Não se vacinar aumenta chance de Covid longa, diz estudo brasileiro Ouvir 6 de dezembro de 2023 As pessoas que não tomaram todas as vacinas disponíveis contra a Covid-19 tiveram mais chances de ter Covid longa. A conclusão é de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A análise aponta que as chances de ter Covid longa aumentam 23% quando os indivíduos não tomaram todas as doses do imunizante disponíveis para o seu grupo etário. Entre os que tomaram uma ou duas doses, a probabilidade de desenvolvimento de quadros persistentes foi 8% maior. Leia também Saúde Covid longa: estudo relaciona nevoeiro cerebral à falta de serotonina Saúde Mulher morre de câncer após ter sintoma confundido com Covid longa Saúde Risco de ter Covid longa é menor após infecção por Ômicron, diz estudo Saúde Covid longa: acúmulo de coágulos sanguíneos é ligado a névoa cerebral Além disso, o levantamento mostrou que três de cada quatro pacientes tiveram sintomas por mais de três meses, o que caracteriza um quadro de Covid longa. Os sintomas mais comuns foram fadiga, confusão mental, baixa capacidade respiratória e problemas cardíacos de médio ou longo prazo após a infecção viral. Como foi feita a pesquisa? A pesquisa foi realizada com 1.001 adultos da Região Sul, eles preencheram um formulário on-line em junho de 2022. Só foram considerados dados de voluntários que tinham testado positivo para a Covid quando preencheram os questionários. Cerca de 77% dos respondentes relataram sintomas de Covid longa. A pesquisa também indicou outros fatores de risco para desenvolver o quadro de Covid persistente. Ter doenças crônicas, por exemplo, aumentou o risco de Covid longa em 13% e de ser hospitalizado em 24%. Cópia de 3 Cards_Galeria_de_Fotos (16) Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada Freepik ***Criança doente Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo Pixabay ***criança doente Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais iStock ***Covid-Gripe-Omicron-Delta Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar Getty Images ***Covid-Gripe-Omicron-Delta-3 A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus Freepik ***covid longa Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo Metrópoles ***ansiedade-isolamento-pandemia-sindrome-saude Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma “segunda onda” dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo Getty Images ***idoso-covid-ômicron-hospitalização-saúde Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia Getty Images ***foto-covid-longa Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa Getty Images ***foto-covid-longa Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns Getty Images ***foto-covid-longa O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52% Getty Images ***foto-covid-longa Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade Getty Images Covid longa(4) O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar Getty Images Voltar Progredir 0 Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Setembro Amarelo: CBD pode tratar sintomas de ansiedade e depressão 18 de setembro de 2023 A campanha Setembro Amarelo, inserida no calendário brasileiro desde 2013, foi criada para dar visibilidade aos cuidados com a saúde mental. A data promove a importância do diagnóstico e tratamento corretos de transtornos mentais comuns, como a depressão e a ansiedade. E, quando falamos em tratamento, o canabidiol (ou CBD… Read More
Notícias Paramédico sofre infarto durante socorro a mulher que infartava 18 de março de 2024 Um paramédico inglês atendia uma paciente que estava sofrendo uma parada cardíaca quando ele próprio acabou tendo um infarto. Ambos foram atendidos lado a lado pela equipe médica. O caso ocorreu em agosto de 2022 e, neste domingo (17/3), os dois voltaram a se encontrar. “Foi bom conversarmos sobre a… Read More
Notícias Asco 2024: conheça os principais avanços no tratamento do câncer 4 de junho de 2024 O encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês) é tido como referência na medicina contra o câncer. No congresso, que termina nesta terça-feira (4/6), são apresentados resultados de diversos estudos internacionais que podem revolucionar o entendimento e tratamento da doença. Em conversa com a… Read More