfície celular que revestem as células sanguíneas. Em 1972, um caso médico chamou atenção para a possibilidade da existência de um novo sistema de grupo sanguíneo. Exames mostraram que o sangue de uma mulher grávida não tinha uma molécula de superfície encontrada em todos os outros glóbulos vermelhos, o antígeno AnWj. De acordo com os pesquisadores, o corpo humano usa moléculas de antígeno como marcadores de identificação para separar os antígenos estranhos ao nosso corpo, que podem ser prejudiciais à saúde. Quando uma pessoa recebe uma transfusão e esses marcadores não são correspondentes, por exemplo, o paciente pode sofrer uma reação grave e até mesmo morrer. Aproximadamente 99,9% das pessoas têm o antígeno AnWj-positivas, que está presente em uma proteína de mielina e linfócitos (MAL, na sigla em inglês). Essas pessoas demonstraram expressar proteína MAL de comprimento total em suas hemácias, o que não estava presente nas células de indivíduos AnWj-negativos. “O motivo mais comum para ser AnWj-negativo é sofrer de um distúrbio hematológico ou alguns tipos de câncer que suprimem a expressão do antígeno. Apenas um número muito pequeno de pessoas é AnWj-negativo devido a uma causa genética”, afirmam os pesquisadores em comunicado à imprensa. A equipe de Tilley desenvolveu um teste genético pioneiro que identifica pacientes sem esse antígeno. O teste pode salvar a vida de pessoas que reagem contra uma transfusão de sangue, tornando mais fácil encontrar potenciais doadores para esse tipo sanguíneo raro. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Cientistas americanos descobrem por que cannabis causa fome e larica 19 de janeiro de 2024 Pesquisadores da Universidade Estadual de Washington (WSU), nos Estados Unidos, descobriram por que as pessoas sentem fome após usar cannabis, um fenômeno popularmente conhecido como “larica”. A novidade foi publicada na revista Scientific Reports em dezembro de 2023. No trabalho, os neurocientistas contam que o uso da cannabis provoca alteração… Read More
Notícias Ciência avança no diagnóstico precoce de esclerose múltipla 10 de novembro de 2023 A esclerose múltipla também é conhecida como a “doença das mil faces” por ser uma enfermidade autoimune com formas muito distintas. Os sintomas podem variar muito de pessoa para pessoa, dependendo das áreas afetadas do sistema nervoso central. Tudo isto torna muito difícil combater esse mal de forma eficaz. Muito… Read More
Notícias Colesterol: imprescindível para a vida ou causa de morte? 12 de setembro de 2023 O Homo sapiens é, como o resto dos seres vivos, pouco mais que um conjunto de moléculas orgânicas organizadas no espaço e no tempo. Entre todas elas, se há uma que se destaca por sua má fama e seu estigma de perdição é o colesterol. É a biomolécula proscrita, a… Read More