Fazer caminhadas melhora processamento de sons do cérebro, diz estudo Ouvir 30 de setembro de 2025 Quando você caminha, tem a sensação de ficar com os ouvidos mais atentos para os sons ao redor? Pesquisadores descobriram que fazer caminhadas altera como o cérebro reage aos sons do ambiente. Pesquisadores registraram respostas mais fortes ao estímulo auditivo durante a locomoção em comparação a quando participantes voluntários do estudo estavam parados. Os resultados foram divulgados na segunda-feira (29/9) no periódico JNeurosci. O experimento foi liderado por Liyu Cao, da Zhejiang University, na China, e Barbara Händel, da Universidade de Würzburg, na Alemanha. Para fazer a pesquisa, trinta pessoas andaram em um circuito no formato de oito enquanto ouviam sons contínuos, com monitoramento cerebral em tempo real. Leia também Saúde Falta de vitamina D aumenta risco de lentidão ao caminhar na velhice Saúde Caminhar mais rápido reduz risco de eventos no coração de hipertensos Vida & Estilo Caminhada na seca: veja os melhores horários para praticar a atividade Vida & Estilo Caminhada: personal dá 5 dicas para emagrecer mais com o exercício Benefícios da caminhada A caminhada é um exercício físico de baixo impacto, e pode ser praticada por praticamente qualquer pessoa. Ela auxilia na promoção da saúde e da qualidade de vida. A prática melhora a circulação sanguínea, fortalece o sistema cardiovascular, auxilia no controle do peso corporal e promove a saúde mental. A recomendação é praticá-la de três a cinco vezes por semana, pelo período de 30 a 60 minutos. Direção muda a atenção auditiva As análises mostraram que se movimentar gera ajustes que remodelam a atenção auditiva, com o cérebro gastando mais energia para capturar estímulos de sons. O cérebro reage tanto à intensidade dos sons quanto ao deslocamento do corpo no espaço. “Quando as pessoas faziam uma curva para a direita, as respostas a sons vindos do ouvido direito eram ampliadas no início da curva e depois suprimidas, em relação às respostas do ouvido esquerdo. Isso pode refletir uma mudança de atenção durante as curvas”, afirma Cao em comunicado à imprensa. Os ajustes, acrescenta o pesquisador, indicam que caminhar reorganiza o foco auditivo de forma dinâmica, conforme a direção tomada. Reação a sons inesperados Em outra etapa, rajadas de sons quebraram o padrão estável que vinha sendo registrado. A reação do cérebro foi mais intensa durante a caminhada, mas só quando os estímulos sonoros atingiram um ouvido de cada vez. “Isso pode refletir uma operação de filtragem do cérebro, que pode suprimir ativamente sons de fundo previsíveis, como os próprios passos, ao mesmo tempo em que aumenta a sensibilidade a sons inesperados vindos do lado. Isso pode permitir tempos de reação mais rápidos e navegação mais segura em ambientes dinâmicos. Também pode sugerir que nosso sistema auditivo parece otimizado para detectar novidades e desvios durante o movimento”, destaca Cao. O estudo sugere que o corpo em movimento molda como o cérebro seleciona sons do ambiente. A pesquisa mostra que andar não apenas desloca o corpo, mas também redefine a atenção auditiva passo a passo. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Solidão, um fenômeno social com consequências médicas graves 27 de outubro de 2023 O ser humano é um animal gregário, que necessita relações sociais. A solidão é sobretudo um peso na velhice, quando diminui o contato com a própria família, a mobilidade se reduz, o parceiro ou os amigos já morreram. Mas também os mais jovens sofrem desse mal, seja após uma separação… Read More
Notícias Metade das pessoas com mais de 80 anos têm sarcopenia. Como evitar? 28 de abril de 2024 É natural que idosos se tornem mais lentos e mais fracos com o passar dos anos. É que com o envelhecimento, muitas pessoas acabam sofrendo uma diminuição de sua massa magra e uma perda da potência muscular conhecida como sarcopenia. A sarcopenia atinge ao menos a metade das pessoas com… Read More
Notícias Vítimas do PMMA: retirada do produto exige cirurgias plásticas 2 de julho de 2024 Aplicado muitas vezes sem o consentimento das pacientes que tentam passar por harmonização facial ou por procedimentos para remodelar o corpo, o polimetilmetacrilato (PMMA) é responsável por causar dores, inflamações e deformidades nas vítimas. O PMMA é um gel plástico que se adere ao corpo como um chiclete, se juntando… Read More